[Atualizado às 17h02]
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Com os decretos de Videira, Erval Velho, Ibicaré, Herval d´Oeste e Joaçaba, no Meio Oeste, sobe para 107 o número de municípios em situação de emergência em Santa Catarina devido a estiagem. Até o final da tarde a Defesa Civil do Estado já registrava Erval Velho, Ibicaré, Herval d´Oeste e Videira mas não havia recebido a documentação de Joaçaba. O número de pessoas afetadas chega a 625.129 .
Em Erval Velho, o rio Erval, que corta a cidade e é uma das fontes para o abastecimento de água do município está seco. Segundo o diretor de agricultura e presidente da Defesa Civil do município, Vanilso Alessi, a demora para encaminhar o decreto foi porque acreditavam que o volume de chuva aumentasse, porém, aconteceu o contrário.
Duas comunidades do interior estão recebendo água. Dois caminhões pipa levam 8 mil litros de água cada para as Comunidades de Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora da Saúde. – Estamos fazendo duas viagens diárias – disse. Ele contou ainda que se a estiagem persistir o número de viagens pode aumentar e outras comunidades poderão ser atendidas.
Técnicos da Secretaria da Agricultura e Epagri estão fazendo um levantamento das perdas na agricultura. – O milho que foi plantado mais cedo teve perdas de 40%, já aquele que foi plantado mais tarde teve prejuízos de 80%- disse. Na soja as perdas também chegam a 40%.
Alessi calculou que as perdas na produção leiteira giram em torno de 20%. – O número não foi maior pois a chuva, que apesar de baixa, garantia renovação da pastagem para os animais – disse.
Joaçaba também decretou situação de emergência. A decisão foi tomada após uma reunião entre o prefeito Rafael Laske e membros da Defesa Civil. Segundo Irineu Meneguini , responsável pelo setor de agricultura as perdas nas safras de milho e soja chegam a 70%.
Se o quadro persistir sem chuva significativa nas próximas semanas, há o risco de comprometer o abastecimento de água nas residências do interior. – Diferente da cidade elas não contam com grandes reservatórios – alertou.
Outra preocupação do município é com a pecuária, principalmente a suinocultura e avicultura. – Na piscicultura as perdas chegam a 50% – disse Meneguini.
107 municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arabutã
Arroio Trinta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval d´Oeste
Ibicaré
Iomerê
Ipira
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Joaçaba*
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Luzerna
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castello Branco
Princesa
Quilombo
Riqueza
Rio das Antas
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tangará
Tigrinhos
Treze Tílias
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Videira
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 16 de março de 2012, pela Defesa Civil.
* A Defesa Civil do Estado ainda não recebeu a documentação destes municípios.
[Atualizado 16h30]
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
Para quem pensava que a estiagem já estava indo embora as previsões meteorológicas informam que ela ainda vai continuar danço as caras em março. De acordo com o meteorologista da RBS, Leandro Puchalski, provavelmente março será o quinto mês consecutivo com chuva abaixo da média no Oeste.
Ele informou que, em fevereiro e março esse déficit também está atingindo outras regiões do Estado. Puchalski disse que a previsão é que o La Niña, fenômeno de resfriamento das águas do Oceano Pacífico e que interfere no regime de chuvas do estado, deve terminar ao longo de abril.
Os decretos de situação de emergência, que haviam cessado, voltaram neste mês, agora no Meio Oeste. Tangará e Arroio Trinta assinaram seus decretos no dia 7 de março, aumentando para 100 as cidades em emergência. De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Arroio Trinta, Tarcísio Lidani, a estiagem no município começou no final de novembro mas se agravou nos últimos 15 dias, quando iniciou o transporte de água para oito propriedades no interior.
– Os rios secaram e está torrando tudo- disse. Ele afirmou que o prejuízo é de 27 a 30% no milho e 25% na produção de leite.
O diretor de resposta aos desastres da Defesa Civil do Estado, major Aldo Batista Neto, confirmou que a previsão é de continuidade do quadro de estiagem até abril. Ele afirmou que o número de municípios em emergência pode aumentar pois há um mapa de 134 cidades com histórico de falta de chuva. A Defesa Civil investiu R$ 442 mil em kits de bomba e caixas de água para 78 municípios. E aguara outros R$ 3,1 milhões da Defesa Civl.
Ontem o secretário de Agricultura João Rodrigues disse que vai a Brasília na próxima semana para comunicar a desistência do convênio de R$ 10 milhões do Ministério da Integração, que seriam utilizados para perfuração de 330 poços artesianos. Ele reclama que o recurso foi anunciado no dia 16 de janeiro, mas até agora não veio. A assessoria de comunicação do Ministério informou que o Estado precisa se cadastrar no Portal de Convênios e que os R$ 3,1 milhões estão sendo liberados. Rodrigues reclamou que os dados para o cadastro no Portal de Convênios não foram informados. O Estado vai sugerir o repasse diretor dos recursos para as prefeituras.
O vice-presidente da Associação dos Municípios do Oeste Catarinense (Amosc), Élio Godoy, que é prefeito de São Carlos, disse que houve uma divisão dos gestores municipais. Alguns queriam poços e outros preferem recursos para investir em redes de captação e distribuição de água. No seu caso ele acha melhor ter o dinheiro pois muitos poços perfurados no município não deram água.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
A previsão de uma chegada de uma frente fria a partir de hoje é a esperança de milhares de catarinenses, principalmente do Oeste, para amenizar estiagem que já atinge quase um terço dos 293 municípios catarinenses. Até o Carnaval a Defesa Civil recebeu 96 decretos de emergência. Um deles, Seara, já decretou Estado de Calamidade, mas ainda não foi reconhecido pela Defesa Civil. São quase 600 mil pessoas atingidas segundo o órgão.
Para o diretor de prevenção da Secretaria de Defesa Civil do Estado, tenente-coronel Emerson Emerim, o número de municípios em situação de emergência deve passar de 100, já que os efeitos da estiagem estão se expandindo para outras regiões, como Meio Oeste e Planalto Serrano.
Ele lembrou que em meados de janeiro e início de fevereiro ocorreram frentes frias no Estado, mas com chuvas mal distribuídas. Em Chapecó chegou a chover cerca de 70 milímetros em dois dias. Mesmo assim nos últimos quatro meses a precipitação foi abaixo da média.
No município de Descanso há locais que não dá uma chuva “boa” há quase três meses.
– Faz uns 80 dias que deu a última chuva- afirmou Valdir Grunewald, que é o responsável por uma fazenda de criação de bovinos de corte. Um dos açudes da propriedade, que servia para os animais beberem água, resta apenas uma pequena poça de água onde tinha mais de um metro de profundidade.
–Ele foi secando, foi secando….- desabafa Grunewald. O solo que ficava submerso rachou lembrando paisagens do Nordeste Brasileiro. Dos 1,6 mil peixes que haviam no local, restam apenas as caveiras. –Eu salvei uns 800 e levei pra outro açude e o resto morreu- contou o funcionário.
Em virtude da escassez da falta de umidade a lavoura de milho teve quebra de 80% e os 300 bovinos perderam cerca de 20% do peso. Grunewald tenta se conformar. –É coisa da natureza- diz. Mas em 12 anos que mora em Descanso nunca tinha visto uma estiagem tão forte.
Os moradores dos municípios atingidos tentam se adaptar à falta de água, economizando, recebendo água em caminhão-pipa, buscando com litros de refrigerante ou emendando mangueiras em fontes de vizinhos. Eles aguardam a chuva do céu e à boa vontade das ações governamentais.
A Defesa Civil do Estado já liberou 54 kits para os municípios atingidos pela estiagem. Cada kit custou R$ 6,5 mil e é composto de duas caixas de água com cinco mil litros cada, bomba e mangueiras.
De acordo com o tenente-coronel Emerim, esse material serve para a captação e transporte de água. Já foram investidos R$ 350 mil do Fundo Estadual de Defesa Civil e outros kits devem ser adquiridos nos próximos dias. O Governo Federal deve repassar nos próximos dias mais R$ 3,1 milhões para ações emergenciais de abastecimento de água, como compra de água mineral e caixas de água. Outros R$ 10 milhões do Governo Federal serão investidos na perfuração de cerca de 300 poços artesianos.
O secretário de Agricultura do Estado, João Rodrigues, disse que foram disponibilizados R$ 10 milhões para bancar o juro de financiamento de cisternas e sistemas de distribuição de água. Esse valor pode subir para R$ 20 milhões, conforme a demanda. Além disso o Estado repassou pelo menos R$ 1,6 milhão para os municípios bancarem o transporte de água. Mesmo assim os valores estão sendo considerados insuficientes pelos municípios. A prefeitura de São Carlos, por exemplo, já gastou R$ 273 mil com o transporte de água e recebeu R$ 34,5 mil em recursos. O prefeito de Descanso, Sadi Bonamigo, disse que os R$ 40 mil repassados bancam apenas 13 dias de transporte. E o município está levando água para os produtores desde dezembro. –Precisamos de mais apoio- cobrou Bonamigo.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
Em virtude da redução no volume de água na bacia do Rio Uruguai as hidrelétricas de Machadinho e Itá estão operando em média com 33% da capacidade nos últimos 45 dias, segundo dados do gerente em exercício das duas usinas, Diego Collet.
Mesmo gerando menos energia o lago de Itá está 2,36 metros abaixo do nível máximo e, Machadinho, com 4,23 metros abaixo do nível máximo. No Lago de Itá é visível a borda de terra que apareceu no lago, provocada pela redução do reservatório. Próximo das torres da igreja da antiga cidade, que foi inundada, dá para ver parte das pedras que ficavam submersas.
Collet disse que é normal uma redução da geração nesse período. Ele explicou que não há risco de desabastecimento, pois a menor geração no Sul é compensada pela geração maior em outras regiões, já que o sistema nacional de distribuição de eletricidade é interligado.
>> Seara decreta calamidade e tem 70% do abastecimento feito com caminhões pipa
>> Blog do Puchalski: Estiagem no Oeste
Moradores correm atrás da água em Seara
Com a falta de água na cidade os moradores de Seara tem que buscar alternativas por conta própria. Moradores do bairro esperança recorrem a um poço no meio do mato. Outros vão buscar água nas torneiras de um poço na praça do Bairro Industrial. É o caso de Etelvino Junges, morador do bairro Garguetti. Ele estava sem receber água pela rede da Casan desde domingo. Com isso ele pegou litros de refrigerante, tambores e outros vasilhames para buscar água na praça.
–Venho aqui quase todos os dias- explicou.
Na sua casa moram seis pessoas e o consumo é grande. Por isso a família tem que administrar o volume que junta na caixa de água, com o que é buscado em outros locais. –Temos que economizar bastante- disse o auxiliar de produção, que trabalha numa agroindústria da cidade.
Sidiane Fátima, que trabalha na mesma agroindústria, é moradora nova na cidade e descobriu o poço da praça há dois dias. Desde então frequentemente vai buscar água com os litros de refrigerante para ter o que beber. Antes seus pais traziam água do interior do município. Para tomar banho, ela está utilizando a água de um poço que é imprópria para o consumo.
–Não sei se daria para usar, mas não temos outra- explicou.
93 Municípios em situação de emergência
Os últimos decretos foram de Ipumirim, Iomerê, Jaborá e Piratuba. Concórdia também decretou, porém a documentação ainda não foi recebida pela Defesa Civil do Estado.
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista
Anchieta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Concórdia*
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iomerê
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Ipumirim
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jaborá
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Piratuba
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Presidente Castelo Branco
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tigrinhos
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 15de fevereiro de 2012, pela Defesa Civil.
*A Defesa Civil do Estado ainda não recebeu a documentação do município.
Comente aquiJuliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Concórdia, no Meio-Oeste, decreta situação de emergência. O anúncio foi feito pelo prefeito João Girardi, na tarde desta segunda-feira. Girardi esteve reunido com membros da Defesa Civil, Secretaria Municipal de Agricultura, representantes da Epagri e Corpo de Bombeiros.
– Essa é uma medida de prevenção – disse o prefeito. O Corpo de Bombeiros e a Secretaria Municipal de Agricultura estão recebendo pedidos para entrega de água na cidade e interior .
Segundo o secretário Antonio Colussi, trata-se de uma situação que ainda não é tão visível. – Ocorreram chuvas, mas não o suficiente para manter os mananciais de água – disse. Ele informou ainda que as perdas na agricultura giram entorno de 25 a 30% na produção de grãos.
Além da perda na produção de grãos, a produção leiteira, de frutas e hortaliças também está prejudicada. – Os prejuízos podem aumentar ainda mais caso não chova nos próximos – disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, e representante da Defesa Civil, Glaucemir Grendene.
O decreto deve ser encaminhado ainda nesta semana, antes vão ser realizados os levantamentos e comprovações exigidas para o envio da documentação para a Defesa Civil.
Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
O município encaminhou, via Correios, na tarde desta quinta-feira, dia 9, para a Defesa Civil do Estado a documentação necessária para o decreto de Situação de Emergência. Com isso são 87 cidades nessa situação devido a estiagem. Segundo o prefeito Sergio Luiz Schmitz o decreto não foi encaminhado antes porque esperavam que a chuva resolvesse a situação. – Como estava dando algumas chuvas protelamos o envio do decreto, mas a chuva veio fraca e não resolveu – disse.
A situação de emergência foi determinada tendo vista que a estiagem vem prejudicando o fornecimento e abastecimento de água principalmente para os rebanhos de bovinos, suínos e aves.
>> Formosa do Sul sofre com a falta de água
Segundo informações da gerência de agricultura do município os prejuízos variam de 20% a 40% e, se não chover nos próximos dias, esse número pode aumentar. As perdas na produção de grãos chega a 35%, na fruticultura a 20%, a 30% na produção de leite e 40% na outras lavouras.
Essa é a nona cidade da região do Alto Uruguai a decretar situação de emergência. Seara, Paial, Arvoredo, Xavantina, Lindóia do Sul, Irani, Itá e Peritiba, já haviam encaminhado decreto para a Defesa Civil.
Até o começo da tarde a Defesa Civil do Estado não havia recebido a documentação de Alto Bela Vista.
87 Municípios em situação de emergência
Alto Bela Vista encaminhou nesta sexta-feira, dia 10, documentação para o decreto de Situação de Emergência para a Defesa Civil do Estado.
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Alto Bela Vista*
Anchieta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Chapecó
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Irani
Itá
Itapiranga
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro Verde
Paial
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Peritiba
Pinhalzinho
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tigrinhos
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada em 10 de fevereiro de 2012, pela Defesa Civil.
*A Defesa Civil do Estado ainda não recebeu a documentação do município.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
As pancadas de chuva que atingiram o Oeste entre o final da tarde de terça-feira e a manhã de quarta-feira ocorreram de forma irregular e serviram apenas para amenizar a situação nas lavouras, sem interromper a estiagem.
-Isso ajuda as pastagens mas não resolve o problema da água- avaliou o gerente regional da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) em São Miguel do Oeste, João Carlos Biasibetti.
Quem também está feliz são os agricultores que semearam a segunda safra de milho, pois a umidade já ajuda na germinação.
No entanto Biasibetti avaliou que a chuva não foi uniforme. Em São Miguel do Oeste foram registrados 15,2 milímetros na estação da Epagri e cerca de 30 milímetros no centro da cidade. No entanto em regiões do interior de São José do Cedro e Guarujá do Sul a chuva foi menor do que a registrada em São Miguel do Oeste.
Em Chapecó foram apenas quatro milímetros segundo o observador meteorológico Roque Sulzbacher.
–Só molhou a poeira- lamentou. No acumulado do mês são 86,2 milímetros, para uma média de 184 milímetros. Desde novembro vem chovendo abaixo da média na região.
>> 85 municípios em Situação de Emergência em SC.
Comente aquiA estiagem que iniciou em novembro do ano passado está trazendo grandes prejuízos para a agricultura na região Oeste e Extremo-Oeste. Em Santa Helena as perdas na cultura do milho chegam à 70%. No fumo é próximo de 30% e na produção de leite, as perdas chegam a 50%.
- Decretamos situação de emergência em todo o território santa-helenense objetivando facilitar a liberação de recursos para atender essas famílias mais atingidas com a estiagem – disse o prefeito Wilso Pedro Oro.
Com esse decreto, chega a 81, o número de municípios em Situação de Emergência, de acordo com a última lista divulgada pela Defesa Civil de SC.
81 Municípios em situação de emergência
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Anchieta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Chapecó
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Itá
Itapiranga
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro Verde
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Pinhalzinho
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Santa Helena
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tigrinhos
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada às 13h, do dia 17 de janeiro de 2012, pela Defesa Civil.
Darci Debona | darci.debona@diario.com.br
O Governo do Estado vai divulgar um pacote de R$ 10,2 milhões em ações de combate à estiagem na próxima segunda-feira, quando o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, estará em Chapecó. O ato deve ocorrer às 10 horas, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes. –Serão recursos para a construção de cisternas, irrigação e açudes- adiantou o secretário de Agricultura, João Rodrigues.
Os R$ 10 milhões deverão ser utilizados para o pagamento dos juros de empréstimos que os agricultores poderão tomar no banco.
O secretário adjunto de Agricultura, Airton Spies, informou que mais R$ 1 milhão devem ser destinados para a aquisição de equipamentos de transportes de água, que são os distribuidores de dejetos que são adaptados para o transporte de água. Cada distribuidor custa R$ 13 mil e transporta seis mil litros.
Outros R$ 250 mil devem ser distribuídos aos municípios que decretaram emergência na última semana e que não foram beneficados pelos 1,3 milhão liberados na semana passada, de acordo com o número de propriedades rurais de cada município. Esse dinheiro pode ser aplicado em serviços como transporte de água e silagem. Ontem o número de decretos de emergência subiu para 80.
O Governo Federal anunciou R$ 10 milhões do Ministério da Integração Nacional para Santa Catarina, que devem ser utilizados na perfuração de 333 poços artesianos, nos municípios em situação de emergência.
–Vamos perfurar quatro a cinco poços por município- explicou Spies.
Santa Catarina tinha solicitado R$ 80 milhões em recursos para obras como a construção de 24,6 mil cisternas, 13,2 mil açudes particulares e mil açudes comunitários de médio grande porte. Mas esse dinheiro não foi liberado. Segundo Spies, esses números foram feitos numa estimativa baseada em cima de um estudo da Defesa Civil que apontou 132 municípios como os mais atingidos por estiagens. A idéia era liberar 200 cisternas, 100 açudes e oito reservatórios comunitários por município.
O ministro da Agricultura também deve anunciar uma linha de crédito do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para sistemas de captação de água, com juros de 6,75% ao ano. As dívidas dos produtores também devem ser prorrogadas.
Para o coordenador da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Santa Catarina, Alexandre Bergamin, a ação dos governos estadual e federal foi ágil e isso foi positivo. No entanto ele considera que os recursos são insuficientes diante do volume das perdas, que já atingem R$ 470 milhões. –O que foi anunciado não dá 2% das perdas- calculou Bergamin. Os recursos do Governo do Estado até ontem somam pouco mais de R$ 10 mil por município e, do governo do Estado, pouco mais de R$ 100 mil, segundo Bergamin. Ele afirmou que agora o momento do governo lançar linhas específicas que garantam a renda do produtor e o plantio da safrinha. –Tem que vir dinheiro que chegue no agricultor- disse.
80 Municípios em situação de emergência
Itá e Xavantina foram os dois últimos municípios a decretar.
Abelardo Luz
Águas de Chapecó
Águas Frias
Anchieta
Arvoredo
Bandeirante
Barra Bonita
Belmonte
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Caibi
Campo Erê
Caxambu do Sul
Chapecó
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Cunhataí
Cunha Porã
Descanso
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Faxinal dos Guedes
Formosa do Sul
Flor do Sertão
Galvão
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Iporã do Oeste
Ipuaçu
Iraceminha
Irati
Itá
Itapiranga
Jardinópolis
Jupiá
Lajeado Grande
Lindóia do Sul
Maravilha
Marema
Modelo
Mondaí
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Novo Horizonte
Ouro Verde
Palma Sola
Palmitos
Paraíso
Passos Maia
Pinhalzinho
Planalto Alegre
Ponte Serrada
Princesa
Quilombo
Riqueza
Romelândia
Saltinho
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Carlos
São Domingos
São João do Oeste
São José do Cedro
São Lourenço do Oeste
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Seara
Serra Alta
Sul Brasil
Tigrinhos
Tunápolis
União do Oeste
Vargeão
Xanxerê
Xavantina
Xaxim
Lista atualizada às 17h40, do dia 13 de janeiro de 2012, pela Defesa Civil.
[Atualizado 15h22]
O boletim divulgado pela Defesa Civil de Santa Catarina às 15h desta sexta-feira mostra que 78 municípios estão em situação de emergência por causa da estiagem no Oeste e Extremo-Oeste.
Os últimos municípios a decretar foram Cordilheira Alta, Mondaí e São João do Oeste.
Chega a 78 as cidades em emergência:
Visualizar Cidades em situação de emergência em um mapa maior