O GP da Espanha foi disputado na pista de Jerez de la Fronteira em 1986. Como o nome já diz, fica na fronteira da Espanha com Portugal e Marrocos ao lado do Estreito de Gibraltar, em um lugar que o sempre espirituoso tricampeão brasileiro Nélson Piquet dizia que ficava “lá aonde o vento faz a curva…”. A pista sempre foi um porre, mas teve ao menos um momento especial na Fórmula 1.
Foi no duelo final entre Nigel Mansell, então em uma poderosa Williams, e o então jovem Ayrton Senna, correndo na instável Lotus-Renault. Senna largou na frente, comboiado por Nélson Piquet e Alain Prost. No meio da prova, Senna foi ultrapassado por Mansell, que passou todo mundo e aproveitou uma confusão entre Senna e o retardatário Marc Surer.
O brasileiro não desistiu e seguiu tentando dar o troco em Mansell, o que finalmente ocorreu. Prost, que vinha espreitando, aproveitou e passou o inglês no mesmo momento. Algumas voltas depois, Mansell recuperou a segunda posição e foi para cima de Senna. Na última volta, o inglês tentou o bote final na reta de chegada, e passou a apenas 0,014s do brasileiro (ou 93cm), na segunda chegada mais apertada da história da categoria. Vejam o compacto:
Aquela foi a terceira vitória na carreira de Senna, que tinha vencido antes no GP de Portugal em Estoril em 1985 e no GP da Bélgica do mesmo ano, em Spa-Francorchamps. Foi também a primeira vez que Ayrton Senna assumiu a liderança do Mundial de Pilotos na categoria.
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