Mano Menezes ficou surpreso – até ele. Pela primeira vez, a sua Seleção fez três gols num primeiro tempo e, neste sábado de sol pleno na Alemanha, liquidou a Dinamarca (3 a 1), uma das 16 equipes da Eurocopa, que se inicia dia 8, em oito estádios, entre Ucrânia e Polônia.
O primeiro gol nasceu de uma falha do goleiro Sorensen. O segundo foi contra, do zagueiro Zimlig. Hulk, que havia aberto o placar e participado do segundo gol, fez o terceiro.
Ele foi o nome do primeiro dos quatro amistosos programados para os próximos dias. Seus gols vão render a cobiçada sequência de jogos, sonho de qualquer jogador com poder para atuar na Seleção Brasileira.
Mano (e o Brasil) conheceu o poder de Hulk, algo que os portugueses, país que o descobriu, já falavam em voz alta. Seus direitos federativos são cobiçados. Valem mais de R$ 100 milhões.
Hulk não vê apenas a grande área como seu território. Seu olhar abrange mais. Na Europa, ele foi meia, foi organizador e ainda cobriu o lateral. Se manter a média, será titular. É um jogador muito competitivo.
Oscar não fez gol, mas se envolveu nos três, usou a camisa 10, sem peso, participou do jogo, organizou o ataque, roubou bolas, foi ativo. O bom Oscar garantiu outras chances nos jogos que se seguem. Leandro Damião fez uma partida discreta. Todos esperavam mais dele.
O Brasil se mostrou bem em campo, ganhou elogios. Todos querem ver de novo. Saber se o Brasil de Mano, muito criticado, pode mais.
O time nunca havia jogado junto, treinou pouco, e mostrou falhas na defesa, especialmente do lado esquerdo, com sérios problemas de posicionamento.
Algumas individualidades brasileiras se superaram, ainda mais depois de encontrar uma morna Dinamarca pela frente, que só resolveu jogar na segunda etapa, quando tudo já estava definido. Mas, aí fez pressão, e a defesa vacilou.
Com a vitória, Mano ganha um pouco de paz, os jogadores, tranquilidade e confiança. Mas tudo recomeça nos EUA, quarta-feira. Outra vez não haverá tempo para alguns treinos a mais. Tudo precisará se feito, refeito, inventado em campo, aliás como sempre viveu o futebol brasileiro em dias de Seleção.
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