Em 1996, Ocidente e Oriente estavam unidos, gerando a atual República da Alemanha. O time alemão treinado por Berti Vogts, que havia caído nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1994, chegava com força na Eurocopa da Inglaterra.
A competição prometeu muito, com jovens talentos brilhando em quase todos os times. Mas dentro de campo, o futebol foi bastante pobre, em uma competição tecnicamente inferior às duas seguintes, 2000 e 2004. Em seu favor, lindíssimos estádios ingleses, com clubes ascendentes que começavam a dominar o futebol europeu.
Pela primeira vez com 16 países, a Euro começou com jogos ruins em quase todos os grupos. A exceção foi no grupo da Inglaterra. Favoritos, os anfitriões buscavam repetir o sucesso de 30 anos antes quando conquistaram a Copa do Mundo em casa. Em seu favor, um jogador extraordinário chamado Paul Gascoigne e ainda o matador Alan Shearer, sucessor de Gary Lineker no “English Team”. Isto sem contar o espírito da torcida inglesa, embalada no megahit “Three Lions: Football is Coming Home“, da banda Lightning Seeds.
Porém a sempre pragmática Alemanha tinha em seu favor jogadores de qualidade como Lothar Matthaus, Thomas Hassler, Andreas Möller e Jurgen Klinsmann. Porém ninguém jogou mais que o líbero alemão Mathias Sammer. O ruivo comandava a saída de bola da Alemanha e era ainda o primeiro organizador de jogadas ofensivas. E, de quebra, fez gols decisivos. A Alemanha passou tranquila da primeira fase, em primeiro lugar. Nas quartas-de-final, superou a estreante Croácia com um gol de Sammer depois de Klinsmann fazer 1×0 e Suker empatar.
Nas semis, Alemanha x Inglaterra em Wembley, repetição da final de 1966. Aos três minutos de jogo Shearer fez 1×0, mas os alemães empataram rapidamente com Stefan Kuntz, oito minutos depois. O jogo seguiu travado até a prorrogação, com a estreante “morte súbita“.
Então veio o drama: o meia inglês Darren Anderton acertou o poste de Andreas Koepke, depois Kuntz teve um gol anulado por falta de ataque, e ainda na prorrogação Paul Gascoigne perdeu uma chance clara. Na disputa de pênaltis, depois de todos converterem em 5×5, Gareth Southgate errou, Möller converteu e a Alemanha estava na final da Euro`96! Seu adversário? A República Tcheca.
Tá, e os tchecos? Se a Alemanha estava unificada, a República Tcheca era uma das duas repúblicas que outrora formavam a Tchecoslováquia (a outra, claro, a Eslováquia). Detentores da maior parte da economia, da população e do talento no futebol, os tchecos tinham jogadores do quilate de Karel Poborsky, Patrik Berger e um jovem Pavel Nédved. Contra si, a fragilidade da zaga e do goleiro Petr Kouba, nem sombra da genialidade de seu homônimo Petr Cech na atualidade
Depois de levarem um passeio dos alemães na primeira rodada, os tchecos superaram a Itália no segundo jogo. Na última rodada, em um dramático 3×3 contra a eliminada Rússia, quando venciam por 2×0, deixaram a virada dos russos aos 42 mi
Postado por Perin, lembrando que secou muito os alemães
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