Já esperava um protagonismo da arbitragem no Gre-Nal 411. Considerava quase impossível que Francisco Carlos do Nascimento tivesse condições para um bom desempenho técnico e, principalmente, para controlar disciplinarmente o clássico.
Houve dois momentos mais tensos no Gre-Nal, um em cada etapa. Se o árbitro tivesse tido uma decisão mais firme no 1º tempo, aplicando amarelos para William e Bolaños, provavelmente teria evitado a confusão do 2º.
A consequência do tumulto da etapa complementar gerou dois absurdos. O primeiro foi a atitude lamentável de Edílson. Por mais de uma oportunidade, o lateral tentou acertar Rodrigo Dourado. Na última, atingiu o volante com um soco no rosto. O vermelho de Edílson foi o fato mais indiscutível do Gre-Nal. O outro absurdo foi a expulsão injusta de Rodrigo Dourado, que ocorreu após muita conversa e muita demora. Edílson foi expulso aos 17 e Dourado recebeu vermelho aos 21 minutos.
Entendo que Vitinho também deveria ter sido expulso. No começo da confusão, após uma falta mal marcada em Valdívia, o zagueiro Kannemann se joga no gramado para agarrar a bola, que está no chão. O atacante colorado, na tentativa de arrancar a bola do defensor, acaba golpeando o argentino por trás. Todo o tumulto acontece depois disso.
Francisco Carlos do Nascimento nunca foi um grande árbitro. Sempre demonstrou dificuldades em jogos mais disputados e tensos. A falta de imposição e de convicção nas decisões do juiz dentro de campo era raridade até mesmo quando ele esteve no quadro da Fifa, posição que deixou de ocupar em 2014. O que aconteceu no empate em 0 x 0 no Gre-Nal 411, nesse domingo (23), na Arena, não foi novidade alguma.