A euforia que sete vitórias em oito partidas havia gerado sofreu um leva abalo. Ao elogiar seu grupo de jogadores pelo empenho, Renato Portaluppi deu a entender que uma vaga na Libertadores talvez seja, neste momento, o objetivo mais próximo do Grêmio.
Ele não chegou, no entanto, ao extremo de seu colega Tite, para quem o Corinthians já está fora da disputa do título. Mas reconheeceu que a distância de nove pontos do Cruzeiro, o primeiro colocado, é fator de preocupação.
- O torcedor tem de parabenizar este grupo. Quando cheguei, disseram que era fraco e corria o risco de cair. Mas não temos um time excepcional, que se supera na vontade – avaliou o treinador.
Já para o executivo de futebol Rui Costa, o Grêmio segue como candidato ao título.
O que serve de consolo é que a próxima rodada poderá ser benéfica para o Grêmio. Líderes, Cruzeiro e Botafogo se enfrentam no Mineirão. Nestas condições, o empate entre os dois é considerado o melhor resultado.
O cansaço começa a preocupar. Tanto que Renato admitiu que possa fazer algumas trocas de jogadores de uma partida para outra, para evitar lesões musculares. Contra o Atlético-MG, por exemplo, Souza foi preservado, algo que já havia ocorrido com Alex Telles frente ao Náutico, em Recife.
Sobraram elogios do técnico ao time. Para Renato, “o Grêmio encheu os olhos do torcedor” e foi punido por desperdiçar uma oportunidade com Vargas pouco antes do gol do Atlético-MG.
- Não é fácil jogar contra uma equipe bem entrosada, com um bom treinador e um jogador que faz a diferença. Ronaldinho é um dos melhores do mundo – comentou Renato.
O técnico absolveu Vargas. Elogiou que ele tivesse se colocado à disposição para jogar, mesmo após uma longa viagem pela seleção chilena.
- Ele teve a chance do jogo, mas infelizmente não conseguiu fazer o gol. Não jogou tudo o que joga pela sua seleção, mas o fator do cansaço precisa ser levado em consideração – entende.