O tempo fica instável em Santa Catarina nesta sexta-feira. No Oeste e no Meio-Oeste, predomínio de céu encoberto com chuva. No Sul, nebulosidade variável com chuva isolada. Nas demais regiões, chuva no inicio e no fim do dia, com aberturas de sol em alguns momentos. Há risco de temporal e queda de granizo isolado.
As máximas chegam entre 25ºC e 26ºC na Grande Florianópolis, no Oeste, no Sul, no Vale do Itajaí e no Planalto Norte. No Litoral Norte, os termômetros atingem 27ºC. Na Serra, ficam por volta dos 20ºC, segundo a Epagri/Ciram, órgão estadual que monitora as condições climáticas.
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No sábado, no Oeste e no Meio-Oeste, chuva na madrugada com melhora do tempo no decorrer do dia. Nas demais áreas do Estado, deve ocorrer predomínio de nuvens e chuva em boa parte do estado.
O domingo continua com condição de chuva e nebulosidade variável, melhorando no decorrer do dia no Oeste. Nas outras regiões, o dia segue com nebulosidade variável e chuva isolada. As temperaturas permanecem estáveis no fim de semana.
DIÁRIO CATARINENSE
Comente aquiDarci Debona | darci.debona@diario.com.br
O prolongamento da estiagem no Oeste vai consumindo a água até dos rios, agravando a situação de milhares de agricultores. Em Belmonte um dos principais rios, o Lajeado Tabajara, já não tem mais água correndo no seu leito. Até parece uma estrada cheia de pedras. O agricultor José Luís Borges dos Santos caminha pelo local e mostra onde normalmente ficava o leito. –Tinha mais de meio metro de água- explicou.
O rio servia para abastecer as quatro vacas, que agora recebem água da rede de um poço artesiano, que é servida num bebedouro. –Nossa rotina é tratar os bichinhos e esperar a chuva- disse Dair dos Santos, mulher de José.
Rio tabajara, que corta três comunidades em Belmonte, está seco. O agricultor José Luis Borges dos Santos tem que dar água para o gado em bebedouros.
Até o peixes morreram. Sobraram apenas algumas poças Dair utiliza para lavar algumas roupas. É uma forma de economizar o precioso líquido. –Nunca vi o rio tão seco- diz. A família Santos teme ficar sem alimento para o gado, já que a lavoura de milho foi perdida e a pastagem do campo está secando. –O sol está matando tudo- lamentou José.
O extensionista da Epagri em Belmonte, Evandro Carlos Decol, disse que outro rio importante do município, o Belmonte, também está ficando sem água. E os afluentes já secaram. Cerca de 50 famílias dependem do transporte de água da Prefeitura.
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As maiores perdas são na lavoura de milho, que em média oscilam entre 70 e 75% segundo Decol. O agricultor Carlinhos Godóe teve perdas que superam 90%. Ele pretendia colher 1,5 mil sacas de milho em 10 hectares. –Não vai dar 100 sacas- lamenta. Ele até está tentando fazer silagem para o gado e assim aproveitar o que sobrou das espigas e da palha. A junta de bois tenta aproveitar para comer as plantas secas. Godóe tem R$ 7,9 mil em financiamento e espera ser isentado pois não tem como pagar. Ele aguarda o laudo da Epagri para encaminhar o pedido do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). –Vamos ver se a gente ganha alguma coisa- explicou.
Na residência da família, a água da fonte só chega à noite. Sua mulher, Judite Godóe, armazena o que pode num reservatório, para utilizar no dia seguinte. E economiza ao máximo. Ela primeiro lava as roupas mais limpas e reutiliza a água para lavar as mais sujas.
O gerente regional da Epagri em São Miguel do Oeste, João Carlos Biasibetti, disse que as perdas maiores são na agricultura familiar, onde a quebra é de 60% no milho e 30% no leite. O laticínio Terra Viva teve uma redução de 20% na captação de leite.
Pastagens estão morrendo
A falta de chuva pode ser observada nas pastagens do Extremo Oeste, que estão morrendo. O gado tenta encontrar algum broto verde no meio das folhas de grama que já estão brancas. A costelas dos animais já começam a aparecer.
–Eles perderam 30% do peso- lamenta o agricultor José Mayer.
A fonte modelo Caxambu já secou. E no rio Lajeado Tabajara, que serve para os animais beberem, restam só poças. Se não chover nos próximos dias ele vai ter que tirar água do consumo humano, que vem por uma rede comunitária, para dar aos animais.
Mayer tem 19 bovinos, quatro cavalos e duas ovelhas. Como não tem mais pasto ele está cortando o milho que não serve mais para a produção de grãos.-A lavoura se foi, não vai mais produzir- sentenciou. O problema é que ele perdeu os R$ 2.780 que investiu na lavoura e não tem cobertura de seguro. Além disso está devendo R$ 1,3 mil. Para piorar, a renda com a produção de leite caiu cerca de 20%. Ele tirava 1,2 mil litros por mês e agora estão em mil litros, o que garante um ganho de apenas R$ 780, sem contar as despesas.
–Não sei como vamos passar o ano- refletiu. Ele investiu todas suas economias na lavoura e perdeu tudo. Mayer espera algum auxílio, nem que seja divino. –Nem que seja Deus que dê uma mão pra gente- concluiu.
Dois meses sem chuva
-A última chuva boa foi no dia 21 de novembro- lembra o agricultor Egídio Volpato, de Belmonte.
O poço que abastecia a casa já secou e ele depende agora do transporte de caminhão pipa da prefeitura. Sua mulher, Inês, não lava mais a louça com a torneira aberta.
–Lavo tudo dentro de uma bacia para economizar- disse.
O açude da propriedade, lembra o nordeste brasileiro. –Sobrou só 5% da água- calculou Volpato. Na borda do reservatório, o solo está todo rachado. E a pastagem em volta, está morrendo. –Não tem mais pasto- mostra o agricultor. Ele teme ficar sem alimentação e sem água para as 26 cabeças de gado que tem na propriedade. A lavoura de milho, nem sabe se vale a pena colher. –Não sei se vai cobrir o custo- explicou.
Em São Miguel do Oeste choveu um pouco mais, mas não muito. Em dezembro a Epagri registrou 53 milímetros. De acordo com o gerente regional da Epagri, João Carlos Biasibetti, isso representa 1/3 do normal. Em janeiro, a situação é ainda pior. Foram apenas 16,4 milímetros até ontem. As nuvens rondavam a região ontem mas até o final da tarde haviam caído apenas alguns pingos em pontos isolados. A previsão era de 5 milímetros de chuva.
–Isso não dá pra nada, é chuva para um dia- calculou Biasibetti. Volpato disse que seriam necessários 50 milímetros para recuperar os pastos. E com chuvas regulares a cada semana. Caso contrário a estiagem vai ficando cada vez pior.
[Atualizado 16h42]
A estiagem que atinge o Oeste de Santa Catarina persiste e, de acordo a Defesa Civil, 75 municípios já decretaram estado de emergência. Iporã do Oeste foi o último município a decretar. Sendo que seis pertencem a SDR de Dionísio Cerqueira, sete a SDR de São Miguel do Oeste, sete a SDR de São Lourenço do Oeste, 12 municípios da SDR de Maravilha, sete da SDR de Palmitos, seis a SDR de Quilombo, 10 a SDR de Chapecó, 14 a SDR de Xanxerê, três municípios pertencem a SDR de Seara e três a SDR de Itapiranga. Esses números representam mais de 70 mil propriedades rurais. Um pacote de medidas de auxílio aos agricultores deve ser anunciado pelo Governo Federal ainda nesta quinta-feira .
Na segunda-feira, dia 16, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, vem a Santa Catarina vistoriar as consequências da falta de chuva e reforçar as ações emergenciais. Esta foi a definição da reunião que o governador Raimundo Colombo teve nesta manhã de quinta-feira, no Palácio do Planalto, também com a presença do ministro de Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence; do secretário Executivo da Casa Civil, Gilson Bittencourt, e de representantes do Ministério da Integração Nacional e do Ministério de Relações Institucionais.
Conforme Colombo, a expectativa é que estas medidas beneficiem todos os 74 municípios em situação de emergência por conta da seca, iniciada em outubro passado.
- São mais de R$ 400 milhões em perdas na agricultura familiar, na agropecuária e nas agroindústrias. Os prejuízos sociais e econômicos vistos na região exigem ações imediatas – salientou o governador, que apresentou aos presentes o Relatório de Acompanhamento dos Prejuízos Causados pela Estiagem em SC.
Por outro lado, os ministros informaram que a previsão é de que o Governo Federal auxilie no rápido pagamento do seguro agrícola aos produtores que tiveram perdas por conta dos problemas climáticos.
Em Santa Catarina, 80% das propriedades prejudicadas estão cobertas, o que representa aproximadamente R$ 700 milhões. As demais ações dos Ministérios serão no sentido de evitar a falta de abastecimento para consumo humano, com compra de caminhões pipa e dar agilidade aos processos junto a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para abertura de poços artesianos em pelo menos 38 municípios catarinenses que já apresentaram propostas.
Durante o encontro, os catarinenses apresentaram o plano para construção de mil açudes de médio e grande portes, aquisição de 74 caminhões-pipa e perfuração de 371 poços artesianos, sendo cinco para cada município em estado de emergência. Entre as demandas do Estado para amenizar o drama dos agricultores está a criação de uma linha de crédito de emergência para os produtores atingidos pela estiagem para que possam plantar lavouras de safrinha e custear atividades de pecuária, principalmente no que se refere à alimentação dos animais.
Prorrogação de prazos para pagamento do crédito rural
Colombo e o secretário de Estado da Agricultura, João Rodrigues, solicitaram aos Ministros a prorrogação de prazos para pagamentos de dívidas do crédito rural para os agricultores atingidos, transferindo parcelas vencidas ou vincendas de 2012 para o final dos contratos, ou por no mínimo um ano. Para apoiar investimentos diretamente nas propriedades rurais, o Estado reivindica a liberação de crédito subsidiado, sem juros, destinados à construção de 13,2 mil açudes e reservatórios de água da chuva, e financiamento dos sistemas de irrigação, visando atender áreas irrigadas de até 5 hectares por propriedade. O crédito subsidiado também será destinado à construção de 26,4 mil cisternas e reservatórios de água para consumo na propriedade.
Visando complementar as medidas de apoio imediato aos atingidos pela estiagem e a recuperação da renda das famílias rurais, os catarinenses solicitaram ainda a liberação de R$ 10 milhões para aquisição de 200 mil sacos de adubo, a serem distribuídos a fundo perdido, para 20 mil agricultores.
- Essa medida permitirá aos agricultores o plantio da safrinha e das pastagens de inverno. O Governo do Estado se propõe a complementar esses recursos com R$ 2 milhões e a ação poderá incluir o fornecimento de sementes, onde necessário – afirma o secretário João Rodrigues.
Participaram do encontro o secretário da Defesa Civil, Geraldo Althoff, secretário da Agricultura, João Rodrigues, presidente do Deinfra, Paulo Meller, consultora Geral da secretaria de Articulação Nacional, Lourdes Martini, senador Luiz Henrique da Silveira e deputado Celso Maldaner.
Fonte Secretaria de Estado de Comunicação
Já são 75 municípios em Situação de Emergência. Barra Bonita e Iporã do Oeste entraram na lista nesta quinta-feira.
Lista atualizada às 16h, do dia 12 de janeiro de 2012, pela Defesa Civil.
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Foi divulgado nesta quinta-feira os nomes das 10 finalistas do concurso Miss Mundo Brasil 2012. A Organização Miss Chapecó e Região é responsável pela preparação de duas das candidatas na disputa: Miss Mundo Santa Catarina 2012, Dionara Lermen, que foi Miss Concórdia, e Miss Mundo Rio Grande do Sul 2012, Andressa Mello.
A eleição do Miss Mundo Brasil 2012 é realizada em várias etapas. As três primeiras definiram as dez finalistas. Foram etapas de entrevista, talento e beleza física. A grande vencedora será anunciada no mês de fevereiro.
Dionara e Andressa são carinhas conhecidas da região Oeste.
A concordiense Dionara foi eleita Miss Concórdia 2011 e disputou o Miss Universo SC, logo após foi coroada Miss Mundo Ilha de Porto Belo (SC) e recebeu o prêmio de Miss Elegância no concurso Miss Mundo Brasil 2011.
Já Andressa já foi Miss Universo Rio Grande do Norte em 2008 e passou seis meses em Chapecó se preparando para o Miss Universo RS 2011 aonde figurou entre as finalistas, depois disso foi coroada Miss Mundo Ilha dos Lobos/RS 2011 e venceu o prêmio de Miss Imprensa no Miss Mundo Brasil 2011.
A Organização Miss Chapecó e Região é dirigida pelo publicitário Ernesto Antonini e é responsável por produzir concursos e preparar misses na região desde 2006.
A estiagem que atinge o oeste de Santa Catarina persiste e, de acordo a Defesa Civil, 73 municípios já decretaram estado de emergência. Sendo que seis pertencem a SDR de Dionísio Cerqueira, seis a SDR de São Miguel do Oeste, sete a SDR de São Lourenço do Oeste, 12 municípios da SDR de Maravilha, sete da SDR de Palmitos, seis a SDR de Quilombo, 10 a SDR de Chapecó, 14 a SDR de Xanxerê, três municípios pertencem a SDR de Seara e dois a SDR de Itapiranga. Esses números representam mais de 70 mil propriedades rurais.
As chuvas que ocorreram nos últimos 10 dias foram de menor intensidade nas áreas afetadas e insuficientes para a reposição dos mananciais, agravando ainda mais a falta de água potável para consumo humano e animal. Também não ocorreram chuvas suficientes para recuperação das lavouras.
Perdas já somam R$ 440 milhões
A estimativa de perdas com a estiagem soma até o momento R$ 440 milhões. O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, destaca que os prejuízos são de difícil mensuração e mudam a cada dia. A confirmação de estimativas mais precisas de perdas se dará somente no momento da colheita. – Nesta quarta-feira, a Secretaria da Agricultura, por meio dos escritórios municipais e regionais da Epagri, está realizando um levantamento completo dos prejuízos na agricultura em todos os municípios atingidos pela estiagem – afirma Rodrigues.
A produção mais prejudicada pela falta de chuvas é a de milho. Nos municípios que decretaram estado de emergência as perdas variam de 5 a 70% da produção esperada, o que representa 600 mil toneladas perdidas e 16% da produção estadual do grão. Considerando o preço médio de dezembro/2011, esta perda significa um valor de R$ 235,6 milhões.
Os produtores de soja das áreas mais afetadas já prevêem perdas de produção entre 5 e 30%, o que significa quebra de 7% na safra estadual. O volume perdido já chega a 100 mil toneladas, totalizando perdas de R$ 68 milhões. O secretário João Rodrigues lembra que os produtores de soja têm a possibilidade de estancar as perdas de produção já que as lavouras ainda não se encontram na fase de desenvolvimento de grãos.
Até o momento a perda média de feijão nos municípios mais afetados varia entre 10 a 60% da produção esperada e estima-se que o impacto sobre a produção estadual deve ser de 6 mil toneladas do produto, ou seja 5,3% do total produzido no Estado. Esses valores resultam num prejuízo da ordem de R$ 8 milhões.
Produção leiteira
A produção de leite entregue à indústria catarinense sofreu uma redução de aproximadamente 16% nos meses de novembro e dezembro de 2011. Os produtores catarinenses deixaram de entregar à indústria um volume de aproximadamente 27 milhões de litros do produto, representando um prejuízo em torno de R$ 21 milhões. Entretanto, nos municípios onde a falta de chuva é mais grave, a redução da produção varia de 5 a 50%. Os municípios que registram maiores perdas na produção de leite são Guaraciaba, Dionísio Cerqueira, Cunha Porã e Palmitos.
Outros produtos importantes para a economia do Estado, também sofreram perdas significativas, especialmente, as frutas e hortaliças, piscicultura de água doce e lavouras de fumo. A pecuária em geral como suinocultura, avicultura e gado de corte também enfrenta problemas. Nestas atividades e em outras não relacionadas, os prejuízos chegam a R$ 107 milhões.
Nesta quinta-feira , a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca organiza uma reunião com os presidentes da Epagri e Cidasc para dar sequência às ações emergenciais para diminuir os efeitos da estiagem em Santa Catarina.
Reunião em Brasília
Para tratar das ações emergenciais, o secretário João Rodrigues e o secretário adjunto Airton Spies terão reunião com o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, em Brasília, nesta segunda-feira (16), às 15h.
Os representantes de Santa Catarina deverão reivindicar R$ 80 milhões ao Governo Federal para construção de mil açudes de médio e grande portes e de 1,3 mil poços artesianos, as obras visam fornecer água a propriedades rurais em seu entorno.
Entre as demandas do Estado, para amenizar o drama dos agricultores, está a criação de uma linha de crédito de emergência para os produtores atingidos pela estiagem para que possam plantar lavouras de safrinha e custear atividades de pecuária, principalmente no que se refere à alimentação dos animais.
Além disso, os secretários vão solicitar ao Ministro a prorrogação de prazos para pagamentos de dívidas do crédito rural para os agricultores atingidos, transferindo parcelas vencidas ou vincendas de 2012 para o final dos contratos, ou por no mínimo um ano.
Para apoiar investimentos diretamente nas propriedades rurais, o Estado reivindica a liberação de crédito subsidiado, sem juros, destinados à construção de 13,2 mil açudes e reservatórios de água da chuva, e financiamento dos sistemas de irrigação, visando atender áreas irrigadas de até 5 hectares por propriedade. O crédito subsidiado também será destinado à construção de 26,4 mil cisternas e reservatórios de água para consumo na propriedade.
Esses investimentos possibilitarão o desenvolvimento de um grande programa que contempla a perfuração de poços artesianos, captação e armazenagem de água da chuva, construção de açudes em propriedades privadas e sistema de irrigação para pequenos e médios produtores rurais.
Fonte: Secretaria de Estado de Comunicação
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Mesmo com o dia amanhecendo com sol em algumas regiões nesta quinta-feira, Santa Catarina deve ter chuva de manhã e à noite devido a uma frente fria no Litoral. Há risco de temporal isolado, segundo a Epagri/Ciram, órgão estadual que monitora as condições climáticas.
As máximas chegam 27ºC e 28ºC na Grande Florianópolis, no Vale do Itajaí e no Sul. No Litoral Norte e no Oeste, os termômetros atingem 30ºC. No Planalto Norte, ficam por volta de 24ºC. Na Serra, não passam de 21ºC.
Na sexta-feira, a previsão aponta predomínio de nuvens e chuva com descargas elétricas no Estado. Temperaturas ficam estáveis.
DIÁRIO CATARINENSE
Mais três cidades no Oeste de Santa catarina decretaram situação de emergência devido à estiagem. Com o decreto de Abelardo Luz, Paraíso e Saltinho, o número de cidades que sofrem com a escassez de chuva chegou a 70 nesta quarta-feira.
Na próxima sexta-feira, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou que virá ao Sul para anunciar um pacote de medidas contra a seca.
>> Açude seca e animais perdem 20% do peso
Por conta da estiagem no Estado, a Epagri/Ciram emitiu um boletim sobre o clima na região. A previsão para quinta-feira é que o tempo fique instável nas regiões do Extremo Oeste, Oeste e Meio Oeste, devido ao deslocamento de uma frente fria pelo Sul do Brasil, o que causará chuva fraca na madrugada e manhã.
Os volumes de chuva esperados para o dia variam entre 10 e 20 mm, podendo ser superados em pontos isolados. As temperaturas continuam altas e o vento será fraco com alguma rajadas mais intensas.
Comente aquiAté terça-feira eram 67 municípios em situação de emergência por causa da estiagem em Santa Catarina. São cidades localizadas nas regiões Oeste e Extremo-Oeste. O governo do Estado destinou R$ 1,370 milhão para os municípios atingidos. O dinheiro é repassado às prefeituras e a verba usada para apoiar no transporte de água, contratação de serviços de máquinas para silagem, alimentação do gado e perfuração de poços artesianos. Nesta quarta-feira, o Estado terá uma resposta sobre a liberação de recursos do governo federal.
O secretário estadual da Defesa Civil, Geraldo Althoff, estará em Brasília. Althoff apresentará relatório dos prejuízos causadas pela estiagem no Estado, estimados em R$ 400 milhões conforme levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca. O secretário desembarca na Capital Federal dois dias após a assinatura do decreto que segunda-feira declarou o Estado em situação de emergência.
Mas com atraso se comparada à pressão exercida pelo Rio Grande do Sul, que já na segunda-feira teve autorizado pelo governo federal o uso de R$ 18 milhões que estavam represados. A quantia foi liberada e ontem mesmo já estava disponível para ser aplicada pelos gaúchos em situações como dificuldade de abastecimento.
O secretário-adjunto da Agricultura, Airton Spies, explica que foram definidas as três prioridades frente aos recursos federais: prorrogação de prazos para os agricultores que fizeram financiamento para o custeio; crédito emergencial para a safrinha (contando com a expectativa de chova até 15 de fevereiro) e recursos para investimentos no sistema de captação e irrigação com água da chuva (cisternas).
Prejuízos estimados em R$ 328 milhões, conforme o Centro de SocioEconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (CEPA), tomando por base produtos como feijão, soja, milho e leite.
Outros produtos importantes para a economia do Estado como frutas e hortaliças, piscicultura e lavouras de fumo também sofrem a ação da seca. O CEPA também está fazendo levantamento para saber dos efeitos na pecuária.
As chuvas que ocorreram nos últimos dez dias foram consequência de trovoadas típicas de verão, sendo rápidas e localizadas. Somaram mais de 30 milímetros na grande maioria dos municípios monitorados pelo Epagri-Ciram. Entretanto, nas áreas mais afetadas do oeste, as chuvas foram de menor intensidade.
A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a Defesa Civil e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento orientam os produtores rurais em relação ao combate à seca, aos programas do Governo e a prazos e documentos para obtenção de auxílio. Os técnicos informaram que será analisada também a possibilidade de renegociação de dívidas e aumento do limite de endividamento dos agricultores.
Cidades em situação de emergência em Santa Catarina:
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DIÁRIO CATARINENSE
Itapiranga e Tunapólis foram as últimas cidades a assinar o decreto de situação de emergência devido à estiagem. O número de municípios que sofrem com a escassez de chuva no Oeste de Santa Catarina chegou a 67 nesta segunda-feira.
Açude do agricultor Leonir Fiabani, de Planalto Alegre, secou e ele recebe agora água de um caminhão pipa da Prefeitura.
A Epagri/Ciram emitiu um boletim apontando o aumento da nebulosidade na região Oeste e a possibilidade de pancadas de chuva isoladas na terça-feira. No Extremo Oeste as chances de preciptação são muito pequenas, mas há algum risco nas áreas que fazem divisa com o Paraná.
>> Secretaria da Agricultura estima perdas de mais de R$ 400 milhões devido a estiagem
>> Dilma recebe ministros para discutir danos causados pela estiagem no Sul
As temperaturas continuam altas e o vento será fraco com alguma rajadas mais intensas.
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[Atualizado 17h14]
A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca divulga informações dos levantamentos feitos pelos técnicos da Epagri e secretarias de agricultura municipais. Nos 22 municípios que integram as Secretarias de Desenvolvimento Regional de Maravilha e Palmitos, as perdas nas culturas de milho, fumo, feijão, soja e leite chegam a R$ 94 milhões. O secretário adjunto da Agricultura, Airton Spies, explica que as perdas são maiores ainda nos municípios do extremo-oeste, o que eleva as estimativas de perdas totais no campo em Santa Catarina para mais de R$ 400 milhões. Esse montante inclui estimativas de perdas para todas as culturas e criações agropecuárias e ainda não é definitivo, pois a estiagem vem se agravando.
Spies esclarece que na última semana, o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (CEPA) havia divulgado que os prejuízos com as estiagem estavam estimados em R$ 166 milhões, porém esse montante se referia apenas a quatro produtos agrícolas – milho, feijão, soja e leite. – Esses números não refletiam os prejuízos de toda a agropecuária catarinense, pois diversas outras atividades econômicas também vêm sofrendo perdas, como a pecuária de corte, fruticultura, hortaliças, piscicultura de água doce, fumo e agroindústrias familiares que têm redução de disponibilidade de matérias primas – afirma o secretário adjunto.
De acordo com relatórios da Defesa Civil de Santa Catarina, o número de municípios que decretaram estado de emergência por causa da estiagem também aumentou de 34 no início da semana passada para 56, na sexta-feira, daí 06. Nesta segunda os números de municípios afetados já chegam a 67, com mais de 407 mil pessoas atingidas. O município de Palmitos também assinou o decreto, porém a documentação ainda não chegou na Defesa Civil do Estado.
A Secretaria de Agricultura e da Pesca, a Defesa Civil e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento orientam os produtores rurais em relação ao combate à seca, aos programas do governo e a prazos e documentos para obtenção de auxílio. Os técnicos informaram que será analisada também a possibilidade de renegociação de dívidas e aumento do limite de endividamento dos agricultores.
>> Dilma recebe ministros para discutir danos causados pela estiagem no Sul
67 Cidades em situação de emergência
Águas de Chapecó
Águas Frias
Anchieta
Bandeirante
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Chapecó
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Itapiranga
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Maravilha
Marema
Modelo
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro Verde
Palma Sola
Palmitos*
Passos Maia
Pinhalzinho
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São José do Cedro
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tigrinhos
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xaxim
*Defesa Civil ainda não recebeu a documentação dos decretos destes municípios. Dados do relatório das 17h da Defesa Civil, da segunda-feira, 09/01.