Por Ricardo Stefanelli – diretor de Redação
Às 5h desta segunda-feira, no primeiro cantar do galo, parte aquela que deve ser a maior jornada de Zero Hora em 2011. Na Parati 124, com o logotipo do jornal nas laterais, os repórteres Carlos Wagner e Mauro Vieira, conduzidos por Jesus (o motorista Everton de Jesus), começam a percorrer o Brasil em direção aos gaúchos espalhados pelo país. A Expedição Brasil de Bombachas volta aos lugares percorridos há 16 anos, quando o mesmo Wagner produziu uma reportagem épica, multipremiada e tema de um livro.
Às 5h desta segunda-feira, no primeiro cantar do galo, parte aquela que deve ser a maior jornada de Zero Hora em 2011. Na Parati 124, com o logotipo do jornal nas laterais, os repórteres Carlos Wagner e Mauro Vieira, conduzidos por Jesus (o motorista Everton de Jesus), começam a percorrer o Brasil em direção aos gaúchos espalhados pelo país. A Expedição Brasil de Bombachas volta aos lugares percorridos há 16 anos, quando o mesmo Wagner produziu uma reportagem épica, multipremiada e tema de um livro.
Década e meia depois, as diferenças colossais entre uma viagem e outra revelam, também, as transformações descomunais pelas quais o país passou no período. Em janeiro de 1995, Wagner, o fotógrafo Ronaldo Bernardi e o motorista Dorli “Faísca” Fagundes deixaram Porto Alegre com blocos para anotações, canetas, gravador com fitas e dezenas de filmes para fotografia. Nesta segunda-feira, a troupe parte com celulares (que na época eram enormes, muito caros e raros), notebooks, gravador digital, câmera fotográfica digital e uma câmera de vídeo HD.
Tudo para conseguir transmitir conteúdo com instantaneidade para a Redação, de onde quer que esteja a equipe.
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Em 1995, Wagner saiu em viagem para, somente na volta, dois meses depois, publicar uma série de reportagens. Amanhã, mesmo a partir das 5h, os relatos da viagem começam a invadir o Twitter, o Facebook e o site zerohora.com. Enquanto a camioneta desbravar o país, o leitor poderá acompanhar a rota e a aventura, como se fosse um BBB na estrada.
Na volta, é claro, Wagner e Mauro vão produzir matérias especiais para o jornal impresso, para o Canal Rural e para a Rádio Rural e, mais tarde, ainda reunir tudo em exposição fotográfica e livro. Enquanto estiverem na estrada, a gauchada – moradora do Rio Grande ou onde quer que esteja hoje aquerenciada – terá uma comunidade na internet para conversar.
Na primeira excursão, ZH narrou a saga dos homens e mulheres que desafiaram o destino traçado de miséria para seus filhos e apostaram o pouco que tinham num sonho. Deixaram o Estado para construir vida nova, constituir famílias e erguer, como símbolo de sobrevivência, Centros de Tradição Gaúcha (CTGs).
Nos próximos 30 dias, e graças de novo à parceria entre ZH e a New Holland, vamos contar a história dos descendentes daqueles pioneiros, mostrar o legado de sua ousadia. Pretendemos andar nos caminhos abertos pelos expatriados. Hoje, pelos rincões povoados por gaúchos há comunidades prósperas, como é caso de Lucas do Rio Verde (MT), um acampamento de sem-terra nos anos 70, um prenúncio de cidade nos anos 90 e um próspero centro urbano e rural dos anos 2000.
Wagner, Mauro e Jesus sonham em deparar com uma receptividade semelhante à da primeira excursão, quando a imensidão de convites para churrascos e rodas de chimarrão quase impediu o final da expedição na data aprazada. Era difícil encerrar a entrevista diante do entusiasmo da gauchada, e os exemplares de Zero Hora, no bagageiro do carro, tiveram de ser canibalizados para atender aos anseios de quem precisava folhear um amigo, na época, distante e saudoso.
Mesmo que a internet e a tecnologia tenham reduzido a distância e a saudade entre os exilados e Zero Hora, a aventura jornalística que se inicia neste 10 de janeiro será, de novo, uma forma de unir todos num mesmo galpão chamado Brasil de Bombachas.