Fiz uma projeção para o Catarinense 2011 quando faltava um mês para a abertura da competição (confira aqui). E tinha prometido que mais perto da estreia reavaliaria, ou não, meus prognósticos. Pois bem, o Estadual começa sábado que vem, dia 15, e minha ideia sobre favoritos, zebras e canditados ao rebaixamento pouco mudou. Agora com informações razoáveis de preparação e de contratações dos clubes, meu palpite, mais detalhado, é o seguinte:
Os favoritos
Apesar de algumas contratações de gosto duvidoso (paraguaios, bolivianos, colombianos, por aí vai), e do foco principal no Brasileirão (e no caso do Leão também na Copa do Brasil), a dupla da Capital está à frente dos demais. Sigo vendo o Figueira com um ligeiro favoritismo de início, mas nada muito determinante. O Avaí, liderado por Marquinhos, vai sim brigar pelo tri. Sobre os estrangeiros da dupla, uma curiosidade: justamente o venezuelano da turma, o atacante Breitner, do Figueira, é o único comprovadamente bom jogador. E venezuelano que geralmente tem fama de pereba. Deve ser o nome, mistura de craques alemão e holandês. É minha aposta para craque do campeonato, anotem aí. Já o vi jogando pelo Santos e o garoto me impressionou.
Corre por fora
Neste cenário de favoritos, o Criciúma é o franco-atirador. Também de olho na Série B do Brasileiro está montando um bom time e pode muito bem chegar. Deveria apostar todas as fichas no turno, quando a dupla da Capital deve começar com times mistos. Se pular na frente e levar o turno, garantindo vaga na final, o Tigre deixa os demais se matando pela outra vaga no returno.
Podem surpreender
Aqui vão os clubes candidatos a fazer boas campanhas, mas que dificilmente vão chegar à grande final. Destaque para o Brusque, que está montando um belíssimo time, também sonhando com voos maiores na Copa do Brasil, e que vai atrapalhar muita gente. O Joinville sempre está no páreo, mesmo que em 2011 a aposta seja muito parecida com a do Criciúma no ano passado: usar o Estadual como laboratório para o time, cheio de apostas, visando ao grande objetivo do ano, a Série C do Brasileiro. E a Chapecoense, trazida de volta à elite por decisões extra-campo, mas que como o time atual não tem nada com isso, também prepara o elenco para a Série C, mas pode aprontar. Como o JEC, tem torcida e tradição para tanto.
Série D e rebaixamento
No último bloco, duas brigas. A primeira pela última vaga de SC na Série D do Brasileiro (a outra já é do Brusque). Quem fizer melhor campanha entre Metropolitano, Marcílio Dias, Concórdia e Imbituba, fica com ela. Aqui, ligeiro favoritismo para o Verdão blumenauense, que vai montando um elenco mais competitivo. Porém, a briga aqui promete ser acirrada, inclusive pelo (ou contra) o segundo quesito: rebaixamento. Dois caem, e começar o Estadual bem parece obrigação para evitar a degola. Aqui, novamente, o Metrô está entre eles, mas parece ser o que corre risco menor. O Marcílio Dias precisa administrar a situação diante de Concórdia e Imbituba (que aposta no técnico Müller e nos experientes goleiro Sérgio, ex-Palmeiras, e Arílson, ex-Grêmio), estes sim, os candidatos fortes a cair.
Resumindo:
Título – Figueirense (ligeiro favoritismo), Avaí e Criciúma (corre por fora)
Podem surpreender – Brusque, Joinville e Chapecoense
Vaga na Série D – Metropolitano (favorito), Marcílio Dias, Imbituba e Concórdia
Rebaixamento – Imbituba e Concórdia (favoritos), Marcílio Dias e Metropolitano (correm risco)