A Guarda Popular foi punida com um jogo de suspensão pela Brigada Militar. Em reunião ocorrida na tarde dessa quinta-feira, a BM definiu que na partida deste sábado entre Inter e Santos, no Beira-Rio, seus integrantes não poderão acessar o estádio com bumbos e faixas – terão acesso às arquibancadas, mas sem instrumento algum. A punição ocorreu por causa da briga ocorrida entre alguns torcedores da Popular no último Gre-Nal, no Olímpico.
Pedro Affatato, primeiro vice-presidente do Inter e vice de finanças do clube, lançou oficialmente sua candidatura à presidência, na tarde dessa quarta-feira, no Hotel Blue Tree, que serve de concentração para o Inter. O primeiro vice-presidente de Affatato, do União Colorada, será Mário Sérgio Martins (na foto, ao lado de Affatato), do Ação Independente Colorada, na chapa de coalizão para a presidência. O cargo de segundo vice ainda está em aberto, uma vez que a tendência é colocar algum representante da oposição na função, a fim de aumentar o número de aliados com diferentes grupos. A Guarda Popular, torcida que apoia a chapa, também esteve presente.
No lançamento de sua candidatura, Affatato reiterou que convidou Fernando Carvalho para permanecer à frente do departamento de futebol. Ele considera importante a sequência do trabalho nessa frente. Carvalho ainda não deu uma resposta.
- Quero muito que ele permaneça à frente do futebol – afirmou o candidato.
Prestigiado por quase todos os vice-presidentes da atual gestão, como os de administração, de patrimônio, jurídico, do Parque Gigante, e da Feci, Affatato disse nesta tarde que caso o presidente Vitorio Piffero tentasse a reeleição, retiraria seu nome:
– Se o Vitorio fosse candidato abriria mão da minha candidatura em favor dele. Tentamos um acordo até o último momento, mas não houve interesse do movimento Inter Grande. Por isso, lançamos nossa chapa – disse Affatato.
Sobre a reforma do Beira-Rio, projeto que Affatato encabeça, relatou que é preciso seguir com o trabalho, pois há um Gre-Nal em andamento:
– Para nós o Inter está sempre em primeiro lugar. O momento é de integração, pois há um Gre-Nal para receber a Copa do Mundo. Não podemos perdê-lo. Precisamos aumentar a sustentabilidade e as receitas para manter um futebol vencedor.
Após a confirmação que a sucessão de Vitorio Piffero terá três candidatos, os movimentos políticos do Inter começam a definir as suas cartadas finais para a eleição de 8 de novembro no Conselho Deliberativo. Em meio às brigas da situação, o Convergência Colorada, o principal movimento de oposição do Inter, inovou e apresentou uma mulher como candidata a 2ª vice-presidente da chapa de Sandro Farias. Pós-doutorada em Educação, Berenice Corsetti (na foto acima, junto de Sandro Farias), 64 anos, é professora da Unisinos, e poderá transformar-se na primeira mulher a assumir um cargo tão alto na direção do clube.
Pedro Affatato será lançado nesta quarta-feira à presidência do Inter. A apresentação da candidatura ocorrerá às 15h, em um local emblemático para o clube: no hotel Blue Tree, da Avenida Lucas de Oliveira, a atual concentração do Inter. A chapa completa será apresentada na quinta-feira, pois os movimentos União Colorada (de Affatato) e Ação Independente Colorada (de Mário Sérgio Martins), ainda aguardam apoios de outros grupos para apresentar a nominata completa. Affatato aposta que seguirá ao segundo turno da eleição colorada somando mais de 100 votos no primeiro turno, no Conselho Deliberativo, na eleição de 8 de novembro.
Com o fracasso da última tentativa de acordo para que a situação saísse unida à sucessão de Vitorio Piffero no Inter, a eleição do dia 8 de novembro no Conselho Deliberativo terá três candidatos, dois deles situacionistas: Giovanni Luigi e Pedro Affatato mais Sandro Farias, de oposição. Nem mesmo o apelo pelo consenso, feito a Piffero por uma comitiva de influentes políticos gaúchos, liderados pelos deputados federais Ibsen Pinheiro e Beto Albuquerque, foi capaz de reconciliar os movimentos políticos do clube, com uma possível segunda reeleição de Piffero. Assim, com o racha configurado, o Inter partirá para a eleição às vésperas do Mundial. Depois da reunião no prédio do deputado estadual Frederico Antunes, que começou na noite de sábado e foi encerrada já na madrugada de domingo, e que contou com as presenças de Piffero e de Fernando Carvalho, os dois dirigentes tiveram uma segunda reunião. Horas depois, na manhã de domingo, na casa de Piffero, com as presenças de lideranças de Roberto Siegmann e de Luciano Davi, dois dos líderes do Inter Grande, e de Luís César Souto Moura, líder do Coração Colorado, o presidente do Inter confirmou que não cederia aos apelos para concorrer uma vez mais. _ Foi uma tentativa de boa-fé dos políticos, mas ela ocorreu tarde demais, uma vez que já se criou um clima de tensão entre os representantes dos movimentos que trabalham no dia a dia no clube. Seria muito bom para evitar o racha, mas o racha já existe e não há mais como abrigar todos sob o mesmo guarda-chuva _ disse Siegmann, assessor de futebol do clube e coordenador geral do Inter Grande. _ Piffero nos disse que só aceitaria concorrer se não tivéssemos candidato à presidência. E o Inter Grande já havia lançado Giovanni Luigi _ acrescentou o dirigente.Siegmann assegura que ainda resta uma chance de consenso na situação: basta que Pedro Affatato não lance a sua candidatura à presidência (a apresentação da chapa do União Colorada, de Affatato ocorrerá amanhã)._ O consenso não é impossível, desde que o União Colorada retire a candidatura. Assim, poderíamos construir uma chapa conjunta. Pedro Affatato seria um dos integrantes da comissão de obras, que terá o comando de Vitorio Piffero _ sugeriu Siegmann, que projeta mais de 150 votos para Luigi na eleição do Conselho (cuja cláusula de barreira é de 86 votos).Pedro Affatato mantém a sua candidatura. Lembra que, por uma tentativa de consenso, o União Colorada convidou Luigi e Carvalho a permanecerem no futebol, mas que o candidato do Inter Grande rejeitou a oferta. Affatato lamenta a falta de acordo entre a situação. Com o apoio de grande parte do movimento Ação Independente Colorada e, possivelmente, de alguns movimentos de oposição, ele confia que passará pela votação no Conselho. _ Sempre lutamos pela continuidade da gestão. O clube precisa ser gerido por várias cabeças, como foi nesses anos de conquistas, e não tornar-se o clube com um dono, como alguns querem fazer com o Inter _ afirmou Affatato, criticando a divisão na situação. Apesar do racha, alguns nomes deverão fazer parte das chapas das duas correntes que concorrerão para renovar as 150 cadeiras no Conselho. Affatato, Luigi e Siegmann, por exemplo, deverão estar entre os primeiros integrantes das listas, a fim de afastar o risco de algum deles perder a vaga de conselheiro.
Os bastidores da dupla Gre-Nal sob o olhar de Leandro Behs e Luís Henrique Benfica.