Blog da Hora

Chuva numa sexta-feira depois de feriado só merece quem está de folga. Já Cristiane Vicente Cardoso, 32 anos, assim como muitos trabalhadores, teve que sair de casa, colocar a bota e agarrar forte o guarda-chuva para encarar a ida para o trabalho.

A chuva incomodou desde a hora em que o relógio despertou, até a chegada na loja em que trabalha.

_ Não aguento mais tanta chuva. Chega perto do final de semana e ela aparece. Esse tempo está muito molhado, né? _ reclamou.

Quem passou pelo Centro da Capital hoje percebeu que o objeto mais visto foi o guarda-chuva. Ele estava presente em todos os tamanhos e cores.

Cristiane optou por um preto com bolinhas brancas. Super charmoso!

Enquanto acompanhavam as histórias de reconstrução após a enxurrada que deixou a Grande Florianópolis embaixo d’água, a repórter Alessandra Toniazzo e a fotógrafá Raquel Heidrich fizeram vídeos do que viram nas ruas.

Acompanhe as imagens feitas na Vila Aparecida, Jardim Atlântico (Florianópolis) e Colônia Santana (Sâo José).
Mais detalhes você confere nas páginas 4 a 8 da edição da Hora desta quinta-feira.

“Passando pelo Bairro Cacupé por volta de 20h40min, próximo ao trapiche, uma árvore impedia a passagem.”
Deivid Leal Dmengeon

Vejam o relato do Felipe e as fotos que ele mandou pra gente. Uma do barco e a outra da Avenida Jorge Lacerda, na Costeira. Temos mais fotos de leitores, daqui a pouco elas entram. Felipe passou o madrugadão caçando boas imagens. Valeu!

“Eu e meu irmão Rafael demos uma volta no Sul da Ilha, passamos pela região da Caeira, algumas casa alagadas com a maré, muita lama, e na praça do Saco dos Limões, o Brasinha e alguma casa foram alagadas e ficaram com lama.
Fomos pela via expressa-sul, que dá acesso ao Sul da Ilha, para quem sai do túnel e nos últimos ranchos vimos esta embarcação, que há dias estava em cima de um estrado, e agora com a força do vento, foi parar a seis metros de onde estava.”
Abraços, Felipe dos Santos

Esta capa, que você vê com exclusividade aqui no Blog da Hora, estava sendo feita para a edição desta quarta (perceba que ela nem chegou a ser finalizada. Há espaços em branco). O destaque seria a proibição da paradona na cobrança de pênaltis, com foto do jogador Neymar.

Isso antes do céu desabar em água. Claro, o jornal foi levado para outra direção: todos os esforços foram concentrados no drama de nossos leitores e internautas causado pela tempestade. Paramos o que estávamos fazendo e construímos uma nova capa, a que você viu hoje nas bancas e, mais cedo, no Blog da Hora.

“Isso começou ontem à tarde, a partir das 16h30min, na entrada do Rio Grande, sentido Barra do Aririú. ” (Nagib de Pieri)

“Fotos no condomínio em frente ao Shopping Itaguaçu. Nos apartamentos do andar térreo, a água chegou na altura do joelho. Na Gerôncio Thives, emparelhou com os prédios.” (Felipe Quaresemin)

Envie para a gente pelo e-mail redacao@horasc.com.br e conte como a chuva afetou o seu dia ou a sua comunidade.

Quem anda a pé em dias instáveis já sabe. Nem sempre guarda-chuva adianta para nos manter minimamente secos. É fácil, fácil, tomar um banho, na calçada, quando um carro passa pertinho da gente.

Na Rua Silva Jardim, no Centro de Florianópolis (veja a imagem clicada pelo repórter fotográfico Caio Marcelo), os pedestres já estão acostumados. É o caso do artesão Luis Merino, 45 anos, que passa todos os dias pelo local.

_ Sempre que chove é a mesma poça e o mesmo risco. Cansei de levar banho aqui _ afirma, apontando para a rua alagada.

Depois de dois dias de chuva intensa, eu e o fotógrafo Caio Marcelo saímos da redação com a tarefa de visitar pessoas afetadas por estragos causados pela chuva, em Florianópolis, quarta-feira passada.

Não foi possível visitar todos os leitores que ligaram para cá relatando algum problema. Alguns, porque não haveria tempo. Outros, porque não os localizamos.

Entre os que encontramos, estavam moradores de uma servidão do Bairro Trindade, onde houve um deslizamento. A cena era assustadora. Confesso que, se morasse ao lado daquele terreno, não teria pregado o olho e talvez tivesse saído de casa.

Ao entrar em contato com a Defesa Civil, fomos informados que o deslizamento não representa, ainda, risco para os vizinhos. Por enquanto, de acordo com os técnicos, eles podem ficar tranquilos.

A foto que você vê acima não foi publicada no jornal. Mas gostaríamos de saber: você também se assustaria, caso morasse ao lado?