
Os ingleses fazem esforço para esquecer. Os portugueses lembram o tempo todo. No último confronto oficial entre as duas seleções, em Lisboa, deu Portugal. Foi um 3 a 2 espetacular.
Os ingleses pularam na frente, marcando duas vezes. A virada, com um golaço de Figo, definiu uma das partidas mais marcantes da Eurocopa e começou a cimentar o carisma de Felipão entre os torcedores locais.
Dois anos depois, na mesma Europa, mas mais ao norte, no Estádio Fritz-Walter, em Gelsenkirchen, Inglaterra e Portugal buscam espaço nas semifinais da Copa do Mundo.
A Inglaterra parece mais preparada. Chora apenas a ausência de Owen. Portugal lamenta mais. Reclama da falta de Deco e Costinha. Mas conta com o fator Felipão. Sem os dois, Felipão perde o melhor articular e o grande marcador.
Sorte dos ingleses que exibem o melhor meio-campo do continente, com Beckham, Lampard, Gerrard e Cole, e não têm problemas graves na contenção, nem na articulação.
Felipão promete cuidar mais da defesa, mesmo que o sueco Eriksson seja admirador do 4-5-1. O problema inglês é no sistema ofensivo. O meio-campo cria, gira, toca, roda, mas não pode alimentar ninguém.
Rooney, que quebrou o pé 42 dias antes da Copa, ainda procura a sua melhor forma. Se movimenta pouco, aparece raramente nos espaços. O gigante magricela Crouch parece apenas um bom reserva.
Em todas as entrevistas, Felipão destacou a marcação, seu assunto favorito em qualquer conversa. Ele tem dois esquemas. Um tenta neutralizar Rooney. O outro busca evitar a bola aérea e anular as subidas de Crouch, 1m98cm de altura.
Mas o que ele não fala é da sua principal jogada ofensiva. Quando Cristiano Ronaldo pega a bola, parte para cima dos zagueiro em busca das laterais e do cruzamento para Pauleta, o goleador do Campeonato Francês.
É um jogo que ainda não está jogado, mas oferece as maiores chances aos ingleses, que têm um time mais qualificada.
Mas quem é que ainda duvida dos times ou das seleções orientadas por Felipão? Quem? Quem?
Postado por Zini, Porto Alegre
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