A goleada do Brasil sobre a Venezuela, por
Quando escutei o Cléber Machado, narrador da Globo, com dois minutos de partida, dizendo que a postura brasileira era interessante, já que “congestiona o meio e dificulta as ações do time da casa”, então a tendência foi começar a assistir a Brasil x Venezuela com um misto de preocupação, irritação e apreensão.
Ainda bem que durou pouco a sensação ruim. Acontece que a diferença entre Brasil e Venezuela, grotesca, está justamente na capacidade individual de encontrar soluções.
Enquanto Dunga fez um tremendo esforço para deixar o Brasil inferior à Venezuela – e quase seu time congestionado de volantes, aos dois minutos, tomou um gol -, a quatro minutos Robinho deu velocidade e Kaká conduziu o time ao gol que abriu o placar.
Aliás, parêntese para o gol: um golaço, misto de força e técnica, num chute lindo.
Não tinha 10 minutos de partida e Robinho acertou um tirambaço de fora da área e pronto:
Aos 18 minutos, Kaká fez belo lançamento, Elano jogada de craque e Adriano gol oportunista, sua característica.
No segundo tempo, aos seis minutos, a camisa da Seleção foi honrada por Júlio César. Duas defesas sensacionais, no mesmo lance, do goleiro, que já havia garantido o bicho no início do primeiro tempo. Depois, aos 16 minutos, Júlio fez outra bela intervenção.
Portanto, um crédito especial para o goleiro que assumiu a titularidade e dificilmente vai perdê-la até a Copa.
Depois, o time brasileiro viveu de estocadas, algumas perigosas, como uma chance que Robinho perdeu cara a cara. Ou que Kaká carregou na raça e concluiu mal, sozinho, ele e o goleiro.
Até que Robinho fechou a conta, aos 21 minutos, recebendo sozinho dentro da área. Parecia ritmo de treino.
Ainda deu para conferirmos a estréia de Alex na Seleção. Entrou na vaga de Kaká. Teve um pouco mais de 20 minutos para dar seu recado. E de Mancini, sob o comando de Dunga (já que atuou em outras oportunidades com a amarelinha), na vaga de Josué, um pouco depois.
Pintou uma linda jogada envolvendo Alex e Mancini no finzinho do jogo. Bom sinal.
Postado por Marcos Castiel