Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Dos 152 municípios catarinenses que encaminharam decreto de situação de emergência devido à estiagem, 48 solicitaram prorrogação por mais 90 dias e 33 estão vigentes.
Segundo a Defesa Civil do Estado 826.815 mil pessoas foram afetadas com a estiagem, que durou cerca de setes meses em Santa Catarina. Conforme avaliação de danos da Defesa, os prejuízos na agricultura e pecuária passaram de R$ 728.292 milhões.
Agosto seco no Oeste
Chapecó nunca registrou um mês de agosto tão seco quanto o de 2012. Além do calor acima do normal foram registrados apenas 2,3 milímetros de chuva, bem distante da média histórica para o mês, que é de 146 milímetros.
A estiagem já prejudica a agricultura no Oeste, que responde por 37% do valor bruto da agropecuária catarinense. A situação, que se estende desde novembro de 2011, é preocupante e pode comprometer a economia da região.
De acordo com o gerente da Epagri em Chapecó, Ivan Baldissera, a estiagem afeta a cultura de trigo, as pastagens de inverno, do milho e a produção leiteira.
- O milho começaria a ser plantado nos próximos dias, mas a orientação é que os produtores não façam, pois o solo está praticamente seco – disse Baldissera.
Chuva só depois do dia 15
A primeira semana de setembro vai se configurando mais seca do que o normal no estado. De acordo com o levantamento feito pela Epagri/Ciram,órgão que monitora as condições meteorológicas de Santa Catarina, os volumes de chuva devem ficar próximo da média climatológica até o final do mês.
Na região Oeste a chuva está prevista somente para depois do dia 15 de setembro.
- O mesmo bloqueio atmosférico que favoreceu o predomínio de uma massa de ar seco no estado no mês de agosto persiste sobre a região na primeira quinzena do mês – disse o observador metereológico da Epagri em Chapecó, Francisco Schervinski.
Municípios com decreto de estiagem vigente
Água Doce
Agrolândia
Alto Bela Vista
Armazém
Arroio Trinta
Balneário Gaivota
Brunópolis
Campos Novos
Capinzal
Catanduvas
Criciúma
Erval Velho
Herval D’Oeste
Ibicaré
Içara
Joaçaba
Lacerdópolis
Luzerna
Macieira
Maracajá
Meleiro
Palmitos
Rio das Antas
Salto Veloso
Santa Rosa do Sul
Santa Terezinha
São João do Sul
Sombrio
Timbé do Sul
Turvo
Vargem
Videira
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
A crise na suinocultura já está afetando a economia dos municípios do Alto Uruguai Catarinense, onde á uma das principais atividades. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Xavantina, Dirceu Casarotto, estima em 50% a queda no movimento em relação ao ano passado.
– Até o dinheiro do leite sumiu para tapar os furos do porco- comentou.
Balduíno Tonatto, dono de uma loja de confecções, afirma que o movimento caiu 30% de R$ 11 mil a R$ 12 mil para R$ 7,5 mil. Além disso, tem entre 70 e 80 clientes com dívidas. –Já suspendi as compras- afirmou.
Na loja de material esportivo de Dilceu Seghetto, já são R$ 15 mil em dívida de clientes, praticamente todos relacionados com a suinocultura.
Na agropecuária onde trabalha Dalvan Spagnol parte da mercadoria está sendo paga em suínos vivos. E na agropecuária de Márcio Foralosso a queda na venda de produtos da suinocultura caiu 40% e as dívidas dos clientes já superam R$ 300 mil.
– Estamos nos atolando junto com eles- constatou Foralosso.
O secretário de Agricultura Leonir Caus estima que mais de 200 produtores desistiram da atividade nos últimos cinco anos, somente no município. Restam pouco mais de 400 dos 650 criadores. –Se a crise continuar vão sobrar só uns 200- afirmou disse o secretário.
Até sua família está fechando uma das duas granjas. Das 300 matrizes devem sobrar apenas 115. O sobrinho Welinton Caus pretendia cursar um Colégio Agrícola e seguir na suinocultura. Agora desistiu e deve ir para a cidade. –Sem renda não dá, vou tentar eletromecânica ou Educação Física- declarou.
Diante dessas perdas os municípios estão decretando situação de emergência. Ontem três municípios do Alto Uruguai Catarinense, Irani, Presidente Castelo Branco e Alto Bela Vista decretaram situação de emergência. Já são 13 no Estado. De acordo com o prefeito de Alto Bela Vista e presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense, Sérgio Luiz Schmitz, as perdas na arrecadação do seu município, que devem refletir nos próximos dois anos, já passa dos R$ 2 milhões. Isso representa dois meses de arrecadação do município. A recomendação é que outras cidades também decretem emergência.
A Associação dos Municípios do Extremo Oeste Catarinense também convocou os 19 prefeitos para um ato na quinta-feira, às 14 horas, na praça Walmir Botaro Daniel. De acordo com a secretária executiva da Associação, Sandra Franco, alguns prefeitos devem assinar o decreto durante o ato.
O secretário de Administração de São João do Oeste, Wilson Weber, disse que o município vai assinar o decreto. No Meio-Oeste o prefeito de Videira, Wilmar Carelli, também vai decretar situação de emergência hoje.
O presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Losivânio de Lorenzi, disse que até o final de semana já devem somar 50 decretos. O objetivo é pressionar as autoridades para tomar medidas de apoio ao setor. O preço base do suíno está em R$ 1,90 por quilo, contra um custo de R$ 2,57. No dia 12 de julho está previsto um ato e uma reunião com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, em Brasília.
Ministério anuncia que Argentina vai retomar compras
O ministério da Agricultura do Brasil anunciou no final da manhã de ontem que as exportações de carne suína para o país vizinho está liberada. No início do ano a Argentina tomou medidas de restrição de alguns produtos brasileiros, o que ajudou a agravar a crise da suinocultura. De acordo com o ministro Mendes Ribeiro Filho foram realizados vários encontros com lideranças do governo vizinho para recuperar esse mercado. A expectativa é que sejam exportados um volume similar às 27 mil toneladas vendidas no segundo semestre do ano passado.
A medida é considerada boa pelas lideranças de Santa Catarina mas insuficiente para amenizar a crise do setor. Os suinocultores querem subsídio no transporte de milho do Centro Oeste para Santa Catarina, renegociação das dívidas e um preço mínimo. –Queremos que o governo banque a diferença de 67 centavos entre o custo e valor de mercado- explicou o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio de Lorenzi.
O secretário de Agricultura do Estado, João Rodrigues, informou que o Governo do Estado deve incrementar em 15 a 20 toneladas o consumo de carne suína na merenda escolar, hospitais e presídios.
Além disso foi articulada uma ação com a Associação Brasileiras dos Restaurantes, para incrementar os pratos à base suína, e outra ação com a Associação Catarinense dos Supermercados (Acats), para fazer promoção do produto.
Rodrigues marcou ainda duas reuniões, segunda-feira, às 10 horas, em Concórdia, e na terça-feira, às 10 horas, em Braço do Norte. O objetivo é verificar a demanda dos suinocultores para levar ao ministro Mendes Ribeiro, no dia 12, quando uma comitiva catarinense vai à Brasília.
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Com o decreto de Urupema e Ibiam, subiu para 150 o número de municípios em situação de emergência, devido à estiagem, em Santa Catarina.
Segundo a Defesa Civil do Estado já são 796.338 mil pessoas afetadas. Conforme avaliação de danos da Defesa de 141 municípios, dos 150 afetados, os prejuízos na agricultura e pecuária chegam a R$ 726.584 milhões.
>> Estiagem começa a ir embora em SC
150 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Abdon Batista
Agrolândia
Água Doce
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Armazém
Anchieta
Anita Garibaldi
Atalanta
Araranguá
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bocaina do Sul
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Brunópolis
Caibi
Campo Erê
Campos Novos
Capinzal
Catanduvas
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Correia Pinto
Criciúma
Cunha Porã
Cunhataí
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Ermo
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Flor do Sertão
Formosa do Sul
Forquilhinha
Fraiburgo
Frei Rogério
Galvão
Grão Pará
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibiam
Ibicaré
Içara
Imbuia
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irani
Irati
Itá
Itapiranga
Ituporanga
Jaborá
Jacinto Machado
Jardinópolis
Joaçaba
Jupiá
Lacerdópolis
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Macieira
Maracajá
Maravilha
Marema
Meleiro
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Alta
Ponte Serrada
Praia Grande
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Rio das Antas
Rio do Campo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Salto Veloso
Santa Helena
Santa Rosa do Sul
Santa Terezinha
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São João do Sul
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Siderópolis
Sombrio
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Timbé do Sul
Treze Tílias
Tunápolis
Turvo
União do Oeste
Urupema
Vargeão
Vargem
Vargem Bonita
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada do dia 14 de junho de 2012, pela Defesa Civil.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
Depois de sete meses a estiagem em Santa Catarina começa a dar sinais de que está indo embora. As lavouras secas de milho e soja foram colhidas e o verde das pastagens toma conta da paisagem. Os rios começam a voltar ao seu leito normal e os açudes, que antes estavam secos, agora já estão quase cheios.
- Já recuperou uns 80% – calcula Valdir Gunewald, gerente de uma propriedade rural no interior de Descanso, onde o Diário Catarinense registrou o açude seco e com rachaduras no final de fevereiro.
Ele disse que houve perda de praticamente toda a lavoura de 10 hectares de milho, mas que agora a pastagem está boa e rebanho de 400 bovinos está recuperando o peso que perdeu quando a grama estava seca.
– Acabou a estiagem- avaliou Grunewald.
De acordo com o meteorologista da RBS, Leandro Puchalski, não dá para dizer que a estiagem terminou. Mas dá para dizer que ela dá sinais de que está indo embora.
– Com o fim do La Niña entramos num período de neutralidade climática- explicou.
O La Niña é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico que influencia as chuvas em Santa Catarina.
Com isso desde novembro do ano passado iniciou uma estiagem no estado, que iniciou pelo Oeste e foi avançando para outras regiões, até atingir 148 municípios em situação de emergência, segundo dados da Defesa Civil catarinense.
Puchalski lembrou que, em abril, houve uma boa sequência de chuvas, o que está se repetindo em junho. No final de semana foram registrados bons volumes de precipitação no estado e, uma nova chuva deve chegar ao Oeste entre sexta-feira e sábado.
O engenheiro agrônomo do escritório regional da Epagri em Chapecó, Ivan Baldissera, informou que em junho já choveu 68 milímetros, mais do que os 48 milímetros de maio. A média dos dois meses é de 170 milímetros. Baldissera disse que já houve recuperação de rios e pastagens mas teme que um frio intenso possa prejudicar novamente os agricultores.
Para o diretor de Resposta aos Desastres da Secretaria de Defesa Civil do Estado, major Aldo Batista Neto, as chuvas recentes ajudam a agricultura, os córregos estão retomando seus níveis, mas ainda não dá para dizer que a estiagem terminou.
– Deu um fôlego, mas não é o suficiente- afirmou.
Ele destacou que os lençóis freáticos ainda não se recuperaram. Neto disse que a Defesa Civil continua monitorando os municípios em emergência, que já representam uma população de 789 mil pessoas e perdas de R$ 715 milhões. Ele afirmou que já foram investidos R$ 10,5 milhões no atendimento aos municípios, com água mineral apoio no transporte e a distribuição de kits com duas bombas de água e quatro caixas de água com cinco mil litros cada. A Defesa Civil também está retomando um projeto de ações de prevenção, como redes de água e reservatórios. Para isso o Governo do Estado vai buscar financiamento de R$ 60 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Hidrelétricas ainda com níveis baixos
As chuvas deste mês estão ajudando a recuperar o nível dos rios, mas ainda não o suficiente para normalizar a situação das hidrelétricas localizadas no rio Uruguai. Itá e Machadinho continuam com geração mínima, de 20% e 15% respectivamente, segundo o gerente das duas unidades, Elinton Chiaradia.
-Nas hidrelétricas o efeito é mais atrasado- lembrou Chiaradia. No início da estiagem, as hidrelétricas ainda tem água acumulada. Agora, necessitam que chova muito, para recuperar os reservatórios.
Chiaradia disse que inicialmente as chuvas vão encharcando o solo, o que já ajuda a agricultura mas não recupera os mananciais. Depois, com uma sequência de chuvas, é que a água excedente vai escorrendo para os rios até chegar nos reservatórios.
Machadinho chegou a interromper a geração de energia entre 5 de abril e 21 de maio, pois o reservatório chegou a baixar 14,5 metros, restando apenas 3% do volume útil. Ontem ele estava com 16% do volume útil para a geração. Em Itá o reservatório baixou seis metros e o volume útil chegou a próximo de zero. Mas nessa semana o volume chegou a 12%. Itá tem potencial para gerar 1.450 megawatts, o que representa metade da demanda de Santa Catarina. Machadinho tem potencial de 1.140 megawatts, o que representa cerca de 40% da demanda do estado.
A Secretaria de Estado da Defesa Civil (SDC), por meio da Diretoria de Resposta aos Desastres, dará continuidade às atividades de atendimento e assistência aos municípios atingidos pela estiagem por meio da secretaria itinerante. A segunda etapa inicia na terça-feira, dia 24 e segue até o dia 26, nas regionais de Xanxerê, Seara, Joaçaba, Concórdia, Campos Novos, Videira e Caçador.
Durante o período, a equipe composta pelo diretor de resposta aos desastres, major Aldo Baptista Neto, o gerente de operações e assistência, capitão Fabiano de Souza, e os coordenadores regionais de Defesa Civil das regiões impactadas estarão nas secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs) para atender, orientar e dar celeridade às ações de enfrentamento à estiagem, que deve se estender até o mês de junho, com chuvas abaixo da média climatológica. A primeira etapa da secretaria itinerante atendeu 62 cidades e a segunda atenderá outros 46.
O diretor Aldo Baptista Neto destaca que a Defesa Civil tem a missão de salvar e guardar a qualidade de vida dos cidadãos com o atendimento de água potável para consumo humano. Nos encontros com os representantes dos municípios impactados, a equipe está alertando sobre a previsão da estiagem que, segundo Epagri/Ciram, deve se estender por mais dois meses.
A Defesa Civil também recebe as demandas de cada cidade, conforme itens disponíveis no plano de ação de R$ 6,8 milhões, aprovado pelo Ministério da Integração, que são: tanques de polietileno de 5 mil e 10 mil litros, água mineral em vasilhame de 5 litros, purificador de água Clorin e caminhões-pipa. O último vai funcionar em um sistema de rodízio administrado pelas SDRs, visto que não há um número suficiente disponível de transportadores de água para atender todas as cidades.
O último relatório da Defesa Civil Estadual registra 129 municípios em Situação de Emergência por estiagem em Santa Catarina. O último a decretar foi Ituporanga. São 695.031 pessoas afetadas e R$ 667.124 milhões de prejuízo na agricultura e pecuária, conforme documentos de avaliação de danos de 123 municípios dos 129 recebidos pelo órgão.
Os municípios atingidos pela estiagem e com dificuldades de abastecimento de água para consumo humano começaram a receber da Defesa Civil do estado potes do Clorin, substância utilizada para tratar a água em cisternas, caixas e caminhões pipa. A coordenação regional da Defesa Civil, com sede da SDR Chapecó recebeu o produto na segunda-feira, dia 9, e começou a distribuição. Nesta primeira etapa 37 municípios do Oeste serão atendidos.
A região vai de Irati a Ponte Serrada e de Abelardo Luz a Itá. A quantidade de potes varia de acordo com a população de cada município. O processo é muito simples. Cada pote tem 25 cápsulas e com apenas uma delas é possível tratar 10 mil litros de água.
- Depois de colocada a cápsula no reservatório, em 15 minutos a água está pronta para consumo. Mas é importante dizer que não é aconselhável dar esta água com cloro para os animais. A finalidade é para o consumo das pessoas – alerta o Sargento Lázaro Müller, Coordenador Regional da Defesa Civil.
>> São 126 municípios em situação de emergência devido a estiagem em SC
Segundo a Defesa Civil, o cloro é eficaz para o tratamento de qualquer substância que esteja na água como bactérias ou coliformes fecais. O produto só não funciona quando há poluição química, que não é freqüente na região.
- A medida é necessária porque muitos moradores da área rural tem captado água em rios ou recebido o abastecimento de caminhões pipa. Com o cloro evitaremos problemas de saúde – afirma o sargento.
O trabalho de distribuição acontece todos os dias e está sendo feito pelo próprio sargento que faz a orientação para as prefeituras sobre a utilização do cloro.
- Os municípios que desejarem receber o Clorin devem fazer a solicitação através das SDRs de Chapecó, Xanxerê, Seara e Quilombo. A Secretaria Regional informará a Defesa Civil de SC que autorizará a liberação do produto que está estocado na SDR de Chapecó – completou.
Subiu para 126 o número de municípios atingidos pela estiagem em Santa Catarina. Frei Rogério, Capinzal e Vargem, todos do Meio-Oeste do Estado encaminharam o decreto para a Defesa Civil do Estado.
Com esses decretos o número de pessoas afetadas, segundo a Defesa Civil chega a 679.770.
126 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Agrolândia
Água Doce
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Campos Novos
Capinzal
Catanduvas
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Criciúma
Cunha Porã
Cunhataí
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Flor do Sertão
Formosa do Sul
Frei Rogério
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Içara
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irani
Irati
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Joaçaba
Jupiá
Lacerdópolis
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Macieira
Maracajá
Maravilha
Marema
Meleiro
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Rio das Antas
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Salto Veloso
Santa Helena
Santa Rosa do Sul
Santa Terezinha
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São João do Sul
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sombrio
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Vargem
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada às 15h do dia 12 de abril de 2012, pela Defesa Civil.
Subiu para 102 o número de municípios atingidos pela estiagem em Santa Catarina. Os últimos decretos encaminhados para a Defesa Civil do Estado foram Rio das Antas e Luzerna.
Segundo a Defesa Civil já passam de 614.035 o número de pessoas afetadas.
102 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Riqueza
Rio das Antas
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 15 de março de 2012, pela Defesa Civil.
Voltou a crescer a lista de cidades atingidas pela estiagem que atinge o Oeste de Santa Catarina. Chega a 98 o número de cidades que decretaram situação de emergência por causa da seca.
O último decreto foi de Tangará. Segundo a Defesa Civil de Santa Catarina, 604.303 pessoas foram afetadas pelo fenômeno.
98 Municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arabutã
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 7 de março de 2012, pela Defesa Civil.
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
O Rio João Emílio que abastece Formosa do Sul está baixo e não consegue mais encher o reservatório de água do município. Com essa situação a primeira medida da prefeitura foi racionar o fornecimento de água. Agora a população urbana recebe água das 6 horas até as 16h. Segundo o prefeito Jorge Comunello, esse período pode ficar ainda mais curto caso não chova significativamente nos próximos dias.
- Estamos procurando poços que possam ajudar a manter o nível dos reservatórios. Mas por enquanto a palavra de ordem é economizar – disse o prefeito.
A Casan prepara uma medida emergencial. – Será feito um convênio entre a Companhia, Prefeitura e Corpo de Bombeiros para buscar água do Rio Chapecó, que fica a 25 Km do centro da cidade, para suprir a demanda – disse o superintendente regional da Casan, Ésio Bordignon.
Devem ser realizadas oito viagens para levar, aproximadamente, 150 mil litros de água do Rio para a estação de tratamento. O transporte deve iniciar somente na segunda-feira, dia 13, pois o caminhão que fará o transporte vem da Defesa Civil do Estado.
Água para os animais
As sete comunidades do interior do município também sofrem com a falta da água. A prefeitura faz o transporte de água do Rio Ouro para propriedades que possuem aviários, chiqueiros ou rebanho leiteiro. São dois caminhões que transportam cerca de 10 mil litros a cada viagem.
As perdas na produção do milho passam de 50%. Para o secretário de Agricultura, Rinaldo Segalin, agora a preocupação dos agricultores é aproveitar o produto para fazer silagem. – Mesmo assim não será uma silagem de qualidade – comentou.
Outra preocupação é na produção leiteira. – As pastagens estão secas e os agricultores precisam comprar ração para manter a alimentação dos animais o que deve aumentar o custo de produção – destacou o prefeito. Ele disse ainda que os prejuízos estão sendo levantados.
O município recebeu quatro kits, com quatro caixas de cinco mil litros e duas motobombas, da Defesa Civil, para auxiliar na distribuição de água.