Abelardo Luz deve decretar situação de emergência por mais 90 dias em razão da estiagem prolongada que castiga toda a região. A falta de chuva aumenta a cada dia as perdas na agricultura e já provoca escassez de água, agora não apenas para os animais, mas também para o consumo humano em várias comunidades do interior do município. Até o final da tarde desta terça-feira, 120 municípios haviam encaminhado decreto de Situação de Emergência para a Defesa Civil do Estado.
Até agora são atendidas diretamente mais de 200 famílias, sendo que pelo menos 30 delas já estão sem água potável e já dependem exclusivamente do abastecimento pela prefeitura que é realizado a cada dois ou três dias. Nas propriedades das famílias mais prejudicadas estão sendo instaladas caixas de cinco mil litros fornecidas pela Defesa Civil Estadual e Federal para armazenamento de água tanto para consumo humano ou animal.
Além da distribuição de água, a prefeitura também possui várias máquinas trabalhando diariamente na abertura de bebedouros e auxiliando na produção de silagem para alimentar especialmente o gado leiteiro, atividade responsável pelo sustento da maioria dos pequenos agricultores. – A situação está cada vez mais preocupante. O número de pedidos emergenciais aumenta todo dia, mas estamos trabalhando para atender todos os agricultores – disse o diretor de Agricultura, Edivar Turossi.
A distribuição de caixas de água atende principalmente famílias que vivem nas comunidades mais prejudicadas que são: Canhadão, Alegre do Marco, Alto da Serra, José Maria e Capão Grande.
- Estamos pegando água em um poço artesiano da cidade e levando todos os dias até as famílias – destaca Turossi.
Prejuízos
Abelardo Luz possui em torno de 2,5 mil famílias na agricultura familiar, sendo a maioria pequenos produtores que sobrevivem exclusivamente das práticas agrícolas hoje afetadas pela estiagem. Além da produção de leite, a seca danificou áreas de pastagem e plantações de milho, soja, feijão e fumo, que já acumulam grande quebra em produtividade. Os prejuízos já passam de R$ 30 milhões.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
Até o tradicional peixe da Semana Santa está ameaçado pela estiagem que atinge o Oeste de Santa Catarina. De acordo com o extensionista e pesquisador da Epagri de Chapecó que é responsável pela área de piscicultura, Jorge de Matos Casaca, as perdas oscilam entre 30 e 40% em toda a região. As perdas são maiores nas espécies de carpas.
O Oeste é responsável por 25% da produção estadual de 28,3 mil toneladas. As perdas devem somar entre 2,1 mil e 2,8 mil toneladas. De acordo com Casaca, a falta de chuva diminuiu o nível dos açudes e, pela diminuição do espaço, os peixes não se desenvolveram.
Além da perda de volume cerca de 30% dos 10 mil piscicultores do Oeste nem vão retirar os peixes, para não ficar com o reservatório de água vazio. Com isso vai diminuir a oferta de peixe na Semana Santa.
O engenheiro agrônomo responsável pelos dez pontos de feira dos produtores rurais em Chapecó, Samuel Vasques, disse que a oferta está sendo bem menor. Até agora apenas o ponto da esquina das ruas Uruguai com Nereu Ramos está com disponibilidade, nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados pela manhã. A maioria dos produtores, que iniciava as vendas até um mês antes da Páscoa, agora está guardando a produção somente para Semana Santa. Há casos de produtores que até perderam a produção pois os peixes morreram. O piscicultor Euclides Menegatti ainda está conseguindo atender a feira. Ele estima em 30% a quebra na produção. Ele pretendia vender 15 toneladas e vai conseguir apenas 12 toneladas. – Faltou renovação da água e, com pouco oxigênio, os peixes não se alimentaram direito- explicou Menegatti. O prejuízo é estimado em R$ 18 a 20 mil.
Mesmo assim ele não pretende alterar os preços, que variam de R$ 8,50 para as carpas prateada e húngara e R$ 17 para o filé de tilápia.
O extensionista da Epagri, Jorge Casaca, sugere a adoção de políticas públicas para incentivas a construção de reservatórios, que podem ser utilizados para a piscicultura e ao mesmo tempo guardar água para os períodos de estiagem.
Até o final da tarde desta segunda-feira 112 municípios haviam decretado situação de emergência, devido a estiagem.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
Enquanto na cidade as aulas estão suspensas por falta de água no interior de Dionísio Cerqueira os açudes estão secando e até animais estão morrendo.
De acordo com o secretário de agricultura e presidente da Defesa Civil do município, Guido Dreyer, metade dos açudes estão secos e cerca de 50 animais já morreram por tomarem água imprópria para o consumo. Cerca de 20% das 1,3 mil propriedades enfrentam problemas com falta de água. –Eles estão buscando em rios, vizinhos..-explicou.
O agricultor Raul Luís Meier tem três açudes mas teve que buscar água no vizinho. No maior, com cerca de cinco mil metros quadrados, ficaram só os riachos. Meier afirmou que a água foi secando e, quando tinha apenas cerca de 10% da água, ele acabou esvaziando o resto do reservatório para retirar os peixes que estavam morrendo. Nos outros dois açudes, há cerca de 30% de água mas ela está esverdeada e imprópria para abastecer os cerca de 70 bovinos. A produção de leite caiu pela metade, de nove mil litros por mês para sete mil litros.
-Nunca vi uma estiagem tão forte- comparou. Ele aguarda chuva em breve para amenizar a situação e não ficar sem água para os animais.
Na zona urbana cerca de quatro mil alunos das redes municipal e estadual estão sem aula desde terça-feira, por falta de água nas escolas. A Casan, que tratava 4,8 milhões de litros por dia, estava com apenas 1,8 milhão de litros.
Na quinta-feira chegou um caminhão dos Bombeiros e ontem mais três caminhões, um do Paraná e dois da Casan começaram a auxiliar no abastecimento.
O chefe do escritório local da Casan, Marcelo Roth, disse que a intenção é colocar dois caminhões para abastecer as escolas e assim retomar as aulas até terça-feira. Ele entrou em contato com a superintendência da estatal em Chapecó para solicitar reservatórios que serão instalados nas escolas. A gerência de educação da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Dionísio Cerqueira também acenou com a possibilidade de adquirir e instalar caixas d’água com capacidade de 10 mil litros nas escolas. Com isso, mesmo que a água só chegue a cada dois dias é possível ter uma reserva.
Roth disse que a chegada dos caminhões vão amenizar a situação, mas que a população deve continuar economizando. Festas e alvarás de construção estão suspensos.
Entre quinta e sexta-feira foram registradas chuvas esparsas na região. Em Chapecó choveu 22 milímetros segundo o observador meteorológico da Epagri, Francisco Schervinski. Ele afirmou que esse volume ajuda a vegetação mas não resolve para a água. O acumulado do mês é de 63 milímetros para uma média histórica de 126 milímetros.
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
A estiagem que assola a região Oeste desde novembro de 2011 trouxe prejuízos não só na agricultura, mas também na educação. Em Dionísio Cerqueira no extremo-oeste, cerca de 4 mil alunos estão sem aula desde a terça-feira, dia 20. Segundo a gerente de Educação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Dionísio Cerqueira, Nilza Suffredini, o motivo seria a falta de água nas escolas.
- Os alunos não tem água para consumir, por isso decidimos por suspender as aulas – disse a gerente. Ela falou ainda que serão instaladas caixas nas escolas para tentar garantir o abastecimento de água e retornar em breve as aulas.
As aulas estão suspensas até a segunda-feira, dia 26, em cinco escolas estaduais, 13 municipais, duas creches e no Centro de Educação de Jovens e Adultos.
Na segunda-feira será realizada mais uma reunião com representantes da Prefeitura, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, secretarias de agricultura e educação, gerência Regional da Casan, diretores e professores. O objetivo é avaliar se haverá condições de retomar as aulas nas escolas municipais e estaduais.
A reposição destes dias com suspensão vai acontecer no mês de julho, que tradicionalmente marca o recesso escolar.
Guarujá do Sul pode decretar calamidade pública
Até o final da tarde desta quarta-feira 110 municípios haviam decretado situação de emergência devido a estiagem. Macieira e Joaçaba foram os últimos municípios a encaminhar o decreto para a Defesa Civil do Estado.
No extremo-oeste a situação se agrava e o prefeito de Guarujá do Sul, Celso Taube, disse que o município pode encaminhar o decreto de calamidade pública caso não chova significativamente nos próximos dias.
Segundo ele é grande o número de moradores que ligam para a prefeitura solicitando serviços de abertura de bebedouros e transporte de água. Outro agravante é a mortalidade dos animais, que estão sem água ou consomem água sem qualidade.
- Além dos bebedouros os funcionários da prefeitura precisam abrir buracos para enterrar os animais que estão morrendo – disse.
Na terça-feira, dia 27 está marcada uma reunião para definir se será encaminhado ou não o decreto.
110 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Água Doce
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Joaçaba
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Macieira
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Riqueza
Rio das Antas
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 21 de março de 2012, pela Defesa Civil.
Subiu para 108 o número de municípios atingidos pela estiagem em Santa Catarina. O último decreto encaminhado para a Defesa Civil do Estado foi Balneário Gaivota.
Segundo a Defesa Civil chega a 626.829 o número de pessoas afetadas.
108 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Joaçaba*
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Riqueza
Rio das Antas
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 19 de março de 2012, pela Defesa Civil.
* A Defesa Civil do Estado ainda não recebeu a documentação deste município.
[Atualizado às 17h02]
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Com os decretos de Videira, Erval Velho, Ibicaré, Herval d´Oeste e Joaçaba, no Meio Oeste, sobe para 107 o número de municípios em situação de emergência em Santa Catarina devido a estiagem. Até o final da tarde a Defesa Civil do Estado já registrava Erval Velho, Ibicaré, Herval d´Oeste e Videira mas não havia recebido a documentação de Joaçaba. O número de pessoas afetadas chega a 625.129 .
Em Erval Velho, o rio Erval, que corta a cidade e é uma das fontes para o abastecimento de água do município está seco. Segundo o diretor de agricultura e presidente da Defesa Civil do município, Vanilso Alessi, a demora para encaminhar o decreto foi porque acreditavam que o volume de chuva aumentasse, porém, aconteceu o contrário.
Duas comunidades do interior estão recebendo água. Dois caminhões pipa levam 8 mil litros de água cada para as Comunidades de Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora da Saúde. – Estamos fazendo duas viagens diárias – disse. Ele contou ainda que se a estiagem persistir o número de viagens pode aumentar e outras comunidades poderão ser atendidas.
Técnicos da Secretaria da Agricultura e Epagri estão fazendo um levantamento das perdas na agricultura. – O milho que foi plantado mais cedo teve perdas de 40%, já aquele que foi plantado mais tarde teve prejuízos de 80%- disse. Na soja as perdas também chegam a 40%.
Alessi calculou que as perdas na produção leiteira giram em torno de 20%. – O número não foi maior pois a chuva, que apesar de baixa, garantia renovação da pastagem para os animais – disse.
Joaçaba também decretou situação de emergência. A decisão foi tomada após uma reunião entre o prefeito Rafael Laske e membros da Defesa Civil. Segundo Irineu Meneguini , responsável pelo setor de agricultura as perdas nas safras de milho e soja chegam a 70%.
Se o quadro persistir sem chuva significativa nas próximas semanas, há o risco de comprometer o abastecimento de água nas residências do interior. – Diferente da cidade elas não contam com grandes reservatórios – alertou.
Outra preocupação do município é com a pecuária, principalmente a suinocultura e avicultura. – Na piscicultura as perdas chegam a 50% – disse Meneguini.
107 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Joaçaba*
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Riqueza
Rio das Antas
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 16 de março de 2012, pela Defesa Civil.
* A Defesa Civil do Estado ainda não recebeu a documentação destes municípios.
Subiu para 102 o número de municípios atingidos pela estiagem em Santa Catarina. Os últimos decretos encaminhados para a Defesa Civil do Estado foram Rio das Antas e Luzerna.
Segundo a Defesa Civil já passam de 614.035 o número de pessoas afetadas.
102 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Riqueza
Rio das Antas
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 15 de março de 2012, pela Defesa Civil.
A Prefeitura de São Lourenço do Oeste recebeu da Defesa Civil do Estado, seis caixas de água com capacidade para armazenamento de 10 mil litros cada. As caixas serão usadas no transporte de água para atender prioritariamente os agricultores que estão com dificuldades por causa da grande estiagem que assola o Oeste desde o mês de novembro.
Segundo o Secretário Municipal de Desenvolvimento Rural, Saulo Tarso Sutilli, esse reforço veio em boa hora, pois além da capacidade que a prefeitura já possuía, agora poderá ampliar a capacidade de abastecimento.
O Governo Municipal continua perfurando depósitos nas propriedades a fim, de amenizar a falta de água e agora, com a chegada das caixas vindas da Defesa Civil, serão possível atender maior numero de agricultores com mais agilidade.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
Santa Catarina atingiu ontem a marca de 100 municípios em situação de emergência em virtude da estiagem que atinge o estado desde novembro. O decreto mais recente é o de Treze Tílias, que registra perda de 30 a 40% nas lavouras de milho.
As perdas no Estado já somam R$ 549 milhões segundo levantamento do Centro de Socieconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Epagri. O gerente do Cepa/Epagri, Ilmar Borchardt, disse que as perdas no milho já estão praticamente consolidadas. Mas esse número pode aumentar nas lavouras de soja. Ele afirmou que as perdas são mais acentuadas no Oeste, mas que já avançou até municípios próximos a Lages.
Os maiores prejuízos são nas lavouras de milho e soja. A safra de milho, por exemplo, deve ser a menor do estado desde 2006. Isso acarreta uma série da prejuízos em cascata. Isso porque aumenta o déficit de milho do estado, que deve chegar a dois milhões de toneladas. Na avaliação do presidente da Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, a estiagem tira a competitividade da agroindústria catarinense, inibe investimentos no estado e aumenta o custo dos alimentos para o produtor. –Os R$ 549 milhões são irrelevantes perto dos outros prejuízos que acarretam- calculou. Barbieri disse que a necessidade de trazer milho de outros estados aumenta o custo de produção de aves, suínos e leite. Isso aumenta também o custo dos alimentos para o produtor. A saca de arroz aumentou de R$ 20 para R$ 27. A saca de soja, que estava em torno de R$ 40, foi para R$ 47. E o milho, que deveria estar em torno de R$ 20 a saca, está em R$ 24 a R$ 25. Bom para quem consegue colher. Mas o produtor que perde com a estiagem tem menos produção para aproveitar essa alta.
O presidente da Cooperativa Regional Alfa (Cooperalfa), Romeu Bet, estima que deverá comprar cerca de dois milhões de sacas de soja de outros estados para atender a necessidade da indústria de óleo e farelo de soja. Normalmente a cooperativa recebe seis milhões de sacas. Bet disse que a busca de soja de fora aumenta os custos. Além disso a estiagem acaba interferindo no faturamento. Outro impacto é a venda de menos insumos, já que o produtor deve reduzir investimentos na lavoura.
Ele afirmou que enquanto produtores do Planalto Norte tem uma safra normal, no Oeste há perdas até superiores a 50% na lavoura de soja.
O secretário de Agricultura de Santa Catarina, João Rodrigues, afirmou que a estiagem acaba impactando também no comércio. –Os agricultores vão deixar de trocar o carro e fazer outras compras- explicou. É um efeito em cascata em que todos perdem um pouco.
Safra antecipada e plano de trocar o trator adiado
A falta de chuva antecipou a colheita das lavouras de soja em 15 a 20 dias. O agricultor Marcelo Segatto, de Caxambu do Sul, já colheu nove hectares dos 39 que plantou. A perda é superior a 50%. No ano passado ele colheu 70 sacas por hectare. Neste ano a média é de 30 sacas. O motivo é que, pela falta de umidade, as plantas secaram e o grão ficou pequeno e murcho. Isso também aumentou o desconto no silo.
– A qualidade é ruim- lamentou o produtor. Segatto investiu cerca de R$ 800 por hectare. Mesmo com a perda, deve sobrar uns R$ 7 mil da lavoura. –Tenho que passar o ano com esse dinheiro- lembrou.
Com isso o plano de trocar o trator que é de 1998 terá que ser adiado. –Só no ano que vem- prevê.
Produtor teve quebra de 70%
A colheita do milho confirmou o que o produtor Ernício Stroher já esperava, uma quebra acentuada na lavoura em virtude da estiagem. A quebra na propriedade localizada no interior de Dionísio Cerqueira chegou a 70%, segundo cálculos do produtor.
–No ano passado colhi 180 sacas por hectare e agora colhi 50- explicou.
Stroher plantou 4,5 hectares de milho. Destes, fez 1,5 hectares de silagem para o gado e, em três hectares, colheu grão. A safra não será suficiente para pagar o financiamento de R$ 12 mil. Colhendo 150 sacas ele vai receber apenas cerca de R$ 7,5 mil. E ainda tem que descontar 10% para pagar a colheitadeira e mais as impurezas que são descontadas no silo. Ele encaminhou o Proagro e espera ter um desconto no financiamento. Ele lamentou que, da boa safra do ano passado, investiu parte para fazer uma lavoura melhor. O lucro do ano anterior acabou perdendo na estiagem.
MILHO EM SC
Área (mil hectares)
2003: 856
2004: 816
2005: 796
2006: 784
2007: 706
2008: 715
2009: 667
2010: 593
2011: 541
2012: 573
Produção (milhões de toneladas)
2003: 4,31
2004: 3,25
2005: 2,80
2006: 2,88
2007: 3,86
2008: 4,13
2009: 3,26
2010: 3,69
2011: 3,60
2012: 3,11
Produtividade (quilos por hectares)
2003: 5.034
2004: 3.992
2005: 3.386
2006: 3.680
2007: 5.470
2008: 5.780
2009: 4.895
2010: 6.302
2011: 6.401
2012: 5.436
Fonte: Cepa/Epagri
SOJA EM SC
PRODUÇÃO (mil toneladas)
2003: 712
2004: 642
2005: 599
2006: 799
2007: 1.104
2008: 943
2009: 975
2010: 1.374
2011: 1.490
2012: 1.398
ÁREA PLANTADA (mil hectares)
2003: 257
2004: 314
2005: 355
2006: 332
2007: 377
2008: 372
2009: 385
2010: 440
2011: 457
2012: 447
PRODUTIVIDADE (quilos por hectare)
2003: 2.770
2004: 1.907
2005: 1.710
2006: 2.406
2007: 2.930
2008: 2.534
2009: 2.530
2010: 3.123
2011: 3.259
2012: 3.127
Fontes: Cepa/Epagri
Chegou a 100 o número de municípios atingidos pela estiagem em Santa Catarina. O último município a encaminhar o decreto para a Defesa Civil do Estado foi Treze Tílias.
Segundo a Defesa Civil o número de pessoas afetadas passa de 600 mil.
>> Estiagem se alastra em Santa Catarina
100 municípios em Santa Catarina
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 09 de março de 2012, pela Defesa Civil.