O discurso do Figueirense é o seguinte, em resumo curto e grosso: o projeto “arena nova” está adiado em nome de um outro projeto, emergencial e nobre: a volta à Série A do Brasileiro.
Pois bem, uns podem concordar com esta postura, outros imaginar que investir no patrimônio pode correr paralelo à disputa de uma competição e, outros, ainda, apostar que vale sacrificar o futebol em nome de crescimento como instituição.
Mas o Figueirense fez sua opção: o futebol. A volta à Série A.
O perigo é mandar mais este recado ao torcedor e a prática não coincidir com o discurso.
A partir de agora, o torcedor terá todo o direito de exigir peças de qualidade quando algo não correr como o planejado em termos de qualidade dentro de campo.
Dou um exemplo bem simples desta linha de pensamento: outras dispensas vão ocorrer, provavelmente hoje, e elas incluem o zagueiro Rafael Lima.
Para o setor defensivo, treina no grupo Róger Carvalho, que veio Guarani, de Divinópolis, indicação da Brazil Soccer.
Em tese a zaga titular conta com Régis, Toninho e João Filipi. Dyeison e Bruno Perone compõe o grupo.
Destes, Perone não inspira confiança. Dyeison tem qualidade, mas precisa amadurecer.
Num campeonato longo, duro, pegado como a Série B, fatalmente Róger Carvalho será necessário.
Se o jovem não mostrar capacidade, então o clube terá de trazer mais um zagueiro de bom nível, no mínimo igual ou melhor que Rafael Lima.
Ou, então, o discurso de priorizar a volta à Série A não vai bater com a realidade.
Postado por Marcos Castiel