DA COLUNA COTIDIANO Ambulantes, flanelas, filas duplas, perturbação do sossego, problemas crônicos de uma cidade. E ainda tem as calçadas precárias e a falta de bicos de luz nos postes. Até parecem problemas de estimação, pela falta de jeito que demonstramos no trato desses assuntos, cultivados com esmero pela negligência ou, para dizer o mínimo, pela falta de ânimo com que são enfrentados. “Ah, deixa lá, sempre estarão aí os ambulantes, os nossos flanelas, fila dupla é problema de cidade grande, perturbação do sossego, deixa que se entendam…” E outro problema de indignar o mais pacato dos cidadãos: queixar-se, só com o bispo. Você tenta acionar os telefones de emergência e, no geral, bate cabeça. “Não tem viatura”, “não é com a gente”, “não tem como.” Haja paciência. Então não queremos mesmo resolver nossos problemas que estão aí todo dia. São nossos problemas íntimos, já familiares, ora, então deixa eles aí. O problema é que esses problemas íntimos se traduzem em desrespeito. E desrespeito ninguém merece. O centro da cidade quase sempre está cheio de ambulantes irregulares. Um problema delicado, pois tem desdobramentos sociais. Claro que não é simples resolver, baixar a fiscalização e pronto. Eles vão voltar, mas precisa haver uma forma de enfrentamento pensada, planejada. Com os flanelas, a mesma coisa. Esses, de tão à vontade que se sentem, emitem até recibo. Filas duplas e perturbação do sossego são problemas decorrentes da falta de educação, combinada com falta de fiscalização. Onde a infração é escrachada, quase um deboche, a fiscalização precisa pegar para valer. Tem gente que fica ruborizada quando se fala assim, “fiscalização pegar para valer”. Parece que se está cometendo um crime, fiscalizar e autuar, mas é isso mesmo. E quando há espaço para o bom senso, quando a situação é discutível, então que se pondere, mas que se solucione o problema pontualmente. O que não pode é a fiscalização negligenciar, o serviço de atendimento ao cidadão empurrar com a barriga, como é habitual, tristemente. Nossos problemas de estimação deveriam merecer tratamento de choque, diferenciados, bem pensados, mas são tratados com uma negligência alarmante, como se estivéssemos condenados a eles. E, é lógico, não estamos. Falta ânimo no serviço público, justo na hora de defender o cidadão.
Postado por Ciro Fabres, Caxias do Sul
isso sem falar nos malandros de carros de som azuretando os normais desta cidade,Agradeço ao proprietario duma saveiro vermelha por acordar-me DIARIAMENTE as 7 da manha com seu som de “bom gosto” estremecendo os vidros da minha casa na rua 13 de maio…..ah, minha filha de 10 anos tambem agradece.
Ao invés da prefeitura gastar tanto dinheiro público com o corte de árvores e eventos que estão atrasando a cidade tipo os rodeios(que um dia a justiça há de dar fim) porque não constrói escolas para educação das pessoas? Não só das crianças mas para os adultos e velhos que acham que as arvores não tem função ecológica. Se o futuro está na mão da educação,não deveriam dar o exemplo ao invés de patrocinarem com nosso dinheiro tanta barbaridade? Fora o barulho e a sujeira que fazem nos pavilhões.