Um dos peixes nobres de água doce, primo do salmão, a truta inspira pequenos restaurantes que se especializaram no preparo do pescado – e almoçar nestes locais é um belo programa em família no fim de semana.
Na região, duas casas especializadas se destacam: a Truticultura Bertoldi, de Gaspar, e o Vale das Trutas, de Rodeio – citadas nas publicações Veja SC – Comer & Beber e Guia 4 Rodas, respectivamente. Ambas têm uma história parecida: são mantidas por famílias, que começaram a cozinhar despretensiosamente e acertaram no tempero. A fartura, o preparo caseiro e o ambiente rústico são os pontos fortes.
Vale das Trutas
O Vale das Trutas começou em 1996 com uma pequena criação de peixes e uma mãe de família com talento para a cozinha. A criação precisou expandir e a gastronomia também. Hoje, em uma casa rústica a quatro quilômetros do centro de Rodeio, o local oferece a sequência de truta: tem o peixe grelhado, com cinco opções de molho (entre eles, alecrim e castanha com manteiga); truta frita na farinha e ao forno com molho de vinho branco e creme, além dos acompanhamentos.

Serviço
– Aberto de terça-feira a sábado, para almoço e jantar. Aos domingos, abre só ao meio-dia (nas terças à noite, a casa serve excepcionalmente a sequência de tilápia). É importante reservar
– A sequência de truta custa R$ 38 por pessoa; a de tilápia, R$ 25
– Rua Tifa Paes, 1092, Bairro São Pedro Velho, Rodeio. Fone: 3384-0803
– valedastrutas.com
Truticultura Bertoldi
O plano, em 1996, era abrir só um pesque-pague, mas o sucesso do quiosque que preparava truta deu origem a um restaurante em 2002. A truticultura fica no Alto Gasparinho, a ida já é um belo passeio. Durante a semana, também serve o cardápio em forma de sequência: tem truta defumada, frita em posta e em filés com molhos diversos (como agridoce de abacaxi e de amêndoas). Aos fins de semana, funciona como bufê.

Serviço
– Aberto de terça a domingo, para almoço. À noite, abre sob reserva para no mínimo 20 pessoas
– De terça a sexta-feira, serve-se sequência, a R$ 20 por pessoa. Sábados, domingos e feriados é bufê, por R$ 25
– Rua José Rampelotti, 2500, Alto Gasparinho, Gaspar. Fone: 3318-0680
– www.truticulturabertoldi.com.br
Publicado na coluna Dedo de Moça desta sexta.
O The Basement Pub, de Blumenau, promove nesta terça-feira uma noite gastronômica temática, dedicada à cozinha tailandesa, por R$ 49 por pessoa.
O jantar terá um menu degustação de duas entradas, dois pratos principais e sobremesa. Entre os pratos, estão vegetais agridoce com gergelim e pad thai. Reservas e cardápio completo aqui.
Confira a programação de cursos e eventos de gastronomia na região para os próximos dias:
AUXILIAR DE COZINHA – curso de capacitação, com temas como a organização da cozinha e a manipulação de alimentos. O curso é gratuito e faz parte do Pronatec, uma iniciativa federal. A partir de 16 de abril, com aulas de segunda a sexta, das 14h às 17h30min. No Senac Bistrô, Alameda Rio Branco, 165, Blumenau. Informações: 3222-0005.
COZINHA PORTUGUESA – curso do programa Cozinha Dona Helena. É necessário ter o cartão Clube Angeloni e doar 1kg de arroz para participar. Dia 19 de abril, às 19h. No Angeloni, Rua Humberto de Campos, 77, Velha, Blumenau. Informações: 3329-1515.
CONFRARIA DO VINHO FRANCÊS – encontros mensais, liderados pelo professor de degustação Ronan Kerrest. A primeira reunião terá Philippe Biau, vinicultor francês, como convidado. A partir de 19 de abril, às 19h30min. A anuidade custa R$ 80 e R$ 50 (para alunos da Aliança Francesa) e os encontros custarão, em média, R$ 60. Na Aliança Francesa, Alameda Rio Branco, 520, Centro, Blumenau. Informações: admim.blum@aliancafrancesabrasil.com.br.
… eu te direis que café tomas.
Água, pó e, às vezes, filtro. A receita para fazer café pode parecer a mesma, mas os instrumentos de preparo fazem toda a diferença. Cafeteiras diversas resultam em cafésdiferentes também — e descobrir qual o seu preferido pode ser um ótimo exercício.
Aproveitando o Dia Internacional do Café, celebrado neste sábado, o barista Orlando Franccelino Jr. nos ajudou a responder quais são as características essenciais de quatro cafeteiras. Franccelino é barista consultor da Frühstück Cafeteria, recém-inaugurada no Bremen Zenter, em Blumenau, com quase 30 cafés no cardápio.

Moka
O processo da cafeteira italiana parece mágica: a jarrinha de alumínio é dividida em duas partes: leva água na inferior e o pó em um compartimento intermediário. Sobre a chama do fogão, a ebulição da água leva o café para a parte superior. A moka é indicada para quem gosta de café forte, semelhante ao espresso. Como não é possível ajustar a quantidade de pó, ele será sempre forte. O barista dá duas dicas essenciais: desligue a chama assim que começar a ebulição e coloque um dedinho de água na parte superior, para não deixar o café com sabor de queimado.

Cafeteira elétrica
Reproduz o clássico processo do café coado ou filtrado e faz uma bebida com menos corpo. Como o pó fica um bom tempo em contato com a água, resulta em uma bebida commais cafeína. Uma dica: se for passar o café da forma tradicional, não o faça com água fervente, o que prejudica as características do café.

Prensa francesa
Ainda pouco popular entre os brasileiros, a cafeteira francesa também não precisa de filtros descartáveis. Café e água são misturados na jarra e, em seguida, com um êmbolo de compressão, o pó é empurrado para o fundo. O resultado é uma bebida suave e sem resíduos, quando o processo é feito com precisão. O sabor fica semelhante ao do café coado.

Máquina de espresso
Os modelos domésticos estão cada vez mais acessíveis. O funcionamento da máquina resulta em uma bebida forte e encorpada, com amargor e acidez mais evidentes. Mas como a água fica apenas segundos em contato com o café, a bebida tem menos cafeína. O filtro fica na peça que encaixa na máquina, e, como o café é bem compactado, o ideal é o uso de um pó de moagem mais grossa, para a água encontrar espaço no pó.
* Publicado na coluna Dedo de Moça desta sexta.
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