O Inter é um dos tmes brasileiros com mais jogadores entre os times da Série A do Brasileirão no BID da CBF, que reúne os jogadores aptos para atuar em competições nacionais, sejam profissionais ou amadores. São 164 144 atletas (houve uma confusão no site da CBF que misturava o BID do Inter com o do Inter-SM, corrigda pela T.I. da CBF) ao todo pela equipe de Porto Alegre. Estes números são inflacionados pelo fato do colorado ainda ter o time B. O Grêmio é o sexto colocado, com 121.
BID da CBF – Reprodução http://www.cbf.com.br
Os dados foram compilados pelo jornalista paranaense Cauhê Miranda e estão atualizados até o dia 24 de julho deste ano. Me surpreendeu que o Corinthians seja o segundo e a redução drástica nos números do Atlético-PR, que já chegou a ter mais de 200 jogadores no BID e agora tem apenas 91. Dica de post do amigo Franco Cruz.
Após o decepcionante empate em 2×2 com o Atlético-PR, que fez o Internacionalmarcar passo e ficar fora do G4, uma marca intrigante acabou se confirmando. O Colorado não tem uma penalidade marcada a seu favor há exatos 50 jogos de Campeonato Brasileiro, ou 21 meses. São 12 jogos na Série A 2013 e mais toda a Série A 2012.
D’Alessandro comemora último gol de pênalti do Inter em Brasileiros, 2011 – Foto: Alexandre Lops, site oficial do Internacional
O último pênalti em favor do Colorado foi 2011, ainda sob comando de Dorival Júnior na rodada final do Campeonato Brasileiro em um Gre-Nal. Na ocasião, Oscar foi derrubado por Fábio Rochemback, penalidade batida e convertida por D’Alessandro e que garantiu a vitória por 1×0 contra o Grêmio e o Internacional na Libertadores 2012. Confiram o lance:
Ao empatar o clássico Gre-Nal 397 na semana passada, o centroavante colorado Leandro Damião fez seu sexto gol em clássico. Mais do que isto, Damião se igualou a Nilmar como jogador a marcar gols em clássicos por quatro estádios diferentes. Ambos fizeram gols no Beira-Rio, Olímpico e Colosso da Lagoa. A diferença é que Damião fez na Arena e Nilmar na Montanha dos Vinhedos.
O recordista histórico é Carlitos, maior artilheiro dos Gre-Nais com absurdos 42 gols, e que marcou gols em cinco estádios diferentes nos anos 40: Estádio dos Eucaliptos, Campo da Timbaúva, Baixada, Passo D’Areia (São José) e Montanha (antigo estádio do Cruzeiro-POA)
5 ESTÁDIOS
Carlitos: Estádio dos Eucaliptos, Campo da Timbaúva, Baixada, Passo D’Areia e Montanha
4 ESTÁDIOS
Nilmar: Beira-Rio, Montanha dos Vinhedos (Bento Gonçalves), Olímpico e Colosso da Lagoa (Erechim)
Leandro Damião: Beira-Rio, Olímpico, Colosso da Lagoa (Erechim) e Arena do Grêmio.
O Gre-Nal 397 já é histórico antes de começar: é o primeiro clássico da nova Arena do Grêmio. Será também o primeiro clássico com os dois times titulares em 2013, já que o Grêmio optou por time misto nas duas partidas anteriores pelo Gauchão.
Junior Viçosa e Indio - Goleadores em classicos nos ultimos anos - Foto: Banco de Dados RBS
Foram 40 jogos desde 2004, com 18 vitórias do Internacional, 12 empates e 10 vitórias do Grêmio. 42 gols tricolores e 54 colorados. A maior sequência gremista invicta foram cinco clássicos entre 2007 e 2008. Já os colorados ficaram sete jogos sem perder entre 2008 e 2009.
Neste período os principais artilheiros colorados são Índio, Nilmar e D’Alessandro, todos com seis gols, e Leandro Damião, que fez cinco. No lado gremista, Júnior Viçosa com três gols em 2011 e uma galera com dois gols: Borges, Tcheco, Léo, Lúcio, Christian. Isto também escancara que jogadores colorados ficaram mais tempo em seus clubes que os gremistas.
Neste 28 de julho, o Grêmio comemora 30 anos de sua primeira grande conquista internacional: o título da Copa Libertadores de 1983, vencendo o campeão mundial Peñarol na decisão no estádio Olímpico por 2×1. O Almanque Esportivo, há exatos 5 anos, fez um post especial sobre esta conquista. Como não poderíamos deixar de lembrar, faço o convite para rever esta história contada há tanto tempo e que teve o atual presidente do Grêmio, Fábio Koff, como grande líder daquela jornada. Divirtam-se:
No dia 28 de julho de 1983, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense conquistou a sua maior conquista até então.
Em uma gélida noite de inverno em Porto Alegre, o Tricolor Gaúcho bateu o então campeão mundial Peñarol por 2×1 e se sagrou campeão da Libertadores de 1983. Detalhes sobre toda a campanha foram publicados aqui no ClicRBS no Especial: Libertadores 1983, a conquista da América. Então vou enfocar outros pontos daquela campanha que achei interessante.
2009. Campeonato Brasileiro. No ano mais surreal da história dos pontos-corridos, parecia que ninguém queria ser campeão. Mas hein? Pois era esta a sensação em uma competição que teve o Internacional como campeão do primeiro turno mas o Palmeiras assumindo a liderança e disparando no início do returno. Quando o título parecia favas contadas no Palestra Italia, a chegada de Muricy Ramalho desmantelou o elenco e afundou o time alviverde, que sequer se classificou para a Libertadores (ficou em quinto lugar, atrás do Cruzeiro).
Neste momento, tínhamos um novo favorito, o São Paulo, então tricampeão nacional consecutivamente. Mas tropeços cruciais contra Botafogo e Goiás deixaram espaço para o Flamengo, em uma arrancada fulminante. O time treinado por Andrade e com Petkovic e Adriano comandando as ações, reagiu nas rodadas finais e chegou na última, dia 6 de dezembro, para enfrentar o Grêmio. Que já tinha dado férias para os titulares e entraria no Maracanã com um time praticamente reserva. E, para completar, sabendo que um empate poderia dar o título para o arquirrival Internacional, que precisava vencer o já rebaixado Santo André e torcer por um empate no Rio para conquistar o título. Por fora, o São Paulo precisava de tropeços dos dois. E isto não ocorreu.
Adriano, campeão pelo Flamengo em 2009 - Foto: Maurício Val, Vipcomm
Enquanto o Internacional empilhava gols no Santo André (terminaria 4×1), o Flamengo vivia uma tarde de drama. Saiu perdendo, gol de Róberson em uma cobrança de escanteio aos 20 minutos. Ainda no primeiro tempo, David Braz (também em escanteio), empatou aos 33 minutos. O jogo seguia tenso, e no Beira-Rio o Inter já vencia por 3×0. Somente aos 25 do segundo tempo, o hexa chegou: gol do capitão Ronaldo Angelim e o gol da vitória, título e da história do Flamengo, 2×1. E ainda teve drama, já que Maylson quase empatou de novo para os gaúchos aos 31, mas o placar final ficou mesmo em 2×1 para o Flamengo. Compacto:
Foi o último título nacional do Flamengo. O fim do sonho de uma conquista colorada de renome no cenário nacional.
Vale ainda a flauta: reação dos colorados no gol do Grêmio e no gol do Flamengo:
Se o Flamengo foi dramático, imaginem o que ocorreu com os torcedores do Manchester City. Sem títulos desde 1968, vendo o arquirrival Manchester United conquistando quase 20 títulos em 30 anos, tudo que os Citizens queriam era levantar o caneco no City of Manchester naquela ensolarada tarde de 13 de maio no Etihad Stadium. O time precisava vencer o Queens Park Rangers, que lutava para não cair, sob pena de ver justamente o arquirrival Manchester United (que havia jogado no lixo uma enorme vantagem nas últimas rodadas) vencer o Sunderland fora e ser campeão de novo.
Mas nada é fácil, ainda mais tentar destruir um jejum de 44 anos sem um título de campeão inglês. O Manchester City saiu na frente no finalzinho do primeiro tempo, um chute despretensioso do argentino Mariano Zabaleta que o goleiro Paddy Kenny aceitou. Mas no início do segundo tempo, bobagens de Joleon Lescott e do capitão Vincent Kompany deixaram o placar em um aterrador 2×1 para o Q.P.R, que virou já jogando com 10 jogadores após a estúpida expulsão do temperamental Joey Barton. Claro que a desgraça não era pouca, pois no Stadium of Light em Sunderland o United vencia por 1×0, gol de Wayne Rooney.
Manchester City campeão após 44 anos no ultimo minuto - Reprodução site oficial
45 do segundo tempo, e um milagre incrível do goleiro Kenny mantinha o jogo em 2×1 para o QPR. O sonho estava sendo adiado por mais um ano? O time do técnico Roberto Mancini precisava fazer mais 2 gols para ser campeão. Então, o milagre ocorreu. Primeiro o bósnio Edin Dzeko em escanteio cobrado pelo espanhol Davi Vila. E depois o espetacular argentino Sergio Aguero, aproveitando passe magistral do italiano Mario Balotelli, levaram este jogo para a história do futebol inglês. E para a galeria de heróis do Manchester City:
Desastres históricos em pontos corridos – Newcastle – Campeonato Inglês – 1995/96 (Manchester United campeão)Bayer Leverkusen – Campeonato Alemão – 2000 (Bayern de Munique campeão), Arsenal – Campeonato Inglês – 2003 (Manchester United campeão), Atlético Paranaense – Campeonato Brasileiro – 2004 – (Santos campeão), Boca Juniors – Campeonato Argentino Apertura – 2006 (Estudiantes de La Plata campeão)
17 de junho de 2001.Grêmio e Roma há doze anos conquistaram seus últimos títulos de imensa repercussão e trouxeram uma alegria inconteste aos seus torcedores. E curiosamente pelo mesmo marcador: 3×1.
Na ocasião, a Roma bateu em um estádio Olímpico lotado e conquistou seu terceiro e último “scudetto“. Já o Tricolor gaúcho, do estádio Olímpico (curiosamente) contrariou as expectativas e simplesmente obliterou o Corinthians em um Morumbi lotado, 3×1 fora o baile e levantou sua quarta conquista da Copa do Brasil. E esta serão as histórias contadas agora…
ROMA
A Roma, treinada pelo multicampeão Fabio Capello, chegou à ultima rodada liderando por dois pontos na frente da Juventus, então comandada por Carlo Ancelotti: 72 a 70. A arquirrival Lazio tinha 69 pontos, com chances remotas (precisaria ganhar e torcer para a Roma perder e a Juve ao menos empatar). O jogo chave havia sido no começo de maio, um 2×2 heróico em Turim com a Roma saindo perdendo por 2×0.
Roma, campeã italiana em 2001 - Reprodução: capa Gazzetta dello Sport -> http://www.gazzetta.it
Era uma temporada mágica para os giallorossos, com contratações de muito impacto gerando a espinha dorsal do time, em todos os setores : o zagueiro Walter Samuel (Boca Juniors), o meia Émerson (Bayer Leverkusen) e anida matador Gabriel Batistuta (Fiorentina) . O time-base foi (3-5-2, um dos melhores que eu vi): Francesco Antonioli; Antônio Carlos, Walter Samuel e Jonathan Zebina; Cafu, Émerson, Damiano Tommasi e Vincent Candela; Francesco Totti; Vincenzo Montella e Gabriel Batistuta. Como reservas importantes: Aldair, Marcos Assunção, Cristian Zanetti Hidetoshi Nakata, Marco Delvecchio, Abel Balbo
Na rodada final, a Juventus virou sobre a Atalanta por 2×1, enquanto a Lazio levou 2×1 do Lecce fora. Porém isto nada significou já que a Roma passeava sobre o Parma no Olímpico (jogo completo): Francesco Totti aos 19, Vincenzo Montella aos 39 e Gabriel Batistuta aos 33 do segundo tempo (Marco Di Vaio descontou pros visitantes aos 37 do segundo tempo). Fim do jejum de 18 anos sem títulos. Escutem na emocionada narração italiana:
A Roma ainda conquistaria a Copa da Itália em 2006 e 2007, mas por lá a repercussão destas conquistas não é a mesma.
Algumas horas depois, outro campeonato se decidia em outro país, hemisfério e continente. Treinado por Tite, um técnico jovem e com idéias arrojadas, o Grêmio chegava à sua sétima final de Copa do Brasil em busca de seu quarto título. Seu adversário era o Corinthians, algoz em 1995 na decisão deste mesmo torneio. Treinado por Luxemburgo, o Corinthians havia reduzido seus investimentos mas ainda assim era um time com jogadores de alto quilate, como Marcelinho Carioca, Muller, Ewerthon e Kléber.
Elenco do Grêmio campeão da Copa do Brasil 2001 - Reprodução: clicrbs.com.br
Foi um primeiro semestre tumultuadíssimo no Grêmio: o início da Lei Pelé, a traumática saída de Ronaldinho para o Paris Saint-Germain e a quebra da parceira ISL, deixando o time sem grandes reforços ao contrário do ano anterior. Muitos fiascos de 2000 saíram do clube, como Astrada, Amato e Paulo Nunes, e só um novo jogador indiscutível chegou: Marcelinho Paraíba. Caberia a ele se tornar o símbolo da conquista tricolor, com atuações históricas (e duas expulsões, inclusive ficando fora do primeiro jogo da final).
O time base foi, sempre jogando em um envolvente 3-5-2: Danrlei; Marinho, Mauro Galvão e Anderson Polga; Anderson Lima, Eduardo Costa, Tinga, Zinho e Rubens Cardoso; Rodrigo Mendes(Luís Mário) e Marcelinho Paraíba. NaAlguns reservas na final jogaram bastante nas fases anteriores: Roger, Itaqui, Fábio Baiano, Cláudio Pitbull e Warley.
Antes de levantar a taça no Morumbi, o Grêmio atropelou o Coritiba nas semifinais, passou com dificuldades sobre o Fluminense e, em suas melhores atuações (além da decisão), venceu o São Paulo 2x, em casa e no Morumbi em um sensacional 4×3. No jogo de ida da finalíssima, o Grêmio perdia por 2×0 no segundo tempo mas em uma reação fulminante, Luís Mário fez dois gols e empatou o jogo em 2×2.
Na finalíssima, o Grêmio marcou pressão avançado, sem dar espaço para a habilidade de jogadores como Marcelinho Carioca e Muller. Acuado, o Corinthians deu muitos balões e errou passes. A categoria de Zinho decidiu a partida: deu o passe pro gol de Marinho, no final do primeiro tempo. Fez o segundo, no início do segundo tempo. E um passe magistral na jogada do terceiro gol, desta vez de Marcelinho Paraíba.
O Grêmio atropelou o Corinthians e levantou o título. Jogo completo aqui Vejam a reportagem do massacre:
CORINTHIANS 1×3 GRÊMIO
Estádio: Morumbi (São Paulo, SP)
Data: 17 de junho de 2001
Público: Não divulgado
Gols: 45’/1ºT – COR 0×1 GRE (Marinho), 02’/2ºT – COR 0×2 GRE (Zinho), 30’/2ºT – COR 1×2 GRE (Éwerthon) e
42’/2ºT – COR 1×3 GRE (Marcelinho Paraíba)
Corinthians: Maurício; Rogério (Andrezinho), Scheidt, João Carlos e Kléber; Otacílio, M. Senna (Pereira), Marcelinho e Ricardinho; Müller (Gil) e Éwerthon. Técnico: W. Luxemburgo.
Grêmio: Danrlei; Ânderson Lima (Itaqui), Marinho, Mauro Galvão (Alex Xavier) e Rubens Cardoso; Roger, Ânderson Polga, Tinga e Zinho; Luís Mário (Fábio Baiano) e Marcelinho Paraíba. Técnico: Tite.
14/03/2001 Villa Nova-MG 3 x 2 Grêmio Ânderson Lima (2)
21/03/2001 Grêmio 4 x 1 Villa Nova-MG Luiz Mário (2), Zinho e Rubens Cardoso Segunda fase
18/04/2001 Santa Cruz 1 x 0 Grêmio
26/04/2001 Grêmio 3 x 1 Santa Cruz Eduardo Costa e Rodrigo Mendes (2) Oitavas-de-final
02/05/2001 Grêmio 1 x 0 Fluminense Marcelinho Paraíba
09/05/2001 Fluminense 0 x 0 Grêmio Quartas-de-final
16/05/2001 Grêmio 2 x 1 São Paulo Warley (2)
23/05/2001 São Paulo 3 x 4 Grêmio Marcelinho Paraíba (3) e Zinho Semifinais
30/05/2001 Grêmio 3 x 1 Coritiba Warley, Zinho e Ânderson Lima
06/05/2001 Coritiba 0 x 1 Grêmio Zinho Finais
10/06/2001 Grêmio 2 x 2 Corinthians Luiz Mário (2)
17/06/2001 Corinthians 1 x 3 Grêmio Marinho, Zinho e Marcelinho Paraíba
Com exclusividade, o Almanaque Esportivo publica a lista de todos os estádios de futebol já utilizados no Campeonato Brasileiro desde 1971. São 131 estádios divididos em quase todos os estados do país, exceto Rondônia, Tocantins, Acre, Roraima e Amapá. Todo o extenso levantamento foi feito pelo pesquisador Edison Klein ao longo das últimas quatro décadas em seus arquivos pessoais.
O Rio Grande do Sul está representado por nove estádios de seis cidades diferentes: Beira-Rio e Olímpico (Porto Alegre), Centenário e Alfredo Jaconi (Caxias do Sul), Aldo Dapuzzo (Rio Grande), Santa Rosa (Novo Hamburgo), Baixada Melancólica (Santa Maria), Colosso da Lagoa (Erechim) e Bento Freitas (Pelotas). A Arena do Grêmio será o décimo estádio gaúcho no Campeonato Brasileiro.
Maracanã, Mineirão e Morumbi - Estádios mais usados no Brasileirão - Foto: Montagem sobre Arquivo Grupo RBS
O Beira-Rio é o quinto estádio mais utilizado, com 570 jogos e 1395 gols, e certamente será superado pelo Serra Dourada (também com 570 jogos) nesta temporada, já que não irá sediar jogos do Brasileirão (salvo mudança radical nos planos). Já o Olímpico terminou sua história no Brasileirão com 537 jogos e 1316 gols, mas não será superado por ninguém. Os líderes de utilização são, como eu imaginava, Maracanã, Mineirão e Morumbi. Dos cinco primeiros, o Beira-Rio é o que mais foi utilizado por um único time, pois tivemos ainda um jogo do Brasil de Pelotas no Beira-Rio.
Quem são os jogadores com mais conquistas na história de Grêmio e Internacional? O blog Poester Esporte, do meu amigo de longa data Anderson Poester, fez este interessante levantamento dos jogadores da dupla Gre-Nal. A lista completa tem mais de 40 nomes, mas selecionei os dez primeiros colocados.
Vale lembrar que os jogadores dos anos 60 e 70 são prejudicados porque nesta época haviam poucas competições oficiais em disputa (os Estaduais duravam muitos meses e só havia uma competição nacional), então o levantamento é meramente ilustrativo.
Ao todo, são sete colorados e cinco gremistas. Índio e Valdomiro são os jogadores com mais conquistas oficiais, 13 cada um. Logo a seguir, temos a lenda gremista Danrlei (goleiro) com 12 títulos. Na sequência, três gremistas: a lenda gremista Airton, o atacante Vieira e o lateral-esquerdo Roger, além do goleiro colorado Clemer, ambos com 11. Dos dez primeiros, Aírton jogou por 15 anos no Grêmio e é o recordista em permanência no mesmo clube.
1º – ÍNDIO – 13 TÍTULOS (2005/13)
Campeonatos Gaúchos: 2005, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013
Copa Libertadores: 2006 e 2010
Recopas Sul-Americanas: 2007 e 2011
Mundial de Clubes: 2006
Copa Sul-Americana: 2008
Copa Suruga Bank: 2009
3º – DANRLEI – 12 TÍTULOS (1993/2003)
Campeonatos Gaúchos: 1993, 1995, 1996, 1999 e 2001
Copas do Brasil: 1994, 1997 e 2001
Copa Libertadores: 1995
Campeonato Brasileiro: 1996
Recopa Sul-Americana: 1996
Copa Sul: 1999
4º – CLEMER – 11 TÍTULOS (2002/09)
Campeonato Gaúcho: 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009
Mundial de Clubes: 2006
Copa Libertadores: 2006
Copa Sul-Americana: 2008
Recopa Sul-Americana: 2007
Copa Suruga Bank: 2009
4º – ROGER – 11 TÍTULOS (1994/2003)
Campeonato Gaúcho: 1995, 1996, 1999 e 2001
Copa do Brasil: 1994, 1997 e 2001
Copa Libertadores: 1995
Campeonato Brasileiro: 1996
Recopa Sul-Americana: 1996
Copa Sul: 1999
8º – BOLÍVAR – 10 TÍTULOS (2003/06;2008/12)
Campeonato Gaúcho: 2004, 2005, 2009, 2011 e 2012
Copa Libertadores: 2006 e 2010
Copa Sul-Americana: 2008
Recopa Sul-Americana: 2011
Copa Suruga Bank: 2009
9º – RENAN – 9 TÍTULOS (2006/08; 2010/12)
Campeonato Gaúcho: 2005, 2008, 2011 e 2012
Copa Libertadores: 2006 e 2010
Recopas Sul-Americana: 2007 e 2011
Mundial de Clubes: 2006
10º – MAZARÓPI – 9 TÍTULOS (1983/90)
Campeonato Gaúcho: 1985, 1986, 1987, 1988, 1989 e 1990
Mundial de Clubes: 1983
Libertadores: 1983
Copa do Brasil: 1989
10º – PAULO CÉSAR CARPEGIANI – 9 TÍTULOS (1970/77)
Campeonato Gaúcho: 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1976
Campeonato Brasileiro: 1975 e 1976
10º – ESCURINHO – 9 TÍTULOS (1970/77)
Campeonato Gaúcho: 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1976
Campeonato Brasileiro: 1975 e 1976
Quem foi o presidente mais vitorioso da Dupla Gre-Nal? E quais foram os que conquistaram os títulos mais relevantes? Para organizar o estudo, adotei a “linha de corte” em 20 anos. Ou seja, só contabilizei os títulos de 1991 para cá, citando de passagem os 4 presidentes que comandaram Grêmio e Internacional neste intervalo de tempo e que já tinham sido presidentes anteriormente (Fábio Koff e Paulo Odone no Grêmio, José Asmuz e Pedro Paulo Záchia no Internacional). Este período foi cuidadosamente escolhido para refletir as maiores décadas de títulos de Grêmio e Internacional.
Fábio Koff e Fernando Carvalho - Os presidentes mais vitoriosos da Dupla
No lado gremista, o esperado: Fábio Koff é o presidente com mais títulos. Em cinco anos comandando o Grêmio (considerando-se apenas desde 1991), Koff levantou nada menos que sete títulos, quatro deles muito especiais: Copa do Brasil de 1994, o Brasileirão de 1996, a Recopa Sul-Americana de 1996 e a Libertadores de 1995. Koff foi vice-campeão ainda de 2 Copas do Brasil e do Mundial. Com o título da Copa do Brasil de 2001 e da Copa Sul, José Alberto Guerreiro está na frente de Paulo Odone neste período (se contabilizarmos a história, Odone tem ainda outros quatro Campeonatos Gaúchos e 1 Copa do Brasil).
Pelos caminhos do Beira-Rio, o dirigente com os títulos mais importantes é Fernando Carvalho, com seis conquistas incluindo uma Libertadores em 2006 e o Mundial de Clubes FIFA no mesmo ano. Já Vittorio Piffero também tem seis conquistas, também uma Libertadores (2010), e mais uma Recopa (2007) e uma Copa Sul-Americana (2008). O único presidente colorado no estudo com um título nacional é José Asmuz.
Três presidentes do Internacional (Carvalho, Piffero e o atual, Giovanni Luigi), conquistaram títulos em todos os anos de seu mandato. Apenas Fábio Koff conseguiu a proeza. Outra estatística curiosa: 4 presidentes gremistas e 3 colorados ficaram sem títulos ao longo de todo seu mandato. Os três colorados foram consecutivos, entre 1998 e 2001. O presidente que ficou mais tempo comandando um clube neste período foi Paulo Odone, por seis temporadas, seguido por Fernando Carvalho com cinco anos.
PRESIDENTES DO GRÊMIO NOS ÚLTIMOS 20 ANOS
TÍTULOS
Rafael Bandeira dos Santos: sem títulos
Fábio Koff - 1993/96: Campeonato Gaúcho (1993, 1995 e 1996), Copa do Brasil (1994), Recopa Sul-Americana (1996), Campeonato Brasileiro (1996), Copa Libertadores (1995)
Luís Carlos Silveira Martins (Cacalo) – 1997/98: Copa do Brasil (1997)
José Alberto Guerreiro – 1999/02: Campeonato Gaúcho (1999 e 2001), Copa do Brasil (2001), Copa Sul (1999)
Flavio Obino – 2003/04 – sem títulos
Paulo Odone – 2005/08 – Campeonato Gaúcho (2006 e 2007), Segunda Divisão (2005)
Duda Kroeff – 2009/10 – Campeonato Gaúcho (2010)
Paulo Odone – 2011/12 – sem títulos
Fábio Koff – 2013 – sem títulos
VICE-CAMPEONATOS IMPORTANTES NOS ÚLTIMOS 20 ANOS
Fábio Koff – 1993/96 – Copa do Brasil (1993 e 1995), Mundial (1996)
Paulo Odone – 2005/08 – Copa Libertadores (2007), Brasileiro (2008)
OBS: O atual presidente Fábio Koff também conquistou títulos importantíssimos em sua primeira gestão, nos anos de 1982 e 1983: 1 Copa Libertadores e 1 Mundial, além de ter sido vice-campeão brasileiro em 1982 Já Paulo Odone, também nos anos 80 (entre 1987 e 1990) se sagrou tetracampeão gaúcho e campeão da Copa do Brasil em 1989, e era o presidente na dramática derrota para o Internacional no chamado “Gre-Nal do século” em 1989.
PRESIDENTES DO INTERNACIONAL NOS ÚLTIMOS 20 ANOS
TÍTULOS
José Asmuz – 1990/93 – Campeonato Gaúcho (1991 e 1992), Copa do Brasil (1992)
Pedro Paulo Záchia – 1994/97 – Campeonato Gaúcho (1994 e 1997)
Paulo Rogério Amoretty – 1998/99 – sem títulos
Jarbas Lima – 2000 – sem títulos
Fernando Miranda – 2001 – sem títulos
Fernando Carvalho – 2002/06 – Campeonato Gaúcho (2002, 2003, 2004 e 2005), Copa Libertadores (2006), Mundial de Clubes FIFA (2006)
Vittorio Piffero – 2007/10 – Campeonato Gaúcho (2008 e 2009), Recopa Sul-Americana (2007), Copa Libertadores (2010), Copa Sul-Americana (2008), Copa Suruga Bank (2009)
Giovanni Luigi – 2011/2013 – Campeonato Gaúcho (2011, 2012 e 2013), Recopa Sul-Americana (2011)
VICE-CAMPEONATOS
Fernando Carvalho – 2002/06 – Campeonato Brasileiro (2005 e 2006)
Vittorio Piffero – 2007/10 – Campeonato Brasileiro (2009), Copa do Brasil (2009), Recopa Sul-Americana (2009)
OBS: O ex-presidente José Asmuz, que comandou o Inter entre 1980 e 1981, foi bicampeão gaúcho e vice-campeão da Libertadores em 1980. Já Pedro Paulo Záchia não obteve títulos em sua primeira passagem no comando colorado, em 1988 e 1989. Sua gestão foi marcada pelos dois dramáticos jogos contra o Bahia (final do Brasileiro de 1988) e Olímpia (semifinal da Libertadores de 1989), além da dolorosa derrota no Gauchão de 1989 nos pênaltis para o Grêmio.
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