Em 17 de junho de 2001, o Grêmio conquistou o tetracampeonato da Copa do Brasil em uma histórica vitória sobre o Corinthians no Morumbi. No jogo de maior público do “Timão” na história da competição, e contra todos os prognósticos após um péssimo resultado na partida de ida (2×2 em casa), o Tricolor deu um “chocolate” na equipe paulista e conquistou um então inédito quarto título da competição na qual foi o primeiro vencedor.
E, por uma coincidência incrível, o técnico gremista naquele jogo era Tite, que exatos oito anos depois está decidindo a Copa do Brasil mais uma vez contra o Corinthians em São Paulo, só que desta vez pelo arquirrival Internacional.
Em sua primeira chance em um grande clube, Tite superou dificuldades nos primeiros três meses e conquistou um título de forma categórica, mostrando um futebol de nível superior especialmente a partir das quartas-de-final com vitórias incontestáveis sobre São Paulo, Coritiba e Corinthians.
Mas nem tudo foram flores. Na primeira fase, uma derrota logo de cara: 3×2 para o Villa Nova-MG em um jogo que Tite foi publicamente criticado pelo presidente José Alberto Guerreiro e pelo vice-de-futebol José Otávio Germano, mas contando com o apoio do goleiro Danrlei que criticou o dirigente.
No jogo de volta, mesmo jogando mal e saindo no primeiro tempo vaiado em um 1×1 que não servia, uma goleada na etapa complementar aliviou a pressão: 4×1 com dois gols do então reserva Luís Mário. Mesmo assim, Rodrigo Mendes reclamou de ter sido substituído por Itaqui. Tite ainda não tinha o time na mão…
Na segunda fase, mais problemas: 1×0 no Arruda para o Santa Cruz com um golaço de Joãozinho. O jogo de volta se tornou um marco para o Grêmio. Em um dia de chuva torrencial, a diretoria do Grêmio não queria jogar. Mas os atletas pediram, o jogo ocorreu conforme planejado e o Tricolor venceu de forma categórica: 3×1.
Nas oitavas-de-final, o adversário era o Fluminense, com um time limitado mas treinado pela lenda gremista Valdyr Espinosa. No primeiro jogo, o Grêmio suou para vencer a retranca carioca por 1×0, gol de Marcelinho Paraíba. No jogo de volta, um primeiro tempo no qual o árbitro Márcio Rezende de Freitas não deu penalidade clara sobre Tinga e de domínio gremista, contra uma etapa complementar que só deu Flu mas esbarrando em uma atuação espetacular de Danrlei.
Nas quartas-de-final, o temível São Paulo, vice-campeão da Copa do Brasil anterior. O Grêmio saiu na frente com um gol de Warley, mas logo depois levou o empate com França. No finalzinho, o zagueiro Marinho marcou o gol da salvação tricolor, deixando tudo para ser decidido no Morumbi.
Em uma tarde por causa do racionamento de energia, o Grêmio deu uma aula de futebol na etapa inicial. Com um show tático de Tite e individual de Marcelinho Paraíba, o Tricolor abriu o marcador com Marcelinho aos 27 minutos. Três minutos depois, Márcio Rezende de Freitas marcou pênalti inexistente e França empatou. Ainda no primeiro tempo, França ajeitou com o braço e virou para 2×1, um resultado injusto pelo amplo domínio gremista.
No início do segundo tempo, o Grêmio virou com mais dois gols de Marcelinho aos nove e doze minutos. Logo depois, o volante Alexandre empatou de novo para o São Paulo, 3×3. Marcelinho foi expulso de forma infantil e, quando o São Paulo mais pressionava, Luís Mário sofreu falta
Postado por Perin, direto do túnel do tempo
Comentários