Edinho é o cão de guarda da defesa colorada. Tem tamanho, porte, força, disposição e ferocidade de zagueiro, mas joga como volante. Na frente da zaga, limpando a área, Edinho não escolhe jogada. Disputa todas com a mesma vontade, igual vigor.
Ele erra passes, desperdiça lançamentos, porque não é um jogador que brilha com a bola nos pés. A torcida às vezes não entende e reclama, critica o jogador, ataca os passes equivocados.
Edinho já teve piores dias no Beira-Rio. Sua moléstia, uma Hepatite Tipo A, o sacou do time num momento decisivo e faz Abel Braga se lamentar todos os dias, todas as horas. Edinho é um dos homens mais importantes do esquema tático e não tem reserva igual.
O volante permite, com segurança, as subidas de Bustos, Índio e Marcão. Ajuda a liberar Alex. Apara contra-ataques e as outras investidas dos adversários. Os companheiros confiam no seu poder defensivo.
Ofensivamente, claro, é outra história. Os gols de Edinho são raros. Ele é um volante, com quase todos, com limitações para organizar o jogo.
O Inter vai sentir falta de Edinho, assim como saudar o retorno de Nilmar, nos jogos decisivos do Gauchão. Contra a Ulbra ele não será lembrado porque os 4 a 1 do primeiro jogo não deixam mais dúvidas sobre o segundo jogo. Será lembrado depois, quando a decisão apertar e a defesa precisar de uma proteção especial.
Postado por Zini, Porto Alegre
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