Os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (Cefet/IF-SC), Campus Chapecó, que estavam em greve desde 31 de agosto de 2011, decidiram retornar às atividades nesta quinta, dia 15 de setembro.
A decisão foi tomada após a participação na Assembleia Estadual, realizada em Florianópolis. Na assembleia, os servidores de todo estado analisaram as propostas encaminhadas pelo Governo Federal e decidiram indicar para plenária nacional, realizada nesta quarta em Brasília, a assinatura do acordo proposto pelos Ministérios do Planejamento e da Educação.
De acordo com a professora, Ângela Silva, a proposta do Governo não contempla plenamente as reivindicações da categoria e, por isso, os servidores do Campus Chapecó permanecerão mobilizados.
– Estamos em estado de greve até março de 2012, prazo limite para o Governo cumprir o acordo – disse.
Agora os servidores planejam e debatem com os alunos a reposição das aulas e organizam um calendário de mobilizações, que inclui atividades no IF-SC e em outros espaços.
Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina – IFSC realizaram manifestação com faixas e panfletagem na mobilização pela Greve no centro de Chapecó. A reinvindicação desta manhã, dia sete, abordou o pedido para que o orçamento da União disponibilize 10% do PIB para a educação, melhorias no acesso e estrutura do Campus e reposição salarial.
Desde 31 de agosto de 2011, servidores do IFSC (CEFET/IF-SC), Campus Chapecó, estão em greve, aderindo ao movimento nacional de luta. Atualmente, o Campus Chapecó atende 888 alunos.
O Comando de Greve encaminhou uma carta à comunidade apresentando as carências:
- Falta de salas de aula e recursos didáticos, laboratórios de ensino, auditório, ginásio de esportes e materiais esportivos, espaços de convivência para alunos e servidores, estrutura interna adequada;
- Falta de professores e técnicos administrativos;
- Falta de política de capacitação de servidores;
- Acesso precário ao Campus, colocando em risco a segurança dos alunos e servidores, entre outros.
Estas carências do Campus Chapecó demonstram o processo de expansão da Rede Federal sem o compromisso com a qualidade da Educação Pública. Lutamos para mudar esta realidade local e nacional. Os pontos abaixo fazem parte da uma pauta nacional de reivindicações:
- Reajuste emergencial de 14,67%;
- Destinação de 10% do PIB para a Educação Pública;
- Reestruturação da carreira docente e dos técnicos administrativos;
- Democratização das Instituições Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica;
- Manutenção e ampliação de concursos públicos para docentes e técnicos administrativos;
- Adoção de três turnos de 6 horas, para ampliar o atendimento ao público.
Buscando negociações com o Governo Federal desde janeiro de 2011, não obtivemos êxito. Assim surgiu o recurso da greve como instância legítima de luta. Contamos com a compreensão de todos!
Organização local de greve do IF-SC, Campus Chapecó
RBSTV
Pelo menos 50 pessoas entre professores, técnicos e estudantes participaram das negociações na tarde desta quinta-feira no Instituto Federal de Chapecó.
A greve acontece desde quarta-feira, dia 31, em Chapecó. Eles reivindicam junto ao Governo Federal três pontos principais: melhores condições de trabalho, a necessidade de mais concursos para a contratação de mais profissionais e melhores salários. Segundo os servidores está defasado desde 2008.
Caso o Governo Federal não atenda a reivindicação dos grevistas a paralisação das atividades deve continuar. Com isso as aulas também param. O Instituto Federal em Chapecó conta com 890 alunos.
Em outros estados os servidores estão paralisados há 35 dias. Em Santa Catarina, desde o dia 23 de agosto. Pelo menos por enquanto não existe expectativa da greve terminar.