Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
A temporada 2012 terminou para a Chapecoense. Depois de chegar na semifinal do Campeonato Catarinense o Verdão se despede da Série C, também na semifinal. Mesmo com a terceira posição na competição o time conquistou o objetivo: a conquista inédita da vaga para a Série B em 2013.
Na tarde deste sábado os jogadores desembarcaram no Aeroporto Municipal Serafim Enoss Bertaso em Chapecó. Mesmo com o empate em 0 a 0 com o Oeste em Itápolis/SP, o semblante dos jogadores era de dever cumprido.
- Alcançamos o nosso objetivo e agora é pensar em 2013 – disse o presidente do clube, Sandro Pallaoro.
Agora os atletas e comissão técnica têm folga no final de semana e se reapresentam a partir da segunda-feira, dia 26, no clube. E é a partir desta data que o destino dos jogadores será traçado.
- Quem fica, quem sai, será decidido na reunião da diretoria – disse Pallaoro. A reunião está marcada para iniciar as 10h.
- Quem fica, quem sai, será decidido na reunião da diretoria – disse Pallaoro. A reunião está marcada para iniciar as 10h.
Além do técnico Gilmar Dal Pozzo, o zagueiro Fabiano, que tem contrato com o clube, está confirmado na temporada 2013. Os goleiros também devem permanecer na equipe.
- Ainda não temos o número certo de quantos jogadores devem ter o contrato renovado – disse o diretor de futebol, Cadu Gaúcho.
Dos 26 atletas que compõem o grupo, sete são empréstimos e seis estão no Departamento Médico.
Após o empate em 0 a 0 com o Oeste em Itapólis/SP, a Chapecoense se despediu da Série C em 2012, mas com a vaga garantida na Série B de 2013.
Os jogadores chegam em Chapecó por volta das 16h30 deste sábado e se reapresentam na segunda-feira, dia 26.
Também na segunda-feira a diretoria vai definir o futuro dosatletas . De acordo com o diretor de futebol, Mauro Stumpf, será realizada uma reunião para definir sobre as renovações, férias e dispensas dos jogadores.
Até agora a renovação confirmada é do técnico Gilmar Dal Pozzo.
Comente aquiDarci Debona | darci.debona@diario.com.br
O atacante Rodrigo Gral acompanhou a eliminação da Chapecoense, no empate por 0 a 0 contra o Oeste, pela televisão Recuperando-se de lesão, ele assistiu a partida no hall do Hotel Lang, onde reuniu amigos, familiares e seu companheiro de clube, Mateus Paraná. Duas bandeiras da Chapecoense foram colocadas debaixo da televisão, onde Gral acompanhou a transmissão pela Sportv.
Usando uma camisa retrô da Chapecoense de 1979, Gral sofreu muito durante o jogo. Para conter a ansiedade, devorou alguns pastéis e até um pirulito. Ele já previa dificuldade.
–Um a zero é goleada – previu.
Quando a partida iniciou fez o sinal da cruz. E ficou preocupado com o primeiro chute do Oeste,que Nivaldo mandou para escanteio. Na cobrança, quase o Oeste marca.
– Assim querem me matar – suspirou.
Depois começou a lamentar as chances perdidas.
– Tinha que fazer o gol – reclamou.
Gral foi ficando cada vez mais preocupado ao ver a dificuldade do time. Sua vontade era estar lá para ajudar os companheiros.
– Só torcer é difícil – afirmou no intervalo.
Ele havia se dedicado à recuperação durante a semana para poder estar em condições de disputar a final. Mesmo a quase mil quilômetros de distância, ele tentava incentivar os companheiros:
- Vai, vai – dizia.
O tempo foi passando e a preocupação começou a virar impaciência. –Agora, pôe na área- sugeria.
A partida ia se encaminhando para a final, mas Gral não desistia.
– Vai ser aos 45 minutos – disse tentando se animar.
Nos últimos ataques gesticulou muito com as chances perdidas. Ele avaliou que o resultado no primeiro jogo, em Chapecó, foi determinante.
- Infelizmente não deu mas tem que dar os parabéns a todos porque o objetivo maior foi alcançado – concluiu.
Ele recolheu as bandeiras com os olhos marejados. Mas espera que elas sejam estendidas em breve para novas conquistas
FICHA TÉCNICA
OESTE-0
Jailton
Alex Silva
Eduardo
Dezinho
Piauí
Ligger
Paulo Vitor
Wanderson (Samuel)
Jheimy (Marcinho)
Ricardo Oliveira
Serginho (Lele)
Técnico: Luís Carlos Martins
CHAPECOENSE-0
Nivaldo
Fabiano
André Paulino (Galiardo)
Rafael Lima
Gilton (Eliomar)
Wanderson
Paulinho Dias
Athos (Thuram)
Neném
Jô
Henrique
Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Arbitragem: Edmar Campos da Encarnação-AM, auxiliado por Cleriston Clay Barreto Rios-SE e Elicarlos Franco de Oliveira-BA Cartões amarelos: André Paulino, Fabiano, Athos e Wanderson(C), Piauí, Ligger e Ricardo Oliveira (O)
Local: Estádio Municipal dos Amaros, em Itápolis-SP
Para o ano não terminar hoje a Chapecoense precisa vencer o Oeste, no confronto que inicia às 19 horas, em Itápolis. Mais do que isso. Se vencer por 1 a 0 ainda terá que superar os paulistas nos pênaltis. Vitória por qualquer outro placar leva a Chapecoense para a final inédita da Série C do Campeonato Brasileiro.
Mas para isso o time catarinense terá que superar alguns tabus. Neste campeonato o time catarinense só venceu uma fora, ainda no primeiro turno, contra o Duque de Caxias. O atual treinador, Gilmar Dal Pozzo, até agora só fez um ponto em quatro jogos fora. E o time só fez três gols fora e, em nenhuma partida, fez mais que um gol longe de casa.
Para piorar o atacante Rodrigo Gral, lesionado, continua fora. Mesmo assim o time mantém a confiança. –Temos que ser ousados- declarou o técnico Gilmar Dal Pozzo, mostrando que vai para cima do Oeste.
-Estamos devendo uma boa partida fora, pode ser agora- declarou o volante Wanderson. Ele quase marcou um gol de falta no primeiro confronto contra o Oeste e espera que nesta sexta-feira a bola entre.
O meia Neném disse que, apesar da derrota no primeiro jogo, a Chapecoense tem condições de vencer em São Paulo. –Temos que fazer um bom jogo para brigar por mais uma estrela no uniforme da Chapecoense- concluiu.
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A Chapecoense chegou por volta das 17 horas desta quinta-feira em Araraquara-SP, onde descansa para até o confronto da sexta-feira, dia 23, às 19 horas, contra o Oeste, em Itápolis-SP. O tempo de deslocamento entre as duas cidades é de 40 minutos.
O grupo treinou pela manhã em Chapecó e, no início da tarde, foi de avião para Campinas, onde pegou ônibus até Araraquara.
O técnico Gilmar Dal Pozzo deve repetir o time que perdeu o jogo de ida por 1 a 0, no sábado, em Chapecó. Dal Pozzo avaliou que o desempenho foi bom, exceto pelo aproveitamento nas conclusões.
O atacante Rodrigo Gral, lesionado, continua fora. Dois jogadores reservas foram cortados da viagem. Na avaliação da comissão técnica o atacante Cristiano e o meia Dudu não estariam se empenhando o suficiente nos treinamentos desta semana.
A equipe que começa o jogo contra o Oeste é Nivaldo, Fabiano, André Paulino, Rafael Lima e Gilton; Wanderson, Paulinho Dias, Athos e Neném; Jô e Henrique.
Comente aquiO goleiro Nivaldo, que completou no sábado 206 jogos pela Chapecoense, recebeu nesta semana a visita de um fã na Arena Condá. O advogado Guilherme Pereira, 24 anos, tem o goleiro como ídolo desde a Conquista do Campeonato Catarinense de 2007.
-Ele é um dos maiores jogadores da história da Chapecoense se não for o maior- avaliou Pereira. Para o advogado, além de ter conquistado dois Catarinenses (2007 e 2011), os acesso da Série C (2009) e da Série B (2012), o goleiro mostrou um grande caráter ao permanecer no clube mesmo nos momentos difíceis.
Ele tem cinco modelos de camisa do goleiro. Entre algumas das defesas importantes, o torcedor lembra das duas no primeiro jogo contra o Luverdense, que ajudaram a garantir o acesso para a Série B.
Nivaldo levou o torcedor até a área de uma das goleiras, para mostrar que não é muito fácil evitar que a bola entre no gol. Ele ficou lisonjeado por ser considerado um ídolo para o torcedor. –É bom ter esse reconhecimento e eu já me sinto chapecoense depois de tanto tempo- explicou o goleiro.
Ao despedir-se de Nivaldo, Pereira desejou que ele continue no clube no próximo ano, para disputar a Série B. –Ele merece- concluiu.
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O técnico da Chapecoense, Gilmar Dal Pozzo, renovou contrato com o clube e deve permanecer no Verdão até o final de 2013. A Assessoria de Imprensa da Chapecoense informou também que a comissão técnica permanece a mesma na temporada 2013.
Dal Pozzo, que estreou com uma vitória de 4 a 0 em cima do ex-time, o Caxias, na Série C, vai comandar o Verdão no Campeonato Catarinense e no Campeonato Brasileiro da Série B.
A primeira partida do Estadual será fora de casa, contra o Joinville, no dia 20 de janeiro de 2013.
Darci Debona|darci.debona@diario.com.br
A Chapecoense terá apenas uma chapa de situação concorrendo na eleição marcada para o dia 28 de novembro. Na tarde da terça-feira, dia 20, a chapa de oposição encaminhou uma carta de desistência ao presidente do Conselho Deliberativo, Gilson Vivian.
Na carta o grupo encabeçado pelo candidato a presidente, Moacir Tiecher, e pelo candidato a vice, João Artur Etz Júnior, esclarecem que a decisão foi tomada em reunião realizada na segunda-feira à noite.
Consta na carta o seguinte motivo para a desistência:
“Entendemos que a atual diretoria atingiu seus objetivos conquistando um campeonato Catarinense, um terceiro lugar e a tão sonhada vaga para a Série “B” e a nominata apresentada para nova Diretoria tem todas as condições de continuar administrando o destino da Chapecoense para os dois anos”
Com isso o atual presidente, Sandro Pallaoro, seguirá no comando do clube por mais dois anos.
- Foi um ato de grandeza – disse Pallaoro.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
Rodrigo Gral, o atacante dos 500 gols, multiplicou a média de gols da Chapecoense nas partidas em que esteve em campo, passando de 0,5 para 2,7 por jogo. Infelizmente a Chapecoense não pode contar com o “efeito Gral” nas partidas das semifinais da Série C contra o Oeste.
O atacante, que se recupera de uma lesão muscular na parte posterior da coxa esquerda, não atuou nas duas últimas partidas e não poderá jogar na próxima sexta-feira, contra o Oeste, em Itápolis.
– Ele só volta para a final, se a Chapecoense passar pelo Oeste – previu o fisioterapeuta do clube, Guilherme Dias Carli.
Ele informou que o atacante teve uma lesão grau 2, com ruptura de algumas fibras musculares, o que prevê entre 14 e 21 dias parado. A lesão foi no dia 5 de novembro. O médico Carlos Mendonça até conseguiu acelerar o processo de recuperação, com aplicação de PRP (Plasma Rico em Plaquetas), que consiste na retirada do sangue do próprio jogador, seleção e aplicação das plaquetas no local da lesão.
Na segunda-feira, dia 19, Gral correu no gramado do Condá. Mas continua fazendo fisioterapia e reforço muscular, na academia. Na quinta ou sexta-feira deve ser liberado para o preparador físico Anderson Paixão.
A partir do dia 26 de novembro, poderia voltar a treinar com bola. Gral disse que está chateado por não poder participar das semifinais.
– A gente sofre mais fora – declarou. Mas ele segue treinando confiando que seus companheiros vão conseguir a vaga para a final.
Gral agradeceu a comissão técnica e os companheiros, que o ajudaram muito na Chapecoense. Ele acredita que o motivo do time fazer mais gols quando joga é que a marcação dos adversários tem uma preocupação maior com sua presença.
– Geralmente tem dois me marcando e meus companheiros, que são inteligentes, aproveitam o espaço- explicou.
O certo é que Gral faz a diferença no time da Chapecoense. Mas desta vez o time vai ter que se virar sem ele.
Caso a Chapecoense não chegue na final da Série C inicia na próxima semana a troca do gramado da Arena Condá. Na segunda-feira, o presidente Sandro Pallaoro esteve em Xanxerê, visitando o estádio municipal Josué Annoni. Outra opção seria o Domingos Machado de Lima, em Concórdia.
“Falei pro pessoal que o ano não vai terminarna sexta-feira;
quero estar com eles na final” Rodrigo Gral, atacante da Chapecoense
Com Gral
Jogos: 7
Vitórias: 5
Empates: 0
Derrotas: 2
Gols marcados: 19
Média de gols por jogo: 2,71
Sem Gral
Jogos: 14
Vitórias: 4
Empates: 5
Derrotas: 5
Gols marcados: 8
Média de gols por jogo: 0,57
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
Depois de perder a invencibilidade em casa pela Série C do Campeonato Brasileiro, sábado, na derrota por 1 a 0 para o Oeste, resta à Chapecoense quebrar outro tabu, que é o retrospecto pífio fora de casa.
Em 10 jogos o time venceu apenas uma, ainda com Itamar Schulle, e conquistou seis pontos, 20% do total. Com Gilmar Dal Pozzo ainda não venceu fora.
Pois agora é o momento da Chapecoense surpreender, se quiser chegar na final da Série C do Campeonato Brasileiro.
– Temos que jogar bem e ser mais competentes – projetou Dal Pozzo, sobre o confronto de sexta-feira, às 19 horas, em Itápolis.
Ele afirmou que a partida em Chapecó foi apenas o primeiro tempo e que seu time jogou bem, apesar do placar negativo.
Os jogadores da Chapecoense não perderam a confiança.
– Dá para reverter – avaliou André Paulino.
Seu colega de zaga, Fabiano, também é otimista.
– O negócio é trabalhar e vamos em busca da classificação – explicou.
Nem o Oeste dá a classificação como certa. O técnico Luís Carlos Martins disse que sua equipe não atuou bem na primeira partida, apesar do bom resultado. O atacante Ricardo Oliveira, que marcou o gol, disse que o próprio Oeste surpreendeu o Fortaleza na casa do adversário e não pode permitir que a Chapecoense faça o mesmo.
– A Chapecoense tem condições de nos vencer e precisamos estar atentos – explicou.
O que faltou para a Chapecoense
1-Rodrigo Gral: O experiente atacante, que ficou fora devido a uma lesão muscular, era a referência do time na área. Ele fazia as tabelas, orientada e dava toques qualificados. Além disso causava intranquilidade na defesa adversária. Sem ele, os adversários ficam mais confiantes.
2- Competência nas finalizações: A Chapecoense criou quatro chances claras de gol mas errou na finalização. Athos mandou uma por cima e, na outra, demorou permitindo a saída do goleiro. Henrique até chutou bem, mas o goleiro fez boa defesa. Neném até tirou do goleiro, mas a bola foi no poste.
3-Atenção: Num jogo de semifinal não dá para dar a bobeira que a Chapecoense deu no lance do gol. O Oeste teve apenas uma chance e fez. Contra times de qualidade, numa decisão, não dá para errar.
O que a chapecoense precisa em São Paulo
1-Entrar com espírito de decisão: A Chapecoense tem que tentar repetir fora de casa as atuações que teve nos jogos anteriores no Índio Condá.
2-Aproveitar melhor as chances: Em São Paulo, a Chapecoense tem que melhorar seu aproveitamento, se quiser chegar na final.
3- Quebrar o tabu de não vencer fora com Dal Pozzo: O técnico da Chapecoense, que está com crédito pela classificação para a Série B, precisa quebrar um tabu de não ter vencido fora pelo Verdão.
Como fica
Empate ou vitória do Oeste: Oeste na final Vitória da Chapecoense por 1 a 0: Decisão nos pênaltis Vitória da Chapecoense por qualquer outro placar: Chapecoense na final