Pesou o pragmatismo eleitoral e a figura quase messiânica do presidente Lula dentro do PT. Foi esse o saldo do encontro petista deste final de semana. Em nome da reeleição e do projeto nacional, a vontade de Lula é que prevalecerá. É ele quem manda. E com razão. Depois do escândalo do mensalão, o PT cada vez mais gira na órbita de Lula. A ordem é não restringir alianças. Pelo contrário, partidos mensalistas como PL, PP e PTB serão convidados para o palanque. Daí os recados ao catarinense José Fritsch e a Olívio Dutra. As duas candidaturas estão na contramão do Planalto ao restringir alianças. Olívio já havia dito que o governo Lula deveria ficar longe das más companhias. E agora escolheu o PC do B para compor a chapa. Levou um puxão de orelhas em público. Já Fritsch poderá ter o tapete puxado numa operação silenciosa engendrada pelo Planalto. Ao se lançar candidato, Fritsch contrariou a vontade de Lula de formar uma aliança com o PMDB em Santa Catarina. De qualquer forma, Lula não terá trabalho para enquadrar os chamados puristas do partido. Além da restrição das alianças, eles defendiam punições aos petistas que cometeram desvio ético e financeiro. Mas a roupa suja só será analisada depois das eleições. Se Lula se reeleger, é provável que seja escondida debaixo do tapete. Ninguém vai querer remexer na sujeira após uma vitória eleitoral.
Postado por Klécio Santos
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