Convocado como testemunha de defesa, o presidente da República, Michel Temer, irá prestar depoimento por escrito ao juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba. O peemedebista foi escolhido pelo colega de partido e ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso por suspeita de envolvimento em corrupção.
Em ofício encaminhado a Moro nesta semana, Temer disse que prefere responder aos questionamentos da Justiça por escrito. Ainda não há data para que o depoimento seja prestado.
No mesmo processo, Cunha escolheu como testemunha o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por não exercer mandato político, o petista não tem opção de escolher a forma como concederá o depoimento.
Ao aceitar o requerimento do ex-deputado, Moro determinou que Lula deverá ser ouvido “preferencialmente por videoconferência”. O prazo para o depoimento dele termina no início de dezembro.
Também estão arrolados para depor pela defesa o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-senador Delcídio do Amaral, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e o lobista Hamylton Pinheiro Padilha. Todas as testemunhas são obrigadas a depor após a intimação do juiz.
Cunha é réu na Lava Jato e responde aos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele está preso preventivamente desde o dia 19 de outubro.