
Em fevereiro de 1984, próximo da inauguração, o arquiteto Oscar Niemeyer visitou sua obra dedicada ao samba, que neste ano completa 30 anos
O sambódromo da Avenida Marques de Sapucaí, que em 2014 completa 30 anos, é fruto do talento e sensibilidade de um carioca (arquiteto Oscar Niemeyer, 1907-2012), da criatividade delirante e genial de um mineiro (professor Darcy Ribeiro, 1922-1997) e da coragem e obstinação de um gaúcho (Leonel Brizola, 1922-2004). A obra foi realizada em um tempo recorde de pouco mais de quatro meses, durante o primeiro mandato de Brizola como governador do Rio de Janeiro (1983-1987), quando Darcy era o vice.
Até então, as arquibancadas da passarela do samba, feitas com estacas tubulares, eram construídas e demolidas todos os anos, em um longo e caro processo que consumia o tempo de uns oito meses. A ousadia de interromper esse método viciado ainda dotou a cidade de novas salas de aula, aproveitando permanentemente o espaço criado.
A decoração anual da Avenida, que competia visualmente com as cores das escolas, também foi suprimida, tornando o maior espetáculo do mundo mais limpo, ainda mais deslumbrante e modelo à toda terra.