Olé, gol no Fantástico, recorde de Rangel: pacote completo da Chapecoense para humilhar o Avaí
20 de março de 2016 26Tivemos um clássico desigual, que expôs qualidades da Chapecoense e limitações do Avaí em jogo deste domingo, na Arena Condá, pelo Campeonato Catarinense.
Avaí correu atrás da bola e ouviu torcedor do Oeste, várias vezes, gritar Olé (veja a crônica do jogo). Rangel marcou três, virou o maior goleador da história do Verdão. Quer mais? Tinha, foi só mudar o centroavante e o Hyoran também guardou o seu, para ficar mais feito para o time azul.
Um do Camboriú, dois do Criciúma, em casa, quatro do Metrô, três do Coritiba, quatro do Verdão… Gente, virou salão de festa de qualquer um? E um gol marcado? Um mísero golzinho… Pode ser pior?
Tá, eu sei que, em algum comentário abaixo no post, vai aparecer um daqueles torcedores raivosos, que têm em todo o lugar por este país (assim como na política). E vai dizer que o Avaí foi roubado. Que teve dois gols em impedimento, etc.
Me recuso a entrar nesta seara. Porque avaliar erros da arbitragem só é relevante quando temos um jogo parelho. O que tivemos em Chapecó foi um passeio de domingo, um time de elite contra uma equipe com história, mas que estava acuado, amedrontado, prostrado, dominado.
Como venho dizendo, a Chapecoense está na sintonia FM, o Avaí, assim como os demais, em AM.
O tempo todo, desde o apito inicial, percebia-se que, mais cedo ou mais tarde, a Chapecoense venceria.
O problema é que, quando esta análise diz respeito à Chapecoense x Camboriú, só para usar um exemplo da rodada passada, é uma coisa.
Mas quando diz respeito à imensa superioridade sobre um Avaí, aí é dramático para o torcedor azurra.
Qualquer torcedor de time que tem camisa sofre muito quando vê sua agremiação tão inferior técnica, tática e fisicamente.
O sentimento de impotência é grande. Quando você vê, em determinado momento da partida, uma posse de bola de 80% para um time, algo de muito errado tem de um lado e de muito certo tem do outro.
Raul Cabral? Bom, cinco derrotas consecutivas (incluindo a Sul-Minas) é o suficiente para derrubar qualquer técnico.
Mas resolveria? Quem seria o substituto? Aliás, sobre isso, reza a lenda que Silas está por Florianópolis
A torcida do Avaí vive no returno uma realidade que imaginou poderia sofrer no turno e não ocorreu.
E a galera da Chape revive, com alegria e alma lavada, os bons momentos do turno. Aliás, até em situação mais confortável (veja a classificação).
He-Man marca e Figueira ganha nova cara
Como o Cambura tinha vencido, o Figueira precisava dos três pontos para não dormir na zona de rebaixamento. Mas o time acertou a pontaria, fez 3 a 0 no Guarani, e o Rafael Moura guardou o dele.
Falta muito ainda para uma melhora confiável e concreta. Mas, aos poucos, a turma nova entra no time. Há muito trabalho para Eutrópio, porém o time tende a ganhar corpo, visando à Série A. Antes, contudo, é preciso afastar a ameaça de rebaixamento, o que ainda incomoda.
Olhando por outro lado, se der uma boa arrancada, pode sonhar com o returno, embora seja missão muito difícil.