Caso de Polícia

Lucas (à esquerda), com o pai e o irmão Jeyson, que está no hospital / Foto: Reprodução Facebook

O delegado Moacir Fermino, da Polícia Civil de Novo Hamburgo, aguarda pelo depoimento do irmão de jovem morto por um PM na semana passada no bairro Canudos. No entanto, depende da melhora do estado de saúde de Jeyson Wottrich, 28 anos, que está internado em um hospital da cidade. Ele levou dois tiros e outros atingiram o irmão dele, Lucas Wottrich, 23 anos, que morreu na hora. A versão de Jeyson é crucial para a investigação confrontar os fatos.

De acordo com a versão do brigadiano que atua no Grupamento de Busca e Salvamento da Capital e, no dia da ocorrência, estava em uma parada de ônibus, os dois estavam em uma moto e tentaram assaltá-lo. A família contesta esta versão e diz que houve uma precipitação do policial ao desconfiar da dupla. Familiares alegam que eles não estavam armados, nunca se envolveram em roubos e que são representantes comerciais, além de que Lucas levou um tiro pelas costas.

Jeyson segue com custódia da polícia e está com dificuldades de falar. No entanto, familiares destacam que uma testemunha se colocou à disposição da polícia. Ela teria visto os disparos e disse que não ouviu anúncio de assalto.  Enquanto isso, a Corregedoria da Brigada Militar aguarda o parecer da polícia para decidir se vai apurar a conduta de PM. A versão da BM é de que houve uma tentativa de roubo e a reação por parte do bombeiro. O Corregedor-Geral, tenente-coronel Jaques Machado, explica que precisa de elementos mínimos para saber se a conduta do policial foi ou não inadequada.

No próximo sábado, às 10h, na praça da Encol, em Porto Alegre, amigos e familiares dos dois irmãos vão vestir camisetas brancas e levar balões brancos em uma manifestação. Vão pedir justiça neste caso. Eles criaram uma página no Facebook: Amigos do Lucas e do Jeyson.

Manifesto vai ocorrer no próximo sábado na Capital, na praça da Encol / Foto: Reprodução Facebook