Veja os argumentos de Roberto Siegmann e Vitorio Piffero sobre a reforma para a Copa de 2014
Siegmann defende reforma com parceria/ Piffero prega uso de recursos próprios
CLICESPORTES
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/reforma-beira-rio/80,1011,4,Reforma-Beira-Rio.html
OPINIÃO PESSOAL: as duas propostas são péssimas, ao menos de acordo com as informações já apresentadas.
O auto-financiamento é inexequível e teríamos a perda da Copa do Mundo como impacto imediato (e as isenções fiscais como consequência). Seria muito complicado a evolução da obra sem uma garantia financeira necessária.
Porém a ‘parceria‘, nos moldes apresentados pela diretoria do Internacional, deixaria o Internacional sem receitas consideráveis para a próxima década, depois do retorno do investimento feito na construção. O Inter não teria lucro algum com estacionamentos, suítes e camarotes VIP do estádio, tudo indo para os bolsos da Andrade Gutierrez.
E, principalmente, 5 mil lugares que seriam dados na arquibancada superior e no meio da social, se tornando “Cadeiras VIP’. Receita que hoje o clube tem e que deixaria de ter. No total, a AG teria próximo de 4x o valor investido na obra neste longo período.
Sou a favor de uma solução híbrida.
- Um percentual das receitas obtidas nas novas áreas indo para o Internacional. Algo como 20 a 30%.
- Outra solução seria 100% dos recursos indo para a AG até o retorno do investimento feito na obra, e depois dividir a receita em um percentual nos moldes anteriormente apresentados (20 a 30%).
Isto daria uma excelente oportunidade do clube otimizar a comercialização (usando sua imagem para catapultar vendas), faria uma ligação entre os espaços a serem vendidos e a instituição.
É muito diferente alugar um camarote para a Andrade Gutierrez e para o Internacional. Sem contar que lá para o final do longo prazo, muitos investidores não irão investir e vão esperar o clube recuperar os direitos sobre a área para dar o dinheiro diretamente à instituição.
Uma parceria sem dinheiro algum ao Internacional não é a melhor solução para a empreiteira.
Perderia um forte fator de estímulo à comercialização: a paixão com o clube.
E muito menos para o Inter.
A tua ideia é ótima, só acho que o Inter não tem uma posição negocial forte como teria em 2009, para exigir tais condições.
O autofinanciamento das reformas é “cavar a sepultura” do clube, pois ficaremos sem time e muito possivelmente sem um estádio como a torcida colorada merece.
Todo erro foi ter insistido com o modelo de autofinanciamento, sendo o Inter um clube deficitário, ou seja, não tem dinheiro para manter o futebol, como vai custear as obras dessa magnitude de maneira factível?
Reformas concluídas só em 2040, não adiantam nada!
Como exemplo claro da insuficiência do modelo atualmente adotado, a cobertura foi prometida para 2009. Estamos em 2011 e a cobertura das arquibancadas está na parte de fundações.
Se a direção tivesse visão à época, faria uma concorrência entre as construtoras e a que fizesse a melhor proposta para o clube, seria a parceira.
Hoje tal medida é difícil pela falta de tempo e pelo brete que o inter se meteu, recebendo incentivos fiscais, assinando contratos com a Fifa/CBF e governos, ou seja, nãs há tempo e o Inter ficou numa posição frágil para negociar.
Mesmo sem muita condição de negociação, o Inter ficaria com um estádio de primeiro mundo, receberia um CT novo e melhoraria as isntalações do entorno, especialmente os estacionamentos, mesmo que o Clube não explorasse comercialmente o prédio garagem, shopping, etc durante 20 anos.
O que acho fundamental é manter intactas a exploração das atuais receitas (bilheteria, quadro social, direitos de TV, venda de jogadores), até porque vão aumentar substancialmente as receitas do clube com o Beira reformado, já que, tomando exemplo de outros times que investiram em seus estádios, as rendas e média de público dobraram.
Uma coisa é certa, as reformas do Beira-Rio são urgentes e fundamentais para o futuro do clube, e nesse momento, a única maneira de concretizá-las é com a parceria, fora disso, acredito que seja sonho, utopia.