Zero Hora publica neste domingo entrevista com Renato Portaluppi, técnico do Grêmio. Entre outras revelações, ele conta que está ilhado no hotel em que mora, por não conseguir sair às ruas sem ser assediado pelos torcedores. Acompanhe o primeiro trecho da entrevista:
Zero Hora – Você está com dificuldade de procurar moradia?
Renato Portaluppi – Não consigo. Onde eu vou há um monte de pessoas querendo foto, autógrafo, querendo falar. Tentei ver três apartamentos; quando chegava ao prédio, juntava gente, quando descia, havia tumulto, uma multidão de gente me esperando. Então, desisti. Vou ficando no hotel.
ZH – Como ficavam sabendo da visita?
Renato – Sei lá, o corretor ou a corretora avisavam, o porteiro do prédio…
ZH – E como é a vida no hotel?
Renato _ Não tenho vida. Não consigo sair, não consigo descer, é difícil aparecer no restaurante do hotel. No almoço, na janta, ligo para o refeitório: só desço quando está vazio. Se preciso de algo, uso o pessoal do Grêmio, mando buscar. Antes, pedia ao Alexandre, o meu auxiliar, mas agora ele saiu do hotel… Se aparecer no saguão, ficar dois, três minutos no balcão, chega gente de fora, não sei de onde…Minha privacidade é zero.
ZH – Você está ilhado no apartamento?
Renato – Não tenho como sair. É uma suíte grande, tudo bem, mas não posso colocar o pé para fora. Nem jogo consigo ver no bar do hotel. Não consigo trocar três frases com o pessoal do hotel. Puxa, e eu gosto de privacidade. Queria poder sair, comer algo diferente e não tem jeito. Estou há um mês em Porto Alegre (neste domingo faz um mês) e ando do hotel ao Olímpico, do Olímpico ao hotel.
ZH – A Maristela já veio a Porto Alegre?
Renato – Sim. Ficou uma semana presa comigo no hotel. Não fomos nem na casa da zona Sul, a minha mãe (Dona Maria, morta este ano, com 86 anos) morava lá. Só o Mauro e o Flávio ficaram lá. Meus irmãos, não falei com eles ainda. Deixo os convites para os jogos aqui e eles pegam.