Mesma solicitação foi feita pela coligação Trabalhando Juntos pelo Povo, dos 13 candidatos que concorrem às nove vagas da Câmara de Vereadores. Ao homologar o pedido, o magistrado disse que não viu impedimentos, pois a legislação não obriga partidos e coligações a usarem o horário gratuito de propaganda. Mas ele determinou que a emissora do município mantenha reservado o espaço de veiculação da propaganda, transmitindo nos horários a ela reservados a seguinte mensagem: “Horário reservado à propaganda eleitoral gratuita — Lei 9.504/97″.
A família Daga está dominando a política no município de 2.194 eleitores, onde, pelo segundo mandato consecutivo houve consenso de candidatura. O candidato único é primo do atual prefeito, Marino Daga (PT). Águas Frias é uma das oito cidades catarinenses que têm candidaturas únicas a prefeito nesta eleição municipal.
DIÁRIO CATARINENSE
A família Daga está dominando a política em Águas Frias, onde, pelo segundo mandato consecutivo houve consenso de candidatura. O candidato único é Danilo Daga (PP), primo do vice Luiz Daga (PMDB) e primo do atual prefeito, Marino Daga (PT).
E ele garante que não há nepotismo na escolha dos candidatos. –A família é grande- disse Danilo, que tem 50 anos e é professor.
Danilo disse que o consenso foi fruto da negociação entre os partidos. –Cada um cede um pouco- explicou.
O presidente do PSD, Ricardo Rolim de Moura, disse que já havia um acordo na eleição passada e o seu partido decidiu cumprir o acordo, embora algumas pessoas não tivessem concordado. –A maioria decidiu- explicou. Na eleição passada o DEM tinha o vice, Gilberto Terrible e o PT era cabeça de chapa. Agora os filiados do DEM, que passaram para o PSD, estão fora da executiva mas terão quatro dos 13 candidatos a vereador.
O PMDB terá o vice e mais quatro candidatos ao legislativo. O PP terá o candidato a prefeito e apenas um candidato a vereador. Os outros dois partidos, PT e PMDB, terão dois candidatos cada.
Rolim De Moura disse que a ideia de juntar os partidos numa candidatura única tem dado resultado, na busca de recursos para o município. –Todo mundo remando do mesmo lado fica mais fácil- explicou.
E o candidato Danilo Daga disse que, mesmo sem ter adversário, vai visitar todas as famílias, para apresentar seu plano de governo aos 2.194 eleitores.
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Sobe para 11 o número de cidades em situação de emergência devido a estiagem. Depois de Planalto Alegre, Ipuaçu, Guaraciaba, Coronel Freitas, Marema, São Miguel do Oeste, Águas Frias, Águas de Chapecó e São Carlos, Guarujá do Sul e São José do Cedro também assinaram o decreto.
Há mais de 40 dias não chove em São José do Cedro. O longo período de estiagem trouxe danos e prejuízos para agricultores do município.
Técnicos da Defesa Civil, agrônomos da Epagri, empresas fumageiras, laticínios e cooperativas fizeram um levantamento das áreas afetadas e das perdas das culturas.
- O milho teve uma perda aproximada de 40%, o leite 25% e o fumo 30% . Já no cultivo dos hortifrutis as perdas passam dos 40% – disse o secretário de agricultura e presidente da Defesa Civil de São José do Cedro, Pedrinho Casarin.
Casarin acrescenta que se não chover nos próximos dias os prejuízos podem aumentar. O decreto assinado pelo prefeito, Renato Broetto tem a vigência de 90 dias e poderá ser prorrogado por mais 90 dias.
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Guarujá do Sul
Não é registrada uma chuva significativa há 17 dias na cidade. Segundo o secretário municipal de agricultura, Ênio Barichello, os maiores prejuízos são registrados na cultura do milho. – Nas lavouras do grão as perdas chegam aos 40%, e não tem como reverter esta situação – lamenta o secretário.
O levantamento realizado pelos agrônomos da Epagri e técnicos da Defesa Civil aponta perdas de 35% na plantação de fumo e mais de 30% na produção leiteira. – Os produtores estão antecipando a retirada das plantas da lavoura para não ter prejuízos maiores. A má qualidade da pastagem é uma das responsáveis pela quebra na produção de leite – acrescentou o secretário.
O interior da cidade esta sendo abastecido com água para consumo humano e animal. – Além do transporte de água para as comunidades estamos trabalhando com máquinas na limpeza das fontes naturais – disse o prefeito Celso Taube, que assinou o decreto no final da tarde desta terça-feira.
E a previsão do tempo para os próximos dias na região Oeste não é das melhores. Segundo o metereologista Leandro Puchalski, a chance de chuva existe, mas de maneira isolada e em poucas cidades da região.
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Comente aquiDarci Debona | darci.debona@diario.com.br
A falta de água já está começando a mudar o cenário no Oeste. As lavouras de milho, que antes eram verde escuras, agora estão amareladas. André Baggio, de Coronel Freitas, estima em 50% o prejuízo nos dois hectares de milho que plantou. Alguns pés não formaram nem espigas. Outros tem espigas pequenas e poucos grãos. Ele pretendia colher mais de 300 sacas e vender metade da produção. Agora não sabe se vai colher o suficiente para alimentar os suínos, bezerros e ovelhas que tem na propriedade.
Seu vizinho, Antonio Trentin, enfrenta situação ainda pior. Ele não tem água suficiente para os animais. Mesmo recebendo diariamente 6 mil litros de um caminhão pipa da Prefeitura, estão morrendo 25 frangos por dia, devido ao calor. Ele não consegue fazer a nebulização dos dois aviários senão fica sem água para as aves beberem. –É muito triste- lamentou o produtor.
As aves começaram a morrer há uma semana. Mas a falta de água já começou há 20 dias, quando secaram as fontes da propriedade. Ele tem que dividir a água do caminhão pipa com as vacas. Nilce Trentin disse que a produção de leite já diminuiu 20%, de 230 litros/dia para 180 litros/dia.
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Até para o consumo humano o líquido já começa a escassear. –Temos água de poço artesiano mas não é sempre que ela vem- disse Nilse. O jeito é economizar para lavar roupa e fazer a limpeza.
O responsável pela distribuição de água da Prefeitura, Ricardo Martins, disse que diariamente são distribuídas 10 a 12 cargas de 6 mil litros cada no município. São 30 famílias que são abastecidas para o abastecimento humano e animal. Se não chover forte nos próximos dias, esse número deve aumentar.
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
O número de cidades em situação de emergência aumenta no Oeste. Depois de Planalto Alegre, Ipuaçu, Guaraciaba, Coronel Freitas, Marema e São Miguel do Oeste, Águas Frias, Águas de Chapecó e São Carlos também assinaram o decreto.
A produção de melancia é a mais prejudicada em Águas Frias. Segundo o secretário de agricultura Antoninho Testa, os agricultores já tem perdas de mais de 50%. No milho chega aos 40%, 30% na plantação no fumo e 25% na soja.
Ainda não está faltando água para o consumo humano no interior do município. E para evitar que isso aconteça a prefeitura esta realizando a limpeza das fontes de águas.
Em Águas de Chapecó as perdas passam de 50% no milho e na produção leiteira e aos 30% no fumo. Para amenizar a situação a prefeitura fez, até a semana passada, o abastecimento de água para o interior da cidade.
– Como o reservatório não está mais dando conta, tivemos que parar de abastecer as propriedades – disse o secretário de agricultura André Tormen. Ele acrescentou ainda que a alternativa encontrada é a abertura de fontes de água nas propriedades rurais.
Água do Balneário abastece o interior
Após reunião com a Comissão Municipal de Defesa Civil, o prefeito de São Carlos, Elio Godoy, assinou o decreto de situação de emergência. Na cidade as lavouras de milho e fumo são as áreas mais atingidas pela falta de água.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Nelci Endler, a produção leiteira teve uma redução de 45% devido as pastagens estarem escassas.
Para tentar amenizar a situação, moradores do interior estão utilizando água mineral do poço de Balneário de Pratas. – Os agricultores estão alugando caminhões e puxando água para suas propriedades – disse o prefeito. Ainda segundo, deve ser encaminhado para a Câmara Municipal de Vereadores um projeto de lei sugerindo que os agricultores tenham cisternas em suas propriedades.
Em São Carlos a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento – Casan, está realizando a limpeza de um poço que estava em desuso. Segundo o Superintendente Regional da Casan, Nilso Macieski o investimento no local poderá amenizar a situação do abastecimento na cidade. – Estamos usando medidas como esta para evitar que seja realizado um rodízio de água na cidade – disse.
Em Ipuaçu prejuízos passam dos 50%
Mesmo com as chuvas do final de semana na região, a agricultura não vai recuperar as perdas nas lavouras com a estiagem em Ipuaçu. A prefeitura ainda está disponibilizando toda a estrutura necessária para o transporte de água para os agricultores.
Segundo o secretário de agricultura Eduir Ceron, mais de 50% do milho plantado já foi perdido. – O interior já esta sem água. Os córregos secaram e se não chover o suficiente, ficaremos sem água na cidade também – declarou o secretário.
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Comente aquiA Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar – Fetraf Sul e Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, realizam nesta quinta feira, a Aula Inaugural do “Curso de Extensão em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário”.
A formação é direcionada para agricultores familiares, cooperativas, lideranças sindicais e de agroindústrias familiares e será realizado no Centro de Formação Dom José Gomes em Águas Frias, SC. A aula está marcada para às 13h30min.
Os conteúdos trabalhados serão meio ambiente, gestão da propriedade, energias renováveis, tecnologia de manejo e produção, desenvolvimento sustentável, entre outros.
Trinta e cinco alunos não terão custos com mensalidades ou matrícula, que será subsidiado pelas entidades promotoras, em parceria com a UFFS. A formação acontecerá em etapas de dois dias, alternadas a cada 40 dias e com a duração total de um ano, com carga horária total de 336h.
Este é o primeiro curso de extensão realizado pela universidade em parceria com as organizações da agricultura familiar.