Trata-se de um jogo entre Barbados e Granada na Copa do Caribe de 1994. Barbados precisava ganhar o jogo por uma diferença de pelo menos dois gols de forma a poder passar para a eliminatória seguinte. Até aí tudo bem.
O problema foi causado por uma regra absurda da competição que dizia que, no caso de o jogo se decidir na prorrogação ou pênaltis, seria dado ao vencedor dos pênaltis uma vitória por 2×0. Ou seja, era melhor ganhar na prorrogação ou pênaltis do que por um gol de diferença no tempo normal. Jênio!
A 5 minutos do fim, Barbados vencia por 2×1, e como tal, em risco de ser eliminado porque precisavam da vitória por 2 gols de diferença. Ao perceber que provavelmente não conseguiriam marcar contra a defesa maçica de Granada, deram meia volta e deliberadamente marcaram gol contra de forma a empatar a partida e obrigar o jogo a ir para a prorrogação ou ainda pênaltis.
Granada percebeu-se do que se estava ocorrendo e também tentou marcar um gol contra. A cena dantesca: os jogadores de Barbados começaram a defender o gol adversário de forma a evitar que isto acontecesse. E de fato conseguiram, com o jogo terminando em 2×2.
Assim, nos últimos 5 minutos do jogo, os espectadores puderam apreciar o incrível espetáculo de duas equipes defender o gol adversário, contra atacantes que queriam marcar gols contra, e goleiros tentando marcar gols em suas próprias traves.
Na prorrogação Barbados fez gol na morte súbita e venceu o jogo, fechando o placar por 3×2. Como ganharam na morte súbita, tiveram a vitória por 2×0 que necessitavam para passar à próxima fase.
Não sei se a coisa mais idiota de tudo isto é o regulamento, eu saber desta tosquice ou ainda existir um vídeo da cena:
Graças a Deus, e ao bom nome do esporte bretão, o timeco do papelão foi eliminado na fase seguinte, e a Caribbean Cup foi vencida por Trinidad & Tobago.
Cena semelhante aconteceu no Mundial de Clubes de Futsal em 1997. O favoritaço Inter bobeou e perdeu para um time da Holanda e ficou em 2º lugar. Para evitar pegar o Inter, o Barcelona (sim, o da Espanha) e um time norte-americano chamado Di Bufala ficaram tentando perder o jogo nos minutos finais.
Deu porcaria, claro. O Barça “perdeu” e escapou de pegar o Internacional.
Na decisão, o treinador pediu desculpas pelo papelão mas não adiantou: perdeu o jogo e no retorno da Espanha, foi demitido.
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Isto não é novidade. No futebol gaucho já aconteceu isto e envolvendo os bi-rebaixados…
A parte II sumiu do blog?
Boa matéria, portugues terrível…”Jênio” ????? Piedade…
Tu não entendeu a ironia. “Jênio” é escrito assim justamente para ironizar… Deveria ter colocado as aspas, hehe
“Boa matéria, portugues terrível…”Jênio” ????? Piedade…”
Guilherme Neto: “português” é uma oxítona terminada em “s”; portanto é acentuada! Piedade, meu caro!
Mataya Sdhana,
quer dizer então que a palavra ‘pus’, por ser uma oxítona terminada em s deve ser acentuada?
quer corrigir os outros mas sequer sabe a regra correta.