OPINIÃO: Diretoria do Inter recupera o tempo perdido e faz a mudança de fotografia necessária
17 de setembro de 2010 9No dia 29 de abril, em um comentadíssimo post aqui no Almanaque Esportivo intitulado OPINIÃO: Sem mudança de fotografia, Inter 2010 não vai a lugar algum, a diretoria do Internacional foi duramente criticada por mim por não ter feito uma radical mudança de fotografia no elenco colorado de 2009 para este ano. O resultado era refletido nas pífias atuações ao longo da temporada no Gauchão, Libertadores e Brasileirão, que permaneceram até a demissão de Jorge Fossatti, cerca de 30 dias depois.
Defendia a tese da troca de fotografia, ou seja, uma renovação no cansado grupo de atletas colorados, repleto de altos salários e pouca vontade de mudar. Isto foi novamente abordado logo após a Libertadores com o texto: A chave do sucesso prolongado está no banco de reservas. Na mudança dele!
Lamento que algum oportunista deve ter ‘upado‘ o texto no Orkut e muita gente veio aqui me esculhambar. ‘Profeta do acontecido‘ é meio ridículo, especialmente porque 90% dos comentários no texto original eram de concordância comigo e são os comentários da época que eu valorizo, sejam concordando, sejam discordando.
Pior é analisar os fatos e ver que foi exatamente a mudança de fotografia que diretoria do Inter está fazendo. Desde então, o Inter mudou o treinador, a comissão técnica, o padrão de treinamentos, o foco, tudo. Contatos com membros da diretoria, da comissão técnica comprovam minhas impressões.
O time-base da Libertadores era muito parecido com o anterior, mas com funções táticas diferentes. O time em si joga absolutamente diferente, com triangulações e proximação de jogadores, retenção de bola, marcação pressão no ataque, compactados nos três setores. Tem uma solidez defensiva que, em nenhum momento da “Era Fossati” foi obtida.
De lá para cá, nada menos que nove jogadores foram contratados: Renan, Ronaldo Conceição, Dalton, Rodrigo, Leonardo, Tinga, Oscar, Ilan e Rafael Sobis. Outros jogadores foram afastados, em especial Kléber Pereira e Fabiano Eller, o primeiro dispensado e o segundo virando apenas uma opção. Garotos recuperaram o espaço no grupo como Daniel, Marquinhos, Leandro Damião e Eduardo Sasha.
O Internacional alterou completamente seu próprio funcionamento. Reagrupou forças, criou foco. jogadores desmobilizados e em péssima fase técnica no período de Jorge Fossatti voltaram a jogar muita bola. Caso específico de Taison e Índio. Fora a pífia preparação física da época do treinador anterior.
A prova de que minha tese estava correta é: Melhorou o time do Inter do 1º para o 2º semestre? Vocês acham que sem Fossati, o Inter teria fracassado na Libertadores? Se, ao invés de Rafael Sóbis, as opções para a lesão de Alecsandro no 1º jogo da final fossem Edú e Éverton sairia o gol de empate contra o Chivas? Se apenas com o Roth seria possível os 70% de posse de bola ocorridos em Guadalajara contra o Chivas? Se a resposta para todas estas perguntas forem sim, então eu estava certo.
Até questões que parecem menores foram resolvidas. Bolívar é o novo capitão do time, ao invés de Guiñazu. Kléber ganhou foco e o time voltou a utilizar seus inúmeros recursos técnicos. O elenco, assim como o clube, recuperou aquela ânsia por títulos. A torcida foi só no embalo.
Mais importante: não terá um elenco repetido em 2011. Peguem este e-mail e salvem em seus históricos. O clube terá importantes saídas em dezembro, além das eminentes partidas de Pato Abbondanzieri, Bruno Silva e Sorondo.
Aposto em Andrezinho, Alecsandro, talvez D’Alessandro ou Guiñazu. Jogadores com ciclos encerrados.
Reforços virão, seja na base, seja de outros clubes. Assim, a oxigenação necessária e o fim do ciclo de alguns atletas farão um novo elenco ano que vem. Com uma recuperada ânsia por novas conquistas.
A diretoria de futebol do Internacional parece ter retomado o caminho do sucesso.
Basta manter.
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