Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Os moradores de Seara, que antes ficavam 12 horas sem receber água, em esquema de rodízio, a partir de hoje ficarão até 24 horas sem o fornecimento. O gerente da Casan em Seara, Marcelo Cozzer, disse que isso acontece porque a vazão do rio Caçador diminuiu ainda mais e é preciso buscar complemento na barragem de Itá. Com isso é preciso esperar mais tempo para tratar água e assim abastecer o município.
- E caso não chova nos próximos dias a tendência é que o período sem água aumente – comentou Marcelo.
O racionamento por falta de água, provocada pela estiagem, se deve porque o poço profundo que poderia abastecer a cidade, está com uma bomba e tubulação entalados desde dezembro. A bomba queimou no dia 15 de dezembro e, na troca, dia 20 de dezembro, o equipamento com 22 toneladas caiu mais de 100 metros dentro do poço, que tem 589 metros.
A barragem do Rio Caçador, que seria a alternativa, não tem volume de água suficiente. Para tentar acumular mais água foi realizado durante 10 dias um trabalho de desassoreamento na barragem de captação. – Agora está tudo limpo, só falta chover – disse Marcelo.
O Superintendente Regional da Casan, Écio Bordignon disse que, além de Seara, outros municípios estão com rodízio no abastecimento: Jardinópolis, Formosa do Sul, Caxambu do Sul e São Miguel do Oeste.
Caminhões puxam água
A população de 17 mil habitantes consome uma média 1,8 mil litros por dia. Para amenizar a situação três caminhões da Prefeitura buscam cerca de 200 mil litros de água por dia na estação de tratamento da Casan em Itá, distante 18 Km da cidade. – São cerca de 20 viagens diárias – disse o presidente da Defesa Civil em Seara, Fabio Stocco.
A prefeitura estuda também a possibilidade da contratação de mais três caminhões para buscar água. –Devemos iniciar o trabalho com esses caminhões a partir da segunda-feira – acredita Stocco. O custo diário para a locação e transporte para o poder municipal será de aproximadamente R$ 4,5 mil.
Na manhã desta sexta-feira o presidente da Defesa Civil se reuniu com diretores da Seara Alimentos. A empresa, que utiliza 5,4 mil litros de água por dia, vai disponibilizar a estrutura de captação no Rio Uvá. – A ideia é colocar a nossa estrutura a disposição da Prefeitura – disse Neri Cosmann, gerente geral da Unidade em Seara.
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O município encaminhou, via Correios, na tarde desta quinta-feira, dia 9, para a Defesa Civil do Estado a documentação necessária para o decreto de Situação de Emergência. Com isso são 87 cidades nessa situação devido a estiagem. Segundo o prefeito Sergio Luiz Schmitz o decreto não foi encaminhado antes porque esperavam que a chuva resolvesse a situação. – Como estava dando algumas chuvas protelamos o envio do decreto, mas a chuva veio fraca e não resolveu – disse.
A situação de emergência foi determinada tendo vista que a estiagem vem prejudicando o fornecimento e abastecimento de água principalmente para os rebanhos de bovinos, suínos e aves.
>> Formosa do Sul sofre com a falta de água
Segundo informações da gerência de agricultura do município os prejuízos variam de 20% a 40% e, se não chover nos próximos dias, esse número pode aumentar. As perdas na produção de grãos chega a 35%, na fruticultura a 20%, a 30% na produção de leite e 40% na outras lavouras.
Essa é a nona cidade da região do Alto Uruguai a decretar situação de emergência. Seara, Paial, Arvoredo, Xavantina, Lindóia do Sul, Irani, Itá e Peritiba, já haviam encaminhado decreto para a Defesa Civil.
Até o começo da tarde a Defesa Civil do Estado não havia recebido a documentação de Alto Bela Vista.
87 Municípios em situação de emergência
Alto Bela Vista encaminhou nesta sexta-feira, dia 10, documentação para o decreto de Situação de Emergência para a Defesa Civil do Estado.
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista*
Anchieta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tigrinhos
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 10 de fevereiro de 2012, pela Defesa Civil.
*A Defesa Civil do Estado ainda não recebeu a documentação do município.
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O Rio João Emílio que abastece Formosa do Sul está baixo e não consegue mais encher o reservatório de água do município. Com essa situação a primeira medida da prefeitura foi racionar o fornecimento de água. Agora a população urbana recebe água das 6 horas até as 16h. Segundo o prefeito Jorge Comunello, esse período pode ficar ainda mais curto caso não chova significativamente nos próximos dias.
- Estamos procurando poços que possam ajudar a manter o nível dos reservatórios. Mas por enquanto a palavra de ordem é economizar – disse o prefeito.
A Casan prepara uma medida emergencial. – Será feito um convênio entre a Companhia, Prefeitura e Corpo de Bombeiros para buscar água do Rio Chapecó, que fica a 25 Km do centro da cidade, para suprir a demanda – disse o superintendente regional da Casan, Ésio Bordignon.
Devem ser realizadas oito viagens para levar, aproximadamente, 150 mil litros de água do Rio para a estação de tratamento. O transporte deve iniciar somente na segunda-feira, dia 13, pois o caminhão que fará o transporte vem da Defesa Civil do Estado.
Água para os animais
As sete comunidades do interior do município também sofrem com a falta da água. A prefeitura faz o transporte de água do Rio Ouro para propriedades que possuem aviários, chiqueiros ou rebanho leiteiro. São dois caminhões que transportam cerca de 10 mil litros a cada viagem.
As perdas na produção do milho passam de 50%. Para o secretário de Agricultura, Rinaldo Segalin, agora a preocupação dos agricultores é aproveitar o produto para fazer silagem. – Mesmo assim não será uma silagem de qualidade – comentou.
Outra preocupação é na produção leiteira. – As pastagens estão secas e os agricultores precisam comprar ração para manter a alimentação dos animais o que deve aumentar o custo de produção – destacou o prefeito. Ele disse ainda que os prejuízos estão sendo levantados.
O município recebeu quatro kits, com quatro caixas de cinco mil litros e duas motobombas, da Defesa Civil, para auxiliar na distribuição de água.
O gerente de Logística e Mobilização da Defesa Civil Estadual, Renaldo Onofre Laureano Junior acompanhado pelo Major Fernando da Defesa Civil Nacional, a geógrafa Sarah Lindberg e o representante da Defesa Civil Regional, Sargento Muller, realizaram demonstração na tarde desta terça-feira, dia 7, nas dependências da Secretaria Regional de Seara, aos conselheiros e prefeitos quanto o funcionamento do equipamento para distribuição de água.
O kit foi entregue a SDR que posteriormente será repassado ao município, na intenção de amenizar os efeitos da estiagem.
O material é composto por quatro caixas de água de cinco mil litros cada e duas motobombas com kit de mangueiras para o transporte de água para consumo humano.
A Secretaria de Estado da Defesa Civil (SDC), por meio da diretoria de resposta aos desastres, adquiriu 30 kits de emergência para atendimento às comunidades atingidas pela estiagem no Oeste Catarinense. Os materiais foram adquiridos com recursos do Fundo Estadual de Defesa Civil no valor de R$ 263.640,00. Até o momento, 86 municípios decretaram Situação de Emergência e 577.465 pessoas foram afetadas no total.
Cada kit tem o custo de R$ 6.580,00 e são compostos por duas motos bombas, dois conjuntos de mangueiras para sucção e distribuição, oito cintas de fixação com gancho e catraca, e quatro tanques em polietileno com proteção de raios UV com capacidade para 5.000 litros.
Os primeiros municípios que receberam os kits foram da abrangência da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de São Miguel do Oeste: Bandeirantes, Barra bonita, Belmonte, Descanso, Guaraciaba, Paraíso e São Miguel do Oeste. A primeira remessa também atendeu as SDRs de Maravilha, Palmitos, Dionísio Cerqueira, Itapiranga e Colombo. Os municípios atendidos foram: Santa Terezinha do Progresso, São Miguel da Boa Vista, Maravilha, São Carlos, Anchieta, Santa Helena, Formosa do Sul e Santiago do Sul.
Nesta semana, mais SDRs receberão os kits: SDRs Maravilha, Chapecó, Xanxerê, Palmitos, Quilombo e Seara. Os municípios atendidos serão: Serra Alta, Chapecó, Nova Erechim, Ponte Serrada, Palmitos, Tigrinhos, Coronel Freitas, Nova Itaberaba, Marema, Bom Jesus, Cunhataí, Quilombo e Seara. Outras cidades já fizeram as solicitações e, na próxima semana, mais kits serão adquiridos pela Defesa Civil Estadual e encaminhados para o atendimento da população afetada pela estiagem em Santa Catarina.
Sobre o kit
Para atender os municípios atingidos pela estiagem, a Secretaria Estadual da Defesa Civil está utilizando o kit como solução alternativa para captação de água de mananciais e seu transporte. O conjunto de materiais para adaptação em veículos de grande porte com custo de aquisição no valor de R$ 6.580,00, permite a adaptação em veículos já existentes na estrutura dos municípios.
- A alternativa é de melhor custo benefício. O mais comum seria a utilização de caminhões pipas, com alugueis no valor de R$ 30 mil ou mais por mês. Optamos pelo material de polietileno, pois a resistência e a durabilidade são maiores, podendo chegar a 20 anos – explicou o gerente de operações e assistência, capitão Fabiano de Souza.
Os equipamentos permanecerão nas regionais, sob responsabilidade das SDRs para serem utilizados em outras situações de falta de água.
Cartilha
Nesta semana a Defesa Civil Estadual disponibilizou a cartilha informativa – Como Agir no Período de Estiagem, no formato online, com recomendações para a população afetada e para as defesas civis dos municípios. O material foi encaminhado para os municípios, SDRs, e está disponível no site www.defesacivil.sc.gov.br nas redes sociais, twitter e facebook da secretaria.
Centro de monitoramento– Desde o dia 30 de janeiro está ativado em Santa Catarina, o Centro de Monitoramento e Operação da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec). O grupo é formado por técnicos da defesa civil estadual e nacional, da Agência Nacional de Águas (ANA), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), permanecerá no Estado por período indeterminado, acompanhando a evolução da estiagem.
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Enquanto no Litoral a onda de calor é motivo de alegria para turistas e veranistas, no Oeste do Estado a notícia trouxe ainda mais preocupação. A região sofre com uma forte estiagem desde novembro, que provoca perdas nas lavouras e deixa milhares de moradores sem água na torneira. São 86 municípios em situação de emergência.
Uma frente fria, que traria a chuva para o Oeste está na Argentina e não consegue chegar na região devido a uma massa de ar quente localizada sobre o Estado. Segundo o observador meteorológico da Epagri de Chapecó, Roque Sulzbacher, a umidade está baixa e segue a previsão de calor na região.
— Podem acontecer chuvas isoladas, mas a umidade está baixa, perto dos 46%. Para chover precisaria estar em 70% — explicou.
1,5 mil pessoas afetados
Uma das situações mais críticas é em Planalto Alegre, que encaminhou um ofício para a Defesa Civil solicitando o envio de 50 mil litros de água potável por dia e kits de distribuição de água. São 1,5 mil pessoas afetadas.
— Só assim poderemos manter o atendimento normal — afirma o prefeito em exercício Sadi Dallacorte.
O gerente de operação e assistência da Defesa Civil, Fabiano de Souza, acredita que deve ser encaminhado um kit com quatro tanques de 5 mil litros para armazenamento de água, duas motobombas, conjunto de acessórios e água engarrafada em vasilhames de 5 litros.
— Os materiais devem ser encaminhados a partir da semana que vem — completou.
Enquanto a ajuda não chega, os moradores se viram como podem. A aposentada Tereza Klaus mora com o marido em uma casa no centro da cidade, e como fica em um lugar alto, a água potável vem em pouca quantidade. E quando vem, Tereza aproveita para armazenar no tanque e em panelas.
— Sem luz até dá para ficar, mas sem água não tem como — comentou a aposentada.
Situação complicada no interior
No interior a situação é ainda mais complicada. Muitas propriedades estão sem acesso à água potável. E o recurso existente serve apenas para tratar os animais.
— Estamos sem água desde domingo — contou o agricultor Valdemar Voiticoski, que mora na Linha Caroba. Ele tem três caixas d´água na propriedade, mas as três estão vazias.
Doze famílias da Linha Caroba buscam água na casa da agricultora Iracema Chiarello. A água que vem de uma fonte natural, que consegue manter o nível de 30% da caixa de 20 mil litros.
— Uso dessa água apenas para beber e comer. Para lavar roupa e limpar a casa utilizo a água do Lageado dos Porcos — disse.
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O prefeito de Planalto Alegre, no Oeste, Edgar Rohrbeck, deve assinar e encaminhar na manhã desta quarta-feira um ofício para a Defesa Civil do Estado. Ele vai solicitar 50 mil litros de água potável por dia para abastecer as caixas da cidade. O município sofre com a forte estiagem que afeta a região desde novembro do ano passado.
Segundo o secretário de agricultura, Carlos Panho, dois poços artesianos secaram e está sendo preciso buscar água nos rios Bonito e Lambedor para abastecer aviários, a criação de suínos e gado leiteiro no interior. – Não podemos tirar água dos reservatórios da cidade para levar para as comunidades. Pois a que vem do Rio Chapecó não é suficiente para suprir a necessidade – explicou.
Desde sábado, dia 28, a água não chega em alguns locais da cidade. A fisioterapeuta Gisele Zancanaro, que mora no centro disse que a água vem, mas em pouca quantidade. – Tem dia que vem e dia que não – comentou.
Na semana passada kits para o transporte de água para consumo humano foram entregues para sete municípios do Extremo-Oeste.
Cada um recebeu um kit com quatro tanques de polietileno com capacidade de 5 mil litros cada um, duas bombas, duas mangueiras de sucção, duas mangueiras chatas e oito cintas para fixação. Segundo o secretário regional Wilson Trevisan foram repassadas 28 caixas, 14 bombas e acessórios.
86 Municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Anchieta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tigrinhos
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 31 de janeiro de 2012, pela Defesa Civil.
A Secretaria de Estado da Defesa Civil lança nesta segunda-feira, uma cartilha no formato online comrecomendações para o período de estiagem. O material será encaminhado para as defesas civis municipais das regiões impactadas, assim como para as Secretarias de Desenvolvimento Regionais (SDRs), secretariais setoriais entres outras entidades e para a população em geral.
A cartilha “Como agir em período de estiagem” também estará disponível no site da defesa civil www.defesacivil.sc.gov.br e nas redes sociais facebook e twitter da defesa civil estadual.
Conteúdo
A Cartilha contém 14 páginas com recomendações para a população afetada e para as defesas civis municipais.
A esperança para o fim da estiagem agora está em fevereiro. A chuva de janeiro ficou bem abaixo do esperado na maioria das cidades do oeste.
Em São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste, choveu 119 milímetros em janeiro, no mesmo período foi registrado apenas 86 mm em Chapecó, bem distante da média histórica para o período que é de 184 milímetros. Já em Concórdia, no Meio-Oeste, foram registrados 189 milímetros.
O agricultor Natalino Bortoli comemorou a chuva do dia 13 de janeiro. – Mais oito a 10 dias as plantas iriam secar e ia perder tudo - observou.
>> Chuva traz a alegria de volta ao campo
Em dezembro a falta de chuva foi parecida nas três cidades. Em São Miguel do Oeste foram 24 dias sem chuva, 22 em Chapecó e 21 em Concórdia. Situação que afetou diretamente as lavouras de milho, soja, melancia e a produção de leite. Já são 86 municípios em Situação de Emergência, segundo a Defesa Civil do Estado. E mais de R$ 510 milhões em prejuízos.
La Niña
O fenômeno responsável pela estiagem deve permanecer na região no mês de fevereiro. E segundo o metereologista do Grupo RBS, Leandro Puchalski, os volumes de chuva devem continuar abaixo do normal.
- Os números da chuva devem normalizar no mês de março – disse Puchalski.
Muitas cidades acumulam um déficit de mais de 200 mm, desde a segunda quinzena de novembro.
86 municípios em Situação de Emergência
Com o decreto de Celso Ramos, sobe para 86 o número de municípios em Situação de Emergência em Santa Catarina. A informação é do relatório divulgado pela Defesa Civil do Estado.
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Anchieta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tigrinhos
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 27 de janeiro de 2012, pela Defesa Civil.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
As pancadas de chuva que atingiram o Oeste entre o final da tarde de terça-feira e a manhã de quarta-feira ocorreram de forma irregular e serviram apenas para amenizar a situação nas lavouras, sem interromper a estiagem.
-Isso ajuda as pastagens mas não resolve o problema da água- avaliou o gerente regional da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) em São Miguel do Oeste, João Carlos Biasibetti.
Quem também está feliz são os agricultores que semearam a segunda safra de milho, pois a umidade já ajuda na germinação.
No entanto Biasibetti avaliou que a chuva não foi uniforme. Em São Miguel do Oeste foram registrados 15,2 milímetros na estação da Epagri e cerca de 30 milímetros no centro da cidade. No entanto em regiões do interior de São José do Cedro e Guarujá do Sul a chuva foi menor do que a registrada em São Miguel do Oeste.
Em Chapecó foram apenas quatro milímetros segundo o observador meteorológico Roque Sulzbacher.
–Só molhou a poeira- lamentou. No acumulado do mês são 86,2 milímetros, para uma média de 184 milímetros. Desde novembro vem chovendo abaixo da média na região.
>> 85 municípios em Situação de Emergência em SC.
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