A largada da semifinal
Tenho a tese de que o que estabelece o tom de um mata-mata é justamente o primeiro jogo. Por este motivo, ele é o mais importante. Se o time da casa coloca o pingo nos “is”, algo como os alemães fizeram com os espanhóis na Liga dos campeões, então o segundo jogo passa a ser acessório.
No máximo, diante de uma goleada pró-time da casa, pode-se contar com um jogo heroico, mas improvável para uma reviravolta. Lembro da final do ano passado do Catarinense, em que o Avaí estabeleceu, diante de um Figueirense favorito, uma realidade que mostrou-se imutável depois.
Vantagem, sim
No Debate Diário de ontem estabeleceu-se a discussão. Não houve consenso, o que é sempre bom para a dialética e para a evolução das ideias. De minha parte, defendi que há, em ambas semifinais, um conjunto de fatores que, no máximo, estabelece algo que qualifico como vantagem no jogo de ida. E esta repousa junto aos mandantes, por mais óbvio que pareça. E, se não houver uma goleada, inverte-se a lógica para o duelo de volta.
Favoritismo, não
Por que sustento uma diferenciação entre vantagem e favoritismo? Porque este vem carregado de uma força que aquele não ostenta. A condição de favorito, no futebol e nos esportes em geral, é alguém que, em tese, deveria patrolar o adversário. Não é o que se configura nos dois encontros semifinais do Catarinense.
Cores e feras
Seguindo na tese acima e usando a figura de linguagem, no território do Leão este é quem manda. Quando o Leão tentar invadir o território do Tigre, a chance de ser ferido de morte é maior. Assim será em campo. E no duelo do Alvinegro com o Verdão, o preto no branco deve prevalecer