Eu nunca tinha escutado vaias tão estrondosas na Fórmula-1 até o GP da Áustria de 2002. Sim, foi aquela corrida que Rubens Barrichello deixou Michael Schumacher passar na última curva e ganhar a prova.
Com o alemão disparado na liderança da temporada, Rubinho fazia uma corrida magnífica liderando de ponta a ponta a corrida em Zeltweg. Este incidente foi lembrado em uma longa entrevista do brasileiro, em vias de se aposentar, ontem no Fantástico.
Faltando oito voltas, com o alemão em segundo lugar, Rubinho começa a ser contactado pela equipe e ordenado por Jean Todt a deixar o alemão passar. Na última volta, na última curva, isto acontece.
O resultado? Uma vaia imensa no circuito, de maioria alemã e torcedora de Schumacher, que não aceita o que acabou de ver e reprova a atitude. Um pódio ridículo, com Schumacher deixando Barrichello subir para o primeiro lugar e um olhar simplesmente destruidor de Ralf Schumacher contra seu próprio irmão. Vejam as imagens e lembrem-se:
E uma entrevista em 2007 sobre isto:
Minha opinião: foi um erro grosseiro da Ferrari. Schumacher não precisaria, seria líder isolado de qualquer maneira. A equipe italiana liderava com tanta vantagem que aquilo foi um desgaste desnecessário.
Rubinho errou também. Ficou com a imagem de capacho eterno, poderia ter sim segurado a posição. Que arrumasse uma confusão, azar. Ficou com a imagem de medroso, de covarde.
Postado por Perin, que ficou enojado naquele dia…
Pra mim o Rubinho foi um amarelão!! Se fosse demitido por isso, só aumentaria ainda mais a vergonha na Ferrari. Uma coisa é ter menos sucesso que o oponente (aceitável, pois é parte do esporte), outra coisa é ser um derrotado. Ali, nesse dia, com essa atitude, ele provou que nasceu pra ser coadjuvante.