1º) Nem todos os jogadores estão dispostos a jogar como verdadeiros profissionais. A derrota ou a vitória, assim, passam a ter o mesmo peso, embora de sabores diferentes. Não há 100% de comprometimento com o projeto 2010.
2º) A inflação na folha de pagamento. Nada contra altos salários, mas é preciso merecer salários acima da média da maioria dos bons jogadores do futebol brasileiro. O Grêmio paga o que não tem, gasta mais do que pode, deixa a conta para depois. Muitos jogadores não merecem o salário que ganham. Não há produtividade para salários tão elevados.
3º) A falta de comando na direção gremista. Os jogadores parecem superiores. O “Caso Hugo” lembra o clássico “Caso Vampeta”. Em seus dias de Rio de Janeiro, o baiano disse mais ou menos assim: “o Flamengo faz que paga e eu faço que jogo”. Hugo nem sempre está disposto a jogar, mas seus pagamentos, ao que consta, estão em dia. Parece que a direção tem medo de punir, afastar quem não está 100% interessado.
4º) O torneio em Florianópolis foi o começo de quase todos os problemas no Grêmio. Os jogadores não queriam ficar uma semana concentrados na Costa do Santinho. Revoltados, muitos jogaram muito abaixo do que podem e o Grêmio fez fiasco em Florianópolis.
5º) Na janela das contratações do meio da temporada, a direção trocou William e Bruno Collaço por André Lima e Uendel. Joílson foi, voltou, foi outra vez, está de volta. Mithyuê foi porque Silas o achava baixo demais e outros meias mais caros lotavam (e ainda lotam) o Olímpico.
6º) Quatro meses antes do final da temporada, Silas ainda não consegue exibir um time titular ou competitivo. Mudou de esquema, trouxe o 3-5-2, mesmo não tendo alas, nem um zagueiro que saiba sair jogando.
7º) Perdeu Réver, mas manteve Rafael Marques, Rodrigo e Ozéia, que leva um cartão amarelo a cada jogo e sempre no primeiro tempo. Resultado: a defesa gremista é uma das piores do Brasileirão.
8º) A realidade gremista é péssima. O time vive na zona do rebaixamento, não vence e a direção comemora até empate com o mistão do Inter. O Grêmio venceu duas partidas em 12. É currículo de rebaixado. Sua diferença para o líder Fluminense é de 14 pontos.
9º) A situação é tão ruim que o Grêmio não pode mais optar por apenas uma competição no segundo semestre. Precisa usar todas as forças para sair da zona da degola. Não será possível se concentrar na Copa Sul-Americana, a outra porta da Libertadores.
10º) Silas tem outra semana decisiva. Não basta vencer Goiás e Fluminense. É preciso ganhar e jogar bem. O Grêmio fez um Gre-Nal razoável, foi melhor que o adversário, criou as melhores chances de gol, mas não superou o mistão colorado.
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