Em reunião realizada pela defesa civil na manhã desta quinta-feira, o município de Seara definiu através do decreto nº 394, estabelecer situação de emergência por causa da estiagem. A área urbana é a mais afetada. O abastecimento de água está sendo feito em forma de rodízio e a barragem da Casan está muito abaixo do nível normal. Em algumas regiões do interior, onde a precipitação de chuva foi menor, as perdas chegam a 30%, podendo se agravar se não chover nos próximos dias.
O presidente da Defesa Civil Fabio Stocco explica que essa medida se fez necessária pelo período de estiagem registrado no município, sendo que as previsões não indicam chuvas consideráveis para os próximos dias.
- A população urbana sofre com o fornecimento de água e os pontos mais altos estão sendo abastecidos com caminhão pipa – disse.
O município conta com um poço profundo com profundidade de 588 metros e vazão de 156 mil litros por hora, porém, após sua implantação problemas com a bomba de recalque foram registrados e a falta de água persiste para esta época.
- Essa situação precisa ser resolvida logo, pois quem sofre com este problema todos os anos é a população. Esperamos que a Casan solucione o problema o quanto antes para que se retome o abastecimento normal – destacou o prefeito em exercício, Henrique Fabrin.
O decreto é válido por 90 dias podendo ser prorrogado.
Devido a chuva do dia 31 de dezembro o município de Vargem Bonita, no Meio-Oeste decretou situação de emergência. O temporal com granizo que ocorreu por volta das 13h30 do sábado atingiu o assentamento 9 de Novembro. O decreto foi encaminhado na terça-feira, dia 03, para a Defesa Civil do Estado.
Segundo secretário municipal de agricultura, Ielder Cazella, 80 pessoas do interior foram afetadas. Cerca de 10 residências foram atendidas. Funcionários da Prefeitura e dos Bombeiros de Catanduvas auxiliaram as famílias com lonas para cobrirem as casas.
– Onde pegou destruiu tudo – disse o secretário de Transportes e Obras, Adelar Roque Rodrigues dos Santos, A chuva durou 10 minutos e acumulou gelo no chão. Por volta das 17 horas o sol ainda não tinha derretido todo o gelo.
Durante reunião, na tarde desta quarta-feira, dia 04, o governador em exercício Eduardo Pinho Moreira, acompanhado do secretário da Defesa Civil, Geraldo Althoff, do secretário em exercício de Agricultura, Airton Spies, e do presidente da Epagri, Luiz Hessmann, definiu medidas emergenciais de auxílio aos municípios atingidos pela forte estiagem que assola o Oeste catarinense.
Segundo dados da Defesa Civil, 132 municípios estão no foco da estiagem, sendo que 44 já decretaram Estado de Emergência.
- Inicialmente, precisamos garantir o fornecimento de água às pessoas e animais, por isso vamos viabilizar recursos para que as prefeituras efetuem o transporte até as regiões críticas – destaca o governador, que teme graves prejuízos à pecuária na região. O Governo fará também o levantamento dos caminhões pipas disponíveis no Estado, para que sejam imediatamente deslocados para os municípios atingidos.
Aos agricultores, a solução imediata é disponibilizar os laudos periciais para que estes reivindiquem o seguro das lavouras junto às instituições financeiras, já que a perda é inevitável. Eduardo Moreira solicitou ao presidente da Epagri a convocação imediata dos técnicos que estão em férias, buscando agilidade na confecção destes documentos, que são fundamentais para que o agricultor possa entrar com o pedido de ressarcimento e provável indenização.
Momentos antes da reunião, o governador em exercício recebeu uma ligação da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que atendendo ao pedido direto da presidenta Dilma Rousseff, manifestou total apoio do governo federal na liberação de recursos emergenciais a Santa Catarina. O secretário da Defesa Civil explica que os municípios precisam ter agilidade na construção dos relatórios e documentos para que se obtenham estes recursos.
- As prefeituras precisam encaminhar a documentação não só para a Defesa Civil estadual, mas também para o órgão federal, pois assim poderemos ampliar a captação de recursos para combater as perdas -informa Althoff.
Governador no Oeste
Nesta sexta-feira, dia 06, o governador em exercício segue para o Oeste, juntamente com o grupo que participou da reunião, para levar solidariedade e soluções emergenciais neste primeiro momento.
Está marcada uma reunião na Secretaria Regional de Chapecó, junto com representantes das SDR Xanxerê e Quilombo, para as 8h30.
Às 10 horas, a comitiva segue para Maravilha, onde se reúnem com as SDR Maravilha e Palmitos, e às 11h30 fazem a última reunião em São Miguel do Oeste. O problema da seca na região Oeste teve início em novembro de 2011 e deve normalizar somente a partir de março, segundo previsão da Epagri-Ciram.
A Secretaria de Estado da Defesa Civil (SDC) reuniu dez entidades do Governo Estadual para tratar do plano de ações para enfrentar a estiagem que atinge o Extremo-Oeste e Oeste catarinense. – O encontro serviu para iniciarmos a formatação das estratégias de curto prazo, assim como de médio e longo prazo. Pretendemos não só prestar o atendimento imediato, como também construir um projeto que minimize os prejuízos e danos da estiagem no Estado – destacou o secretário da Defesa Civil, Geraldo Althoff.
Conforme o relatório das 16horas, desta quarta-feira, 44 municípios decretaram Situação de Emergência por estiagem. A Defesa Civil ainda não recebeu a documentação dos decretos de Guarujá do Sul, Maravilha, Palmitos e São José do Cedro.No total, foram mais de 365 mil pessoas afetadas nessas regiões.
De acordo com o Ciram/Epagri, o período de estiagem deve se entender pelos meses de janeiro e fevereiro. – As chuvas ficarão bem abaixo da média e em períodos espaçados. Se ocorrer chuva, há o risco de granizo e vendaval – alertou a metereologista Marilene Lima. Atualmente, o Ciram/Epagri dispõe de três estações na região do Extremo-Oeste e Oeste: São Miguel do Oeste, Campo Erê e Itapiranga.
A Regional de São Miguel do Oeste informou, que as perdas na região chegam a 50% no milho, 70% no feijão, entre 25 e 40% na produção de leite e entre outras culturas de 20 a 40%. Segundo o secretário regional Wilson Trevisan, no município de Guaraciaba, nos últimos 15 dias, a prefeitura realizou a limpeza de cerca de 40 bebedouros e poços.
Confira algumas ações já desenvolvidas ou que devem ser desenvolvidas pelas entidades:
A Secretaria da Agricultura já pratica programas que buscam a recuperação de áreas degradadas junto aos agricultores. A estiagem já vem sendo discutida e o monitoramento da região por meio das gerências regionais identificam 15 municípios em situação crítica no Estado.
Segundo o órgão, já foram realizadas 410 comunicações ao Banco do Brasil, de perdas na agricultura, e 350 pedidos estão na espera para serem protocolados. Para ser beneficiado pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), o agricultor comunica ao banco o problema, e na sequência o técnico emite o laudo da situação.
Num caso mais extremo, como foi no desastre de 2008, este laudo poderá ser coletivo ou único. Esta medida é necessária para que o agricultor seja indenizado. Outros programas também são disponibilizados aos agricultores.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável colocou à disposição da Defesa Civil e dos municípios as informações do novo Mapa Hidrológico de Santa Catarina, com dados de todos os poços existentes no Estado.
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) já está atendendo os municípios de Anchieta e Seara de forma emergencial. Caso necessário, poderá estender este atendimento de forma planejada aos demais municípios. As ações se restringem à distribuição de água por meio de caminhão-pipa nas áreas urbanas onde a entidade atua. Há um ano e meio, a Casan contratou a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) para perfurar 21 poços na região. Atualmente, todos estão ativados.
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc) se colocou à disposição para atuar nas perfurações de poços. Já o Corpo de Bombeiro Militar (CBM/SC) colocou seus caminhões à disposição da população afetada para o transporte de água. A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma) também dispôs seus recursos humanos e equipamentos.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br*
Mais sete municípios decretaram situação de emergência ontem em virtude da estiagem: Riqueza, Descanso, Campo Erê, Santiago do Sul, Tigrinhos, Vargem Bonita e Xanxerê. Com isso já são 48 cidades nessa situação. E o número deve aumentar nos próximos dias já que há previsão de chuva abaixo da média até fevereiro.
Com isso a falta de água já está se agravando. O problema maior é no interior, onde algumas famílias dependem de abastecimento com caminhões pipa. Mas a área urbana de alguns município já começa a ser afetada. Em Chapecó a Casan suspendeu o rodízio após instalação de uma estação de tratamento compacta no bairro Efapi e o auxílio de água tratada da BR Foods nos finais de semana, além da ativação de alguns poços profundos. Além disso iniciou a captação complementar de água na Barragem Santa Terezinha, no Rio Tigre, em Guatambu, para não depreciar o lago da Barragem Engenho Braun, no Lajeado São José, em Chapecó.
Já há sistema de rodízio em Seara, Anchieta e São Miguel do Oeste.
48 Cidades em situação de emergência
Águas de Chapecó
Águas Frias
Anchieta
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Chapecó
Coronel Freitas
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Guaraciaba
Guarujá do Sul*
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Maravilha*
Jardinópolis
Marema
Nova Itaberaba
Ouro Verde
Palma Sola
Palmitos*
Passos Maia
Planalto Alegre
Pinhalzinho
Ponte Serrada
Quilombo
Romelândia
Riqueza
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Carlos
São Domingos
São José do Cedro*
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Serra Alta
Sul Brasil
Tigrinhos
União do Oeste
Vargem Bonita
Xanxerê
*Defesa Civil ainda não recebeu a documentação dos decretos destes municípios.
*Colaborou Juliano Zanotelli
Comente aquiDarci Debona | darci.debona@diario.com.br*
Santa Catarina já tem 346 mil pessoas prejudicadas pela estiagem segundo levantamento da Defesa Civil do Estado. Isso somando informações de 31 municípios. Outros seis, que estão na lista de 37 municípios em situação de emergência segundo a Defesa Civil, não informaram a população atingida (ver box). Segundo dados do IBGE, esses seis municípios somam 56,7 mil habitantes. Outros quatro, com população de 24,3 mil pessoas, ainda não encaminharam a documentação para a Defesa Civil. Segundo levantamento do Diário Catarinense e do Clicrbschapecó, em contato com as prefeituras do Oeste, já são 41 municípios em emergência, o que somaria uma população de 427 mil pessoas.
Os aposentados João Foletto e Ernesta Foletto, que moram na linha Marcon, interior de Chapecó, convivem com a falta de água há quase um mês.
–Estamos economizando o que dá para não ficarmos sem- disse João, de 78 anos.
Ele mostra poço que baixou cerca de dois metros. Com uma taquara mede o que resta de água, que dá cerca de meio metro. E este volume some logo se ele ligar a bomba que leva água para o reservatório da casa.
– Dá pra ligar só um instante e tem que desligar, senão queima o motor- explicou.
Sua mulher, Ernesta, usa apenas o mínimo para conseguir lavar a roupa. E ainda guarda o que sobra no tanque para casos de necessidade.
Até os animais estão em clima de “racionamento”. Um açude que abastecia 20 bovinos secou. Eles são obrigados a encontrar água em algumas poças de um riacho. Para os porcos e galinhas, ele leva água de balde.
A situação de Foletto é comum na linha Marcon. Vilamir Sobiz calcula que resta apenas 25% do volume de água no seu açude. Dela dependem 10 bovinos e alguns peixes, que devem ser retirados em breve para não morrerem.
No poço de água restam apenas 30 a 40 centímetros, 1,50 metros a menos que o normal. Sobiz disse que pode ficar sem água nos próximos dias quando as aves que tem na propriedade crescerem a começaram a consumir mais.
–Vou precisar de ajuda da prefeitura-disse. O município já está abastecendo cerca de 100 famílias com caminhões-pipa.
41 Cidades em situação de emergência
Águas de Chapecó
Águas Frias
Anchieta
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Chapecó
Coronel Freitas
Cunhataí
Cunha Porã
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Guaraciaba
Guarujá do Sul*
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Maravilha*
Jardinópolis
Marema
Nova Itaberaba
Ouro Verde
Palma Sola
Palmitos*
Passos Maia
Planalto Alegre
Pinhalzinho
Ponte Serrada
Quilombo
Romelândia
Santa Terezinha do Progresso
São Carlos
São Domingos
São José do Cedro*
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Serra Alta
Sul Brasil*
União do Oeste
*Defesa Civil ainda não recebeu a documentação dos decretos destes municípios.
*Colaborou Juliano Zanotelli
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
Subiu para 37 o número de decretos de emergência em virtude da estiagem. Os novos decretos que a Defesa Civil recebeu ontem são de Bom Jesus, Cunhataí, Faxinal dos Guedes, Flor do Sertão, Irati, Jardinópolis, Palma Sola, Quilombo, Santa Terezinha do Progresso, São Domingos e Serra Alta.
A Defesa Civil tem apenas 32 decretos na lista pois ainda não recebeu a documentação de Guarujá do Sul, Maravilha, Palmitos, São José do Cedro e Sul Brasil.
Hoje, às 14 horas, na sede da Defesa Civil, haverá uma reunião para definir as estratégias de combate à estiagem. Participam da reunião representantes da Defesa Civil, Secretaria da Agricultura, Cidasc, Epagri, Casan, Fatma, Bombeiros e Secretaria de Desenvolvimento Sustentável.
Os municípios estão transportando água para os agricultores com recursos próprios. Há perdas significativas nas lavouras, principalmente no milho, com quebra de 25%, o que representa um prejuízo de R$ 400 milhões. A Epagri deve fazer os laudos para o que os agricultores possam acessar o seguro.
37 Cidades em situação de emergência
Águas de Chapecó
Águas Frias
Anchieta
Bom Jesus
Chapecó
Coronel Freitas
Cunhataí
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Guaraciaba
Guarujá do Sul*
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Maravilha*
Jardinópolis
Marema
Nova Itaberaba
Ouro Verde
Palma Sola
Palmitos*
Passos Maia
Planalto Alegre
Pinhalzinho
Ponte Serrada
Quilombo
Santa Terezinha do Progresso
São Carlos
São Domingos
São José do Cedro*
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Serra Alta
Sul Brasil*
União do Oeste
*Defesa Civil ainda não recebeu a documentação dos decretos destes municípios.
[atualizado 20h12]
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Sobe para 25 o número de cidades em situação de emergência devido a estiagem que afeta a região Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina. Destes apenas nove decretos foram recebidos, até o final da tarde desta quinta-feira, e devem homologados pela Defesa Civil Estadual. O órgão ainda não recebeu a documentação das outras 10 cidades. A estiagem já atinge, aproximadamente, 100 mil pessoas.
Município de Nova Itaberaba e Formosa do Sul assinaram o decreto nesta quinta-feira.
O prefeito de Pinhalzinho, Fabiano da Luz assinou o decreto na manhã desta quinta-feira. Segundo ele as perdas são maiores na produção leiteira. – A média por mês chega a 2,5 milhões de litros e a perda até agora passa dos 250 mil litros, ou seja, uma quebra de 10% – lamenta o prefeito.
Técnicos da Epagri e da secretaria municipal da agricultura fizeram um levantamento das perdas nas lavouras de milho (grão e silagem), feijão e soja.
Família Trentin, no interior de Coronel Freitas, recebe diariamente 6 mil litros de água de um caminhão pipa da prefeitura. Parte da água é para abastecer as vacas. Na propriedade a produção de leite caiu 20%.
União do Oeste
O prefeito de União do Oeste Everaldo Luiz Casonatto, após reunião com a comissão municipal de Defesa Civil – Comdec, também optou por assinar o decreto devido a estiagem.
Segundo levantamento da Comdec, Secretaria Municipal de Agricultura, Epagri, Cooperativa e Sindicato, as estimativas de perdas no município são de 15% nas lavouras de soja e feijão, e 35% nas lavouras de milho. Já na produção leiteira as perdas chegam aos 20%. – Cerca de 240 mil litros e um prejuízo de R$ 192 mil – disse o prefeito.
Além das perdas na agricultura, a falta de água para o consumo humano também preocupa. – Em algumas propriedades a secretaria já vem efetuando o trabalho de abastecimento, principalmente em aviários – comenta o secretário municipal de agricultura e meio ambiente, Pedro Trentin.
>> Em Ponte Serrada o rio que abastece a cidade está 80 cm abaixo do normal.
Na terça-feira, dia 03 de janeiro, às 14 horas, a Secretaria Estadual irá reunir entidades que integram o Grupo de Ações Coordenadas (GRAC), para tratar das estratégias para enfrentar o período de estiagem, que segundo Ciram, deve se estender pelos meses de janeiro e fevereiro de 2012. O encontro vai reunir representantes da Defesa Civil Estadual, Ciram/Epagri, Secretaria Estadual da Agricultura, Cidasc, Casan, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Fatma.
Cidades em situação de emergência
Águas de Chapecó*
Águas Frias*
Anchieta
Coronel Freitas
Formosa do Sul
Guaraciaba*
Guarujá do Sul
Ipuaçu*
Iraceminha
Maravilha*
Marema*
Nova Itaberaba
Ouro Verde
Palmitos*
Passos Maia
Planalto Alegre
Pinhalzinho
Ponte Serrada
São Carlos
São José do Cedro
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste*
Saudades
Sul Brasil
União do Oeste*
*Defesa Civil ainda não recebeu a documentação dos decretos destes municípios.
A dificuldade no abastecimento de água e as perdas nas lavouras pela falta de chuva fizeram a Defesa Civil de Guaraciaba decidir pelo decreto de situação de emergência. A decisão foi tomada em reunião realizada na tarde da terça-feira, após avaliação de dados já levantados no município.
O responsável pela Casan local, Luiz Fernando Simm, explanou que o abastecimento de água potável na cidade preocupa mais a cada dia. O sistema de rodízio já está sendo feito, mas nos pontos mais altos da cidade a água chega com certa dificuldade. A Defesa Civil orienta notificar os consumidores que estejam desperdiçando água, como lavando calçadas, carros, casas, molhando grama, horta ou outras atitudes que configurem desperdício.
Em relação a agricultura, o Secretário Jair Henkes, avalia que a perda na produção já chega a 40% em algumas culturas. O engenheiro agrônomo da Prefeitura, Leonir Dilly, salientou que fez uma pesquisa preliminar com alguns técnicos do município e constatou que o fumo apresenta perda de 25 a 30%, o milho de 35 a 40% e a produção de leite já teve queda de 20%.
A falta de água para os animais também foi uma preocupação levantada pela Defesa Civil. Em algumas propriedades os bebedouros estão quase secos e para reabri-los é necessária a licença ambiental. Os rios que cortam o município também estão com pouca água. A alimentação aos animais é outra questão que preocupa os produtores, pois as pastagens estão secando rapidamente.
Por estas e outras situações, a Defesa Civil decidiu que seja decretada Situação de Emergência. O Decreto será assinado assim que o Prefeito Nelson Hüning retornar de Brasília, onde foi assinar convênio de mais de R$ 3,5 milhões para investir em abastecimento de água.
Esse recurso é resultado do empenho da Administração Municipal na garantia de recursos para resolver o problema da falta de água. Para o mês de janeiro a intenção é fazer uma audiência pública com a participação da Casan para discutir os novos encaminhamentos.
A Comissão de Defesa Civil de Planalto Alegre se reúne nesta quinta-feira, dia 22, para tratar sobre a estiagem e a possibilidade de declarar Situação de Emergência no município.
Devido a estiagem, as famílias estão sofrendo com falta de água e os danos na agricultura também já são preocupantes. – Há perdas significativas na produção de milho, melancia, melão e feijão. A situação pode se agravar se não chover nos próximos dias – disse o secretário de agricultura Carlos Panho.
Na reunião devem ser apresentados os primeiros levantamentos dos prejuízos.