Sirli Freitas | sirli.freitas@diario.com.br
Ele saiu do hospital sem falar nada para a imprensa. Mas no aconchego de sua casa, no interior de Passos Maia, José Valdomiro Eufrázio concedeu sua primeira entrevista para a repórter fotográfica Sirliane Freitas, do Diário Catarinense, e a repórter Eliana Losekann e o cinegrafista Paulo Dal Bello, da RBS TV Chapecó.
O motociclista tem poucas lembranças do dia do acidente e dos cinco dias que ficou acidentado nas margens da rodovia, até ser encontrado. Lembra apenas que saiu de casa de moto para levar o atestado de saúde no seu trabalho, num dia frio e chuvoso. Disse que aos poucos as lembranças vão surgindo. Religioso, tanto que carregava um chaveiro com a imagem de Nossa Senhora Aparecida na carteira no dia do acidente, disse que a primeira coisa que pensou quando acordou no hospital foi em Deus. Na sua casa, a imagem de Nossa Senhora Aparecida tinha sua foto nos braços da santa. Foi em frente a essa imagem que a mãe, Maria, rezou no dia 12 de outubro para encontrar o filho. Coincidência ou não, foi neste dia, dia da santa, que Eufrázio foi encontrado desacordado a cinco metros da rodovia.
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Ele ainda tem o sinal no rosto da queimadura do cano de descarga. A moto ficou por cima dele durante os cinco dias. Eufrázio lembra que gostava de tocar violão. E mostra estar um pouco deprimido por ter seu braço direito amputado.
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Confira a seguir alguns trechos da entrevista. O material completo pode ser conferido na edição desta quinta-feira do Diário Catarinense.
DC – O que você lembra do dia do acidente?
José Eufrázio: Não lembro muita coisa só lembro que estava chovendo e fazia frio.
DC – Do acidente você não tem lembrança?
José Eufrázio: Não, parece que eu sai com a moto de casa para levar um atestado na firma. Daí aconteceu o acidente.
DC – E quando você acordou qual o foi primeiro pensamento?
José Eufrázio: A primeira coisa que lembrei foi de Deus, Nossa Senhora, só conseguia lembrar deles e nada mais.
DC – Você acredita que foi um milagre ter sobrevivido?
José Eufrázio: Eu acredito que foi Jesus e Nossa Senhora, Deus, que protegem a gente.
DC– E como será o futuro?
José Eufrázio: Nasci de novo, daqui pra frente só Deus sabe como que vai ser. Não tem como a gente saber. Só ele sabe o que vai fazer.