O clássico exibiu a lógica de todos os clássicos. Deu empate. Outro resultado seria injusto. O 1 a 1 caiu como uma pedra na cabeça do torcedor do Arsenal, que só falava em vitória. O fã do Liverpool saiu sorrido do Emirates Stadium, em Londres.
O empate serviu, ainda mais fazendo gol fora. No jogo da volta, no interior da Inglaterra, o Liverpool vai jogar como gosta, sabe e precisa. Esperando o Arsenal, usando seu mortal contra-ataque, jogado pelo 0 a 0, resultado que o carrega para as semifinais.
Quem viu Arsenal e Liverpool, o mesmo pela tevê, como eu, na Redação de ZH, assistiu uma partida pegada, disputada, onde o lance perdido jamais existiu. Até bola dividida era tratada como um prato de comida no Quênia. Ninguém queria perder.
Foi uma decisão intensa, viril, disputada, de jogadas ríspidas, jamais violentas. O Arsenal saiu na frente, com Adebayor subindo mais que todo mundo e cabeceando livre, leve e solto.
O Liverpool empatou com um legítimo gol de centroavante, quando Kuyt dividiu com um zagueiro e marcou. Lucas entrou no segundo tempo. Não foi mais do que discreto. Lucas pode mais, a gente sabe.
O inglês foi um clássico sem surpresas e a partida mostrou que não há favorito. A vaga está aberta.
A surpresa da quarta-feira foi a derrota do Chelsea na Turquia. Levou 2 a 1, com dois gols do brasileiro David (um contra), do Fenerbahçe de Zico. Acho que o escore é magro, quase raquítico. O Chelsea tem poder coletivo e individual para reverter o 2 a 1. Mas vai precisar suar uns litros de sangue. Ah, vai. Os turcos costumam vender caro as suas derrotas em decisões. Vão correr como uns possessos.
Postado por Zini, POrto Alegre
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