A chuva que quase não tinha dado as caras em maio foi muito bem vinda em Santa Catarina, entre a noite de quarta-feira e a manhã de quinta-feira. De acordo com o meteorologista Leandro Puchalski a instabilidade se concentrou ontem no Oeste, Serra e Sul. Em alguns municípios, como Novo Horizonte, foram registrados 43 milímetros, o que representa cerca de 1/3 da média mensal.
Em Chapecó foram registrados 23 milímetros, segundo o observador meteorológico Francisco Schervinski. O acumulado do mês é 28 milímetros, para uma média mensal de 170 milímetros. E a previsão é de que o mês de maio fique também abaixo da média, pois choveu apenas 16% do normal e há previsão de apenas uma chuva fraca até o final de semana. Desde novembro apenas abril ficou acima da média mensal.
O engenheiro agrônomo da Epagri de Chapecó, Ivan Baldissera, disse que a chuva ajuda apenas para a recomposição das pastagens mas não altera o quando de fontes e rios, que continuam baixos.
As perdas nas lavouras, que somam R$ 711 milhões, já estão consolidadas. Mas a umidade de ontem vai ajudar no início da recuperação da produção de leite. –Essa chuva ajuda na produção de leite mais falta muito ainda para recuperar a umidade do solo- avaliou o gerente comercial da Cooperativa Regional Alfa, Lourenço Lovatel.
Em compensação ela evita agravar a situação. O superintendente regional da Casan no Oeste, Écio Bordignon, disse que desde a chuva forte do final de abril o abastecimento nas cidades está normal.
Havia alguns problemas pontuais de abastecimento em algumas cidades, mas são casos isolados.
Mesmo assim o número de municípios em emergência não pára de crescer. Ontem Turvo e Timbé do Sul entraram na lista da Defesa Civil. O número de catarinenses em situação de emergência é de 748 mil pessoas, em 145 cidades.
Nesta semana agricultores fizeram protestos em Chapecó solicitando mais apoio dos governos federal e estadual, no combate aos efeitos da estiagem. Algumas medidas já foram anunciadas mas os produtores consideram que foram insuficientes, pelo volume de prejuízo.
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Turvo, foi o último município a encaminhar decreto de situação de emergência devido a estiagem que assola Santa Catarina desde novembro de 2011. Segundo a Defesa Civil do Estado, com este decreto subiu para 144 o número de municípios afetados no estado.
De acordo com a Defesa Civil já são 784.116 mil pessoas afetadas. Conforme avaliação de danos da Defesa de 139 municípios, dos 144 em situação de emergência, os prejuízos na agricultura e pecuária chegam a R$ 711.885 milhões.
144 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Abdon Batista
Agrolândia
Água Doce
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Armazém
Anchieta
Anita Garibaldi
Atalanta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bocaina do Sul
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Brunópolis
Caibi
Campo Erê
Campos Novos
Capinzal
Catanduvas
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Correia Pinto
Criciúma
Cunha Porã
Cunhataí
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Flor do Sertão
Formosa do Sul
Forquilhinha
Fraiburgo
Frei Rogério
Galvão
Grão Pará
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Içara
Imbuia
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irani
Irati
Itá
Itapiranga
Ituporanga
Jaborá
Jacinto Machado
Jardinópolis
Joaçaba
Jupiá
Lacerdópolis
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Macieira
Maracajá
Maravilha
Marema
Meleiro
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Alta
Ponte Serrada
Praia Grande
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Rio das Antas
Rio do Campo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Salto Veloso
Santa Helena
Santa Rosa do Sul
Santa Terezinha
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São João do Sul
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sombrio
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
Turvo
União do Oeste
Vargeão
Vargem
Vargem Bonita
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada às 17h do dia 24 de maio de 2012, pela Defesa Civil.
[Atualizada às 10h40]
Mais de mil agricultores familiares fecharam o trevo de acesso à Chapecó, na BR 282, na manhã desta quarta-feira. Eles pedem o cumprimento da pauta apresentada ao Governo Federal há quase dois meses. De acordo com o Inspetor Ivo Silveira da Polícia Rodoviária Federal, que está monitorando o local, a previsão é que a rodovia fique interditada até as 14 horas.
Segundo o coordenador Estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul do Brasil (Fetraf-SUL/CUT) em Santa Catarina, Alexandre Bergamin, a mais de 50 dias os agricultores familiares esperam por respostas do governo em relação à estiagem.
As principais reivindicações são a melhoria do Seguro Agrícola, criação de um programa de irrigação e reabertura da negociação do endividamento agrícola.
Nesta terça-feira eles também realizaram um movimento, só que desta vez, com foco no Governo do Estado. Os agricultores se concentraram na Praça Coronel Bertaso em Chapecó e partiram em caminhada até a Cidasc, onde entregaram uma pauta de reivindicações.
Os agricultores familiares reclamam que a Cidasc terceirizou a inspeção sanitária, que antes era gratuita e agora é feita por profissionais contratados de empresas ou cooperativas, que cobram pelo serviço.
A Fetraf-Sul também cobra uma redução na alíquota do ICMS nos produtos da agricultura familiar, que é de 17%.
Segundo a Cidasc, em relação à cobrança das inspeções, a companhia não tem como dar conta das 800 empresas que tinha para fiscalizar e por isso adotou o modelo de credenciar empresas, que é utilizado em países desenvolvidos.
* colaborou Silvia Nowalski
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Jacinto Machado, foi o último município a encaminhar decreto de situação de emergência devido a estiagem que assola Santa Catarina desde novembro de 2011. Segundo a Defesa Civil do Estado, com este decreto subiu para 143 o número de municípios afetados no estado.
De acordo com a Defesa Civil já são 772.262 mil pessoas afetadas. Conforme avaliação de danos da Defesa de 130 municípios, dos 143 em situação de emergência, os prejuízos na agricultura e pecuária chegam a R$ 692.699 milhões.
143 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Abdon Batista
Agrolândia
Água Doce
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Armazém
Anchieta
Anita Garibaldi
Atalanta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bocaina do Sul
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Brunópolis
Caibi
Campo Erê
Campos Novos
Capinzal
Catanduvas
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Correia Pinto
Criciúma
Cunha Porã
Cunhataí
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Flor do Sertão
Formosa do Sul
Forquilhinha
Fraiburgo
Frei Rogério
Galvão
Grão Pará
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Içara
Imbuia
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irani
Irati
Itá
Itapiranga
Ituporanga
Jaborá
Jacinto Machado
Jardinópolis
Joaçaba
Jupiá
Lacerdópolis
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Macieira
Maracajá
Maravilha
Marema
Meleiro
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Alta
Ponte Serrada
Praia Grande
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Rio das Antas
Rio do Campo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Salto Veloso
Santa Helena
Santa Rosa do Sul
Santa Terezinha
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São João do Sul
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sombrio
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Vargem
Vargem Bonita
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada no dia 18 de maio de 2012, pela Defesa Civil.
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Correia Pinto, no planalto serrano, foi o último município a encaminhar decreto de situação de emergência devido a estiagem que assola Santa Catarina desde novembro de 2011. Segundo a Defesa Civil do Estado, com este decreto subiu para 142 o número de municípios afetados no estado.
De acordo com a Defesa Civil já são 761.762 mil pessoas afetadas. Conforme avaliação de danos da Defesa de 130 municípios, dos 142 em situação de emergência, os prejuízos na agricultura e pecuária chegam a R$ 692.699 milhões.
>> Bomba do poço profundo de Seara é retirada
142 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Abdon Batista
Agrolândia
Água Doce
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Armazém
Anchieta
Anita Garibaldi
Atalanta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bocaina do Sul
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Brunópolis
Caibi
Campo Erê
Campos Novos
Capinzal
Catanduvas
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Correia Pinto
Criciúma
Cunha Porã
Cunhataí
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Flor do Sertão
Formosa do Sul
Forquilhinha
Fraiburgo
Frei Rogério
Galvão
Grão Pará
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Içara
Imbuia
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irani
Irati
Itá
Itapiranga
Ituporanga
Jaborá
Jardinópolis
Joaçaba
Jupiá
Lacerdópolis
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Macieira
Maracajá
Maravilha
Marema
Meleiro
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Alta
Ponte Serrada
Praia Grande
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Rio das Antas
Rio do Campo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Salto Veloso
Santa Helena
Santa Rosa do Sul
Santa Terezinha
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São João do Sul
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sombrio
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Vargem
Vargem Bonita
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada no dia 16 de maio de 2012, pela Defesa Civil.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
A notícia de que o Governo do Estado vai buscar R$ 52 milhões do BNDES para obras de combate à estiagem, aprovadas ontem pela Assembléia Legislativa, repercutiu bem em lideranças do Oeste.
O prefeito de São Carlos, Élio Godoy (PMDB), que é vice-presidente da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina, defende que esse dinheiro seja aplicado na captação de água de rios maiores, levando até reservatórios no alto dos morros para atender comunidades rurais.
Godoy disse que nesta estiagem o maior problema das prefeituras foi a falta de água no interior. Somente a prefeitura de São Carlos gastou R$ 750 mil em transporte de 6,3 mil cargas de água, com média de 12 mil litros cada. Foram 300 famílias beneficiadas.
Como existem atualmente 138 municípios em situação de emergência o dinheiro em média seria de R$ 400 mil a R$ 500 mil por município. Godoy disse que com esse volume de recursos seria possível atender cerca de 200 famílias do interior com rede de água.
Para o coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Região Sul, Fetraf-Sul, Alexandre Bergamin, o recurso é bom mas deve ser aplicado em políticas estruturantes, para instalação de cisternas em todas as propriedades, preservação de fontes, sistemas de irrigação, pequenas barragens em rios e equipamentos meteorológicos para prever alterações no clima.
Além disso ele afirmou que seria necessária um crédito emergencial para os agricultores, de cerca de R$ 10 mil por família, com subsídio de 50%, para pagar em 10 anos. O motivo são as perdas que chegam a R$ 770 milhões em Santa Catarina.
O secretário de Agricultura João Rodrigues disse que uma das prioridades da pasta será na construção de açudes de cisternas, pois é uma ação que deu bom resultado nessa estiagem. –Vamos investir em armazenagem de água- disse. As famílias que guardaram água da chuva praticamente não tiveram problema de falta de água. Cada cisterna custa cerca de R$ 20 mil a R$ 30 mil. O governo do Estado já paga o valor do juro para famílias que fazem o financiamento para esse fim. Mas, com o recurso do BNDES, essa medida será intensificada.
Outra medida a ser adotada, segundo o secretário, é investimento em redes de água e irrigação. Ele afirmou que a forma de viabilizar a aplicação de recursos e quanto será investido em cada ação ainda vai passar por avaliações dos técnicos da secretaria e outros órgãos do Governo.
A Secretaria de Defesa Civil do Estado também está elaborando um projeto de medidas para amenizar os efeitos da estiagem. Em estiagens anteriores foi relizada uma proposta, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, que previa 555 ações. No entanto uma verba de R$ 10 milhões liberada em 2009 pelo Governo Federal para esse fim, acabou sendo rateada entre as prefeituras e o projeto foi engavetado. Agora ele está servindo de base para atualização de um novo projeto.
As chuvas do final de abril amenizaram a falta de água no campo tanto para lavouras quanto para o consumo humano e animal. No entanto ela ainda é visível nas hidrelétricas. Em Machadinho á operação foi interrompida no mês passado por falta de água. Em Itá o lago baixou 5,4 metros e o reservatório tem apenas 8% do volum útil para geração. Com isso rios que ficavam represados, como Jacutinga, estão com extensas faixas de terra que antes ficavam debaixo d’água.
-Desde que tem a barragem nunca ficou tão baixo- disse Marcelo Hann, que mora na margem do rio Jacutinga, no interior de Concórdia.
Nesta terça-feira o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues esteve reunido em Brasília com o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro. O objetivo do encontro foi discutir medidas de auxiliar os agricultores familiares atingidos pela estiagem no Estado.
No encontro, Rodrigues pediu apoio do Ministério para o fornecimento de sementes de milho, azevém, aveia e adubo para a safra 2012/2013, principalmente para o Oeste de Santa Catarina. O levantamento feito pela Secretaria da Agricultura e Epagri mostra que mais de 135 municípios foram atingidos pela estiagem, abrangendo 95,2 mil propriedades agrícolas e 391 mil pessoas ligadas ao meio rural, com prejuízo de aproximadamente R$ 778 milhões.
>> Segundo a Defesa Civil do Estado 138 municípios estão em situação de emergência devido a estiagem
Segundo o Ministro Mendes Ribeiro, a Conab deverá liberar 58 mil toneladas de semente de milho ao preço de R$ 21 a saca para 19 municípios catarinense. O milho deve chegar a Santa Catarina em 72 horas. Os municípios beneficiados serão: Campo Erê; Pinhalzinho; São Miguel do Oeste; Descanso; Itapiranga; Palmitos; Coronel Freitas; Maracajá; Braço do Norte; Quilombo; Tangará; Herval do Oeste; Mondaí e Palmitos.
- Nosso pedido tem o intuito de auxiliar os pequenos produtores mais prejudicados pela estiagem em Santa Catarina – destacou João Rodrigues. O secretário disse que a liberação das sementes será bem vinda para amenizar o drama dos agricultores atingidos pela estiagem e dar maior segurança, produtividade e rentabilidade nas lavouras e criações.
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Praia Grande, Grão Pará e Anita Garibaldi também decretaram situação de emergência devido a estiagem que assola o estado desde novembro de 2011. Segundo a Defesa Civil do Estado, com os três decretos subiu para 138 o número de municípios afetados em Santa Catarina.
De acordo com a Defesa Civil já são 723.762 mil pessoas afetadas. Conforme avaliação de danos da Defesa de 130 municípios, dos 138 em situação de emergência, os prejuízos na agricultura e pecuária chegam a R$ 692.699 milhões.
138 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Agrolândia
Água Doce
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Armazém
Anchieta
Anita Garibaldi
Atalanta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bocaina do Sul
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Brunópolis
Caibi
Campo Erê
Campos Novos
Capinzal
Catanduvas
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Criciúma
Cunha Porã
Cunhataí
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Flor do Sertão
Formosa do Sul
Frei Rogério
Galvão
Grão Pará
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Içara
Imbuia
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irani
Irati
Itá
Itapiranga
Ituporanga
Jaborá
Jardinópolis
Joaçaba
Jupiá
Lacerdópolis
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Macieira
Maracajá
Maravilha
Marema
Meleiro
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Alta
Ponte Serrada
Praia Grande
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Rio das Antas
Rio do Campo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Salto Veloso
Santa Helena
Santa Rosa do Sul
Santa Terezinha
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São João do Sul
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sombrio
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Vargem
Vargem Bonita
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada às 15h do dia 7 de maio de 2012, pela Defesa Civil.
Agora, é definitivo. O boletim divulgado na segunda-feira, dia 30, pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), a repartição do governo dos EUA para estudos meteorológicos e climáticos, jogou a pá de cal sobre a mais recente ocorrência do La Niña. O fenômeno provoca o resfriamento das águas do Pacífico Central e responde por uma série de distúrbios no clima de todo o planeta — incluindo a estiagem que atinge Santa Catarina.
— Apesar de o fenômeno ter terminado, a chuva deve chegar gradativamente a Santa Catarina nos próximos meses — explica o meteorologista do Grupo RBS Leandro Puchalski.
O La Niña (faixa em azul) em ação no Pacífico Central numa imagem de satélite do fim do ano passado: fenômeno provoca estiagem em SC.
Embora a temperatura das águas oceânicas esteja dentro da normalidade, a atmosfera não reage instantaneamente e ainda pode apresentar um “comportamento de La Niña” durante as próximas semanas. Isso porque, explica Puchalski, ainda há ventos fortes na região equatorial do Oceano Pacífico.
Segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometereologia de Santa Catarina (Ciram/Epagri), desde novembro de 2011 a mal distribuição das chuvas pelo Estado gerou o cenário de estiagem, que provocou mais de R$ 777 milhões de prejuízos à agricultura. A região mais atingida é o Oeste do Estado, mas ao longo dos meses o fenômeno chegou ao Litoral Sul catarinense e Alto Vale do Itajaí. Já são 135 munícipios em situação de emergência no estado.
O Ciram calcula que entre março e os primeiros dias de abril choveu entre 25% a 80% abaixo da média prevista para estes meses. A previsão, de acordo com o Centro, é de que até junho as chuvas não alcancem a média nas regiões Oeste e Meio Oeste.
Mesmo que o La Niña tenha terminado, a cada boletim do NOAA, parece crescer a possibilidade do ressurgimento, já no segundo semestre deste ano, de outro vilão climático: o El Niño.
Primo-irmão do La Niña, esse evento provoca um efeito inverso no Pacífico Equatorial, aquecendo suas águas. O resultado também é um grave dessarranjo no clima planetário. Em algumas regiões do Brasil pode chover acima do normal, causando enchentes.
Por enquanto, das quatro regiões monitoradas no Oceano Pacífico (chamadas de Niño 1+2, Niño 3, Niño 3+4 e Niño4 ), apenas uma, a Niño 1+2, que fica na costa da América do Sul, tem apresentado aquecimento de 1,6°C acima do padrão normal. Segundo Estael, para que se configure um El Niño, é necessário que as quatro áreas estejam com temperatura pelo menos 0,5°C acima do normal, além da atmosfera apresentar comportamento correspondente a esse aquecimento. O processo pode iniciar entre o fim do inverno e começo da primavera de 2012.
DIÁRIO CATARINENSE
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Com o decreto de Armazém, que fica no sul, subiu para 135 o número de municípios em situação de emergência devido a estiagem no estado. Santa Catarina sofre com a seca desde novembro do ano passado.
De acordo com a Defesa Civil do Estado já são 710.855 mil pessoas afetadas. Conforme avaliação de danos da Defesa de 128 municípios, dos 135 em situação de emergência, os prejuízos na agricultura e pecuária chegam a R$ 682.322 milhões.
135 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Agrolândia
Água Doce
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Armazém
Anchieta
Atalanta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bocaina do Sul
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Brunópolis
Caibi
Campo Erê
Campos Novos
Capinzal
Catanduvas
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Criciúma
Cunha Porã
Cunhataí
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Flor do Sertão
Formosa do Sul
Frei Rogério
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Içara
Imbuia
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irani
Irati
Itá
Itapiranga
Ituporanga
Jaborá
Jardinópolis
Joaçaba
Jupiá
Lacerdópolis
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Macieira
Maracajá
Maravilha
Marema
Meleiro
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Alta
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Rio das Antas
Rio do Campo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Salto Veloso
Santa Helena
Santa Rosa do Sul
Santa Terezinha
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São João do Sul
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sombrio
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Vargem
Vargem Bonita
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada às 17h do dia 27 de abril de 2012, pela Defesa Civil.