Um 4 a 0 do Figueirense sobre o Avaí para transformar a Ressacada em salão de festa Alvinegro
03 de novembro de 2013 77São 22 vitórias do Figueirense contra 17 do Avaí dentro da Ressacada. A história mostra que o Figueirense é malvado com o Avaí. Eu teria que fazer uma pesquisa para saber qual time, dentro de seus domínios, tem inferioridade a um rival clássico quando mandante. Mas devem ser muito poucos. Os 4 a 0 de hoje serão doloridos para os avainos e podem significar uma reconstrução dentro da Série B para o Figueira tentar uma arrancada (mesmo que ainda improvável) rumo ao G-4.
Faço minhas as palavras do comentarista Roberto Alves, na CBN/Diário: o Figueirense jogou um clássico, o Avaí assistiu o adversário. Viu o 11 Alvinegro transformar a Ressacada em salão de festa. Com 30 minutos já estava 4 a 0 a partir de um time que foi objetivo contra outro que estava absolutamente instável emocionalmente.
O Figueirense fez um clássico impecável na primeira etapa, aplicou a goleada e demonstrou que clássico não tem (nunca) favorito. Eu afirmei na CBN/Diário no Debate Especial deste domingo, que o Avaí era favorito, mas fiz a ressalva: só em clássico esta classificação é instável e sujeita a condições que mudam rapidamente. Aconteceu.
Maylson não amarelou, pelo contrário cresceu. Cléber Santana, por sua vez, desabou com atuação pífica. Quem poderia prever? Um domingo de gala para os fãs do Figueira, um Halloween estendido para os avaianos.
Como eu vi o jogo
1º tempo
0 – 10min: Aaí conquistou o domínio territorial. Figueirense teve dificuldade em encontrar uma postura menos recuada. Marquinhos e Cléber Santana conseguiram desenvolver boas tramas. Mas a falta de objetividade já estava presente.
10 – 20 min: Diminuiu o domínio do Avaí gradualmente. Até que em estocadas via aérea, Thiego mostrou qualidade. Num primeiro momento quase marcou, provocando grande defesa de Diego e gerando escanteio. Num segundo momento, subiu alto, aos 15 minutos, para abrir o placar.
20-30min: Nesta faixa de tempo, o Avaí acusava o golpe do primeiro gol. Não conseguia pressionar o Figueira, que mostrava mais objetividade. Rafa Costa, aliás, é o rei da objetividade. A zaga do Avaí ficou observando o goleador alvinegro conduzir a bola até encontrar o melhor ângulo para conclusão e garantir o 2 a 0 com belo gol de fora da área.
Para confirmar o descontrole, o zagueiro Alex Lima, de forma covarde, pisou em Rafael Lima e foi expulso de forma justa.
30 – 45: Houve um lance que poderia ser crucial: seria o terceiro gol do Figueirense e a bandeira Fernanda Uliana deu impedimento que não aconteceu. O lance era difícil, ela estava encoberta, mas errou. Mas o Avaí estava desnorteado e, aos 31 minutos, Maylson fez o terceiro gol. Hemerson Maria se obrigou a trocar ainda nesta etapa, colocando Luciano na vaga de Márcio Diogo. Não adiantou. Maylson ainda marcou, aos 45 minutos, o quarto gol.
Segundo tempo
0 – 10min: Para comprovar que a tarde não seria avaiana, um pênalti (duvidoso na minha opinião, estava mais para esbarrão do que para uma falta com intenção) foi batido aos 6 minutos por Cleber Santana e defendido pelo goleiro Volpi. O Figueirense deu espaços neste período para o adversário, correu risco de reação do adversário nestes minutos iniciais.
10-20min: Logo no final desta faixa de jogo, Volpi fez mais uma linda defesa. Ou seja, o Figueirense estava afinado no ataque no primeiro tempo, coberto por seu goleiro na segunda etapa.
20-45min: O Avaí tentou bastante, mas o Figueirense “cozinhou” o adversário. Tinha o domínio emocional, não precisava se expor, apenas gerenciou a situação