O atropelamento de 17 pessoas no mês de fevereiro deste ano, no balneário de Quintão, Litoral Norte, revelou um problema constante para a Polícia Civil da região. Oito meses depois, apesar do indiciamento do motorista, ainda falta ouvir testemunhas e uma das vítimas. Motivo: O posto policial tem apenas um servidor na baixa temporada. O investigador Yário Chaves diz que se esforça ao máximo, mas o trabalho é constante, principalmente porque neste ano já foram registradas quase 800 ocorrências.
Mas o problema não é só esse, sobre efetivo. Apesar de reforço no verão, o posto é pequeno e nesta época tem mais movimento do que a delegacia localizada em Palmares do Sul. No dia em que a reportagem da Rádio Gaúcha esteve no local, no final de setembro, vítima, testemunha, PMs e um preso algemado, além de pessoas envolvidas em outra ocorrência se espremiam em um verdadeiro cubículo.
Para piorar a situação, o local sofre com a infestação de cupins e a fiação elétrica é precária. Também não há espaço para armazenar materiais apreendidos e a solução foi conseguir emprestada uma residência próxima ao posto.
O investigador Yário Chaves aguarda pela decisão sobre um projeto de 2005 para tornar o posto uma delegacia e assim ter mais recursos e pessoal. Ele já tem quase 65 anos de serviço e está em tempo de se aposentar, o que para a comunidade de Quintão é outro problema.
Outros municípios
Em Tramandaí, 14 policiais deixaram o município desde o ano passado. No lugar deles, não foi mandado ninguém. Além disso, oito agentes já estão em tempo de se aposentar. A reforma do prédio começou há mais de 20 anos. No verão, com o reforço do policiamento, os servidores ficam amontoados na delegacia. Apreensões de caça-níqueis, por exemplo, só em caso extremo. Não há depósito para armazenar o material. Apesar do quadro nada animador, 17 dos 18 homicídios ocorridos em 2012 já foram solucionados.
Em Capão da Canoa, houve reforma no prédio, mas ainda é preciso ampliá-lo.
Em Torres, os policiais conseguiram verba de 100 mil reais para reformar a delegacia. O dinheiro foi garantido por meio do programa Consulta Popular do ano passado, mas, até agora, os recursos não chegaram.
Em Cidreira, o prédio da delegacia foi interditado neste verão porque corre o risco de desabar. Um novo imóvel foi alugado.
Em Imbé, foi construído um depósito para armazenar materiais apreendidos, que rapidamente foi ocupado. Atualmente, os objetos são colocados no pátio da delegacia.
Amanhã, na próxima reportagem da série: DPs – Delegacias do Passado – O distrito infestado por pulgas e cupins.
Confira a reportagem em vídeo:
Confira a reportagem em áudio:
Tenho casa em Quintão. PIOR do que o imóvel da Polícia, estão todas as ruas de QUINTÃO. Sugiro uma reportagem sobre a situação da praia de QUINTÃO, distrito de PAKMARES DO SUL, absolutamente abandonada. Comecem pela esquina da rua onde tenho casa (Livramento) com a rua principal de Quintão (Athenas). Vale a pena alertar as autoridades municipais que NADA fazem para melhorar a praia.
Vocês tem certeza que isso é uma Delegacia? Mais parece uma espelunca de mais de 200 anos que nunca passou por uma reforma.
O posto de Quintão é o tipo caso de cobertor curto, já existe falta de todo tipo de recursos nas DPs, para que manter um posto (em condições precárias) para atender em média 04 ocorrências por dia útil, a prova está que falta recurso humano na DP ao qual o posto esta subordinado para dar andamento nos inquéritos onde são instaurados e posteriormente remetidos a justiça. Assim como postos policiais também existem Delegacias que tecnicamente são inviáveis mas manditas muitas vezes por POLÌTICA.
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