Juliano Zanotelli | juliano.zanotelli@rbsonline.com.br
Um homem de 22 anos foi preso em flagrante por tráfico de drogas na tarde da quarta-feira em São Miguel do Oeste. No veículo conduzido por ele a Polícia Militar encontrou 272,5 quilos de maconha. Os 283 tijolos estavam escondidos no porta-malas e no banco traseiro. Ele está preso na Unidade Prisional Avançada da cidade.
A prisão aconteceu por volta das 13h15 na Avenida Willy Barth, no centro da cidade. Os policiais desconfiaram da atitude do Vectra, placas de Joinville, e realizaram a abordagem. Na vistoria encontraram diversos objetos embalados em papel no formato de “tijolos” no banco traseiro. A maior quantia da droga estava no porta-malas.
De acordo com a PM a droga teria sido comprada em Foz do Iguaçu/PR e teria como destino Caçapava do Sul no Rio Grande do Sul.
A droga foi entregue para a Polícia Civil, passou por perícia na cidade e uma mostra foi encaminhada para o Instituto Geral de Perícias em Florianópolis. A polícia aguarda agora uma decisão judicial para fazer a incineração da droga.
Na noite de terça-feira, a Polícia Militar prendeu cinco suspeitos de tráfico de drogas, em Concórdia. Eles portavam 70 gramas de crack e uma pedra de 20 gramas com coloração verde.
O grupo trazia a droga de Erechim (RS) e revendia em Concórdia. Os suspeitos estavam num carro e foram surpreendidos no trevo de acesso à cidade catarinense. Pela primeira vez, a polícia encontrou o entorpecente na região.
Segundo a Polícia Civil gaúcha, a hipótese de o material ter sido produzido em Erechim seria pouco provável, pois não há conhecimento de laboratórios de refino de óxi ou crack no interior do RS. Por isso, a droga provavelmente tenha origem no Paraguai ou em São Paulo, onde é comum.
Tom verde seria corante
Embora a pedra apreendida em Concórdia tenha apresentado menor quantidade de cocaína do que o crack, o diretor do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico do RS (Denarc), Heliomar Franco, diz que em geral o tom esverdeado da droga seria apenas resultado do uso de um corante e não da mistura de uma substância capaz de potencializar os efeitos do entorpecente. O corante também poderia ser misturado ao óxi, mas conforme Franco é incomum.
O corante seria usado por traficantes para atrair os usuários. Assim, argumentam que o hulk seria ainda mais potente do que o crack e o óxi. Para o Denarc, isso não passa de uma estratégia dos bandidos. O objetivo seria induzir os usuários a experimentar “a novidade”.
DIÁRIO CATARINENSE E ZERO HORA
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