Um dos líderes do futebol da nova gestão gremista, o assessor Omar Selaimen, 45 anos, ofereceu uma lista de mais de 20 reforços ao presidente Fábio Koff. Selaimen conhece o mercado local e internacional como poucos, sabe quem é quem, onde joga, como atua e qual o preço de referência. Com mais tempo disponível, antes de assumir o Grêmio, o advogado, administrador, ex-atleta de judô da Sogipa, casado, pai de três filhos, assistia a mais de cinco jogos por dia de campeonatos de vários países. Se pudesse, seus times seguiriam o modelo alemão: velocidade, concentração e competitividade.
Dida é confiável aos 39 anos?
Omar Selaimen – Ele fez um bom Brasileirão pela Portuguesa.O goleiro Dida, antes de tudo, foi um pedido do treinador. É um jogador da confiança dele. Ele pediu, nós atendemos.
Ele será titular?
Selaimen – Aí é com o treinador. Time e vestiário são tarefas do Luxemburgo. Quanto ao Gabriel, é a mesma coisa. Ele se reapresenta. O treinador decidirá o futuro do lateral.
Qual será o próximo anúncio?
Selaimen – Difícil dizer. O esforço é diário, o mercado brasileiro anda escasso e complicado e a janela para o Exterior abre em janeiro. A minha ideia é ter 90% do grupo fechado na primeira semana de janeiro. Sou otimista.
Um zagueiro?
Selaimen – É uma meta. O argentino Lizandro López é caro e em dólares (mais de R$ 5 milhões). O Lugano não está na atual lista, mas eu gosto muito dele. É Capitão da Celeste, né. Eu passei uma relação de três opções de zagueiros ao presidente Koff. O Grêmio tem tradição de usar zagueiros estrangeiros na Libertadores. Gosto da ideia.
Qual o seu zagueiro?
Selaimen – Olha, o melhor é o Bruno Alves, que joga na Rússia e é da seleção de Portugal. É o melhor do mundo. O Felipão também acha. Mas é muito caro, fora dos atuais padrões financeiros do Grêmio. A lista de reforços existe, mas nem todos os nomes são viáveis (risos). Há os impossíveis.
Como você trabalhará no Grêmio ?
Selaimen – Eu serei o braço do presidente Koff no vestiário. Eu tenho uma longa e sólida relação com ele e recebi o seu convite com imenso prazer. Vou tentar ajudar na formatação do time, ficar ao lado do Luxemburgo e do Rui Costa. Mas não vou mexer no dinheiro. As negociações não serão comigo.
Você atua politicamente no clube?
Selaimen – Sou do grupo Grêmio Vencedor, mas não faço política, não participo das reuniões. Me considero um torcedor. Quando não for mais útil ao presidente Koff, assumo minha cadeira cativa na Arena.
E a Copa Libertadores?
Selaimen – A concorrência é grande, o Brasil tem grandes times, já formados. O Grêmio organizará um time competitivo, o Luxemburgo é muito trabalhador e todos conhecem a competência do presidente Koff neste torneio. Acredito muito no Grêmio.
Alguém da base o agrada?
Selaimen – Sim. Gosto do lateral Tinga, do zagueiro Gérson e do volante Misael. Todos têm grande futuro.
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