Marcelo Perrone | marcelo.perrone@zerohora.com.br
Além de contar uma boa história e usar com eficiência as ferramentas narrativas e dramatúrgicas que o gênero em questão exige, até mesmo um blockbuster precisa mostrar um algo além relevante que o faça ser lembrado após a sessão: o contexto histórico e político da época em que é lançado, um ator que ali desponta para o estrelato, uma inovação que apresenta e se torna referencial, uma cena marcante que se fixa no imaginário coletivo, uma expressão que se agrega à cultura pop.
Filme entra em cartaz nesta sexta-feira no Cinema Arcoplex Shopping Pátio Chapecó. Serão disponibilizadas duas salas e versões dubladas e legendadas. Confira a programação completa.
O Vingador do Futuro original, de 1990, reúne vários desses elementos. E mesmo que a divertida aventura de Paul Verhoeven tenha envelhecido um tanto mal no quesito efeitos visuais (e apenas nesse, e mesmo assim parcialmente), o reeencontro com esse universo é o que melhor tem a oferecer a nova versão da ficção científica adaptada do conto Lembramos para Você a Preço de Atacado, escrito em 1966 por Philip K. Dick.
A lógica que move uma refilmagem é complexa e tem entre seus fatores determinantes, de um lado, o potencial de lucro vislumbrado pelos produtores e, do outro, o interesse do público no reencontro afetivo – arrebanhando junto uma nova plateia seduzida pelo marketing maciço que, muitas vezes, sequer sabe estar diante de uma refilmagem. Tão velho como o próprio cinema, o remake já transformou filmes mudos em sonoros, deu cor ao preto e branco, transformou títulos obscuros em clássicos e permitiu pertinentes adaptações ao gosto de distintas épocas, idiomas e culturas.
Esse novo O Vingador do Futuro, que entra em cartaz nesta sexta-feira no Brasil, traz um pouco de cada um desses fatores para justificar ter sido feito, destacando-se coo exemplo de um recurso cada vez mais frequente diante da alarmante falta de ideias originais na linga de produção de Hollywood: a repaginação de um grande sucesso de bilheteria contando que o raio caia duas vezes no mesmo lugar.
Os diferenciais que tem a oferecer o diretor Len Wiseman – conhecido pela cinessérie de vampiros e lobisomens Anjos da Noite, protagonizada por sua mulher, Kate Beckinsale – são a batelada de efeitos visuais e a correria frenética que ditam o ritmo hoje das supreproduções como essa, espelhando nos filmes as etapas a vencer de um videogame.
Colin Farrell, no papel que foi de Arnold Schwarzenegger, vive um operário que, disposto a mudar sua rotina enfadonha, busca num implante de memória emoções que jamais teria. Ocorre que ele teve, sim, mas não lembra, uma vida pregressa das mais agitadas e perigosas. O despertar dessas memórias o torna alvo de uma grande caçada, inclusive daquela que imaginava ser sua mulher (Kate, incorporando a personagem de Sharon Stone e, por ser mulher do diretor, deve ter sido isso, ganhando um destaque na trama muito maior do que a loira no filme original).
>>> Leia entrevista com o ator Colin Farrell sobre o novo Vingador do Futuro
O enredo sofreu mudanças consideráveis. Marte sai de cena, e a ação agora é toda na Terra, que após uma guerra química ficou reduzida a apenas dois blocos habitáveis pelos humanos: a região europeia da Bretanha, onde vive a elite politica e econômica, e a Colônia (região da Austrália), um favelão futurista onde vivem os operários – lá é sempre noite, chove o tempo todo, e a publicidade toma conta de outdoors televisivos (óbvia referência visual decalcada de Blade Runner, também originado da obra de Dick). A conexão entre essas regiões é feita em minutos numa viagem ultrasônica por túnel. A ameaça de uma revolução dos trabalhadores é o pretexto para a grande corporação que manda em tudo colocar em curso uma ação militar, e é nesse conflito que o protagonista tem papel decisivo.
É quase tudo diferente (a personagem de Kate incorpora também a figura do caçador do herói no filme de 1990), mas Wiseman lança algumas piscadelas para os fãs do longa original emulando algumas situações parecidas, como a mulher de três seios. Como passatempo, a nova versão cumpre a função para quem aprecia o gênero. Mas lhe falta todo um contexto que assegure sua permanência na memória. Daqui a 22 anos, quando se falar em O Vingador do Futuro, a imagem referencial desse filme continuará sendo a consagrada pela combinação do talento visionário de Verhoeven com a divertida canastrice coberta de músculos de Schwarzenegger e a exuberância de Sharon Stone no auge da beleza. Esses elementos fizeram a fórmula funcionar apenas uma vez, proporcionando um prazer que não pode ser reproduzido por um genérico qualquer.
ZERO HORA
Comente aquiO prazo para entrega da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-2012), ano-calendário 2011, termina nesta sexta-feira, às 23h59min. A entrega é feita apenas pela internet no Portal do Simples Nacional, disponível no site da Receita Federal. Inicialmente, o prazo final era 16 de abril, mas a Receita prorrogou a data de entrega devido a problemas técnicos no portal do Simples.
Dúvidas sobre a declaração podem ser tiradas no próprio endereço do Simples Nacional na internetonde se encontra uma lista de perguntas e respostas sobre o regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições de microempresas e empresas de pequeno porte.
O Simples Nacional é a forma encontrada pelo governo para simplificar a arrecadação de impostos federais e estaduais, entre os quais o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS), que é municipal.
O último balanço, divulgado pela Receita Federal na segunda-feira passada, registrava a entrega de 3 milhões declarações. O número equivale a 78% das quase 3,8 milhões de empresas obrigadas a declarar.
O prazo não se aplica ao Microempreendedor Individual (MEI), que deve entregar a declaração até o dia 31 de maio.
AGÊNCIA BRASIL
Sirli Freitas | sirliane.freitas@diario.com.br
A rotina do motoboy Antonio Moraes, na Sexta-feira Santa, é a mesma desde que era pequeno. Antes do sol nascer e sem lavar o rosto ele, como muitas famílias do Oeste, saem de casa a procura de uma florzinha amarela. Antonio acredita na tradição da colheita da Macela.
Depois de colher ele faz o chá da planta, bebe, lava o rosto e faz a barba. – Faço isso para não ter dor de dente e também para os pelos da barba não encravar – disse o chapecoense.
No Oeste de Santa Catarina a tradição da colheita da macela, ou marcela como é popularmente conhecida a erva, que passa de geração para geração, reúne famílias que acreditam que colher a planta com o orvalho sobre as flores faz com que o chá não perca parte do poder curativo.
Airton Moraes, primo de Antonio, andou 30 quilômetros de moto para colher a planta, mas não reclama. – Aprendi a colher com meu pai e faço isso todos os anos –disse Airton. A erva pode ser encontrada na beira das rodovias ou nos campos.
A planta é utilizada em chás e no chimarrão durante o ano todo. A dona de casa Irene Munis Claus disse que as flores do chá não podem ser fervidas. – Se ferver a macela perde todas as propriedades medicinais – recomenda. Ela disse que as flores devem ser colocadas em um copo, acrescentar a água quente e fazer infusão.
Para que serve
O chá é bastante utilizado devido a suas propriedades antiinflamatórias e analgésicas, estimulante da circulação capilar, peles e cabelos delicados, digestiva, indicada para dores abdominais e cólicas, contra diarréia, inflamações, conjuntivite, entre outras.
O Grupo de Teatro Ministério de Artes Kairós, formado há quatro anos, realiza nesta sexta-feira Santa, dia 6, a apresentação da Paixão e Morte de Jesus Cristo em Coronel Freitas. O grupo está ensaiando para a apresentação todos os domingos, há mais de dois meses. Nesta terça-feira será realizado o último ensaio antes da apresentação.
Segundo Gelcimar Barela, um dos coordenadores do grupo, a ideia de realizar a apresentação surgiu do intuito de Evangelizar através da arte. – Participam do grupo pessoas ligadas à Igreja Católica – disse.
Atualmente o grupo é composto por 100 pessoas, de 0 a 70 anos.
O cenário e figurino é todo confeccionado na cidade.
- Queremos convidar a população da região para a apresentação da peça “ Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo” – convida Barela.
A apresentação acontece na sexta-feira, dia 6 de abril a partir das 20h, em frente ao Salão Paroquial, na Rua Pará, em Coronel Freitas.
Será realizado na sexta-feira Santa dia 6, a partir das 19h30, o espetáculo da Celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, no Estádio Municipal Valdir Stefani de Abelardo Luz. O evento é uma realização do Governo Municipal e conta com o apoio de várias igrejas cristãs do município.
O Teatro da Paixão é um grande espetáculo cristão ao ar livre, com grandes cenários e figurinos de época. – Estamos ensaiando há alguns dias com atores da cidade e do interior. Com certeza será grande evento de arte e fé que promete emocionar o público do município e toda região – afirma o responsável pelo espetáculo, Avito Correia.
A encenação terá duração de 90 minutos e vai envolver cerca de 200 atores. Serão apresentadas cenas marcantes da bíblia como a passagem de Moisés pelo Mar Vermelho, do batismo de Jesus por João Batista, da crucificação até a ressurreição de Cristo, entre outras.
O espetáculo abordará também o tema da Campanha da Fraternidade 2012, Fraternidade e Saúde Pública, quem tem como lema: “Que a Saúde se difunda sobre a terra” (Cf. Eclo,38,8). O evento tem entrada gratuita.