A Redação de Zero Hora parou hoje à tarde para festejar a conquista de dois prêmios Esso de Reportagem conquistados este ano. O momento foi também de reflexão sobre jornalismo de qualidade.
A diretora Marta Gleich destacou os quatro profissionais envolvidos nos trabalhos O Filho da Rua (vencedor do Esso Nacional) e Meninos Condenados (Esso Regional Sul) observando o trabalho de toda a Redação na busca pela reportagem.

O Diretor Geral de Jornais do RS Marcelo Rech valorizou o talento do repórter que tem um olhar novo sobre aquilo que a sociedade já conhece:
— Não fazemos matérias para ganhar prêmios. Eles são consequência de um trabalho diferenciado e relevante. O talento somado à reportagem é insubstituível. O repórter precisa manter a inquietação, a arte de fazer perguntas e concluir sobre os fatos apurados.
Letícia Duarte, autora de Filho da Rua, falou emocionada sobre o que ficou da reportagem premiada:
— Uma lição importante é que qualquer história pode ser uma grande história. E esta mostrou que, apesar de parecer comum, foi relevante. O trabalho mostrou que ainda vale a pena investir em reportagem.
O fotojornalista Jeferson Botega, autor das fotos de Filho da Rua, disse que imagens não mudam o mundo, mas as pessoas sim, elas fazem a diferença.
— Fazer parte deste projeto foi sensacional — revelou.
Jeferson e Letícia posaram para Ronaldo Bernardi na Redação
Adriana Irion, vencedora do Esso Regional de Reportagem por Meninos Condenados, recebeu a homenagem dos colegas lembrando os 10 anos de pesquisa e as angústias da publicação de um trabalho que envolveu 162 jovens internos na ex-Febem.
— O que vale é que a gente não desistiu. Até fazer ela nascer, tive grandes companheiros que me ajudaram nisso, como Carlos Etchichury. O cuidado pela precisão das informações me fez chorar muitas vezes, mas valeu sobretudo pelas mudanças que ocorreram na instituição depois da publicação da matéria — disse a repórter, citando o colega e também premiado José Luís Costa, como fundamental na realização da reportagem.
— Entrei só para ajudar. Adriana estava grávida e não podia subir morro em busca de todas as fontes. Marcelo Ermel, na edição, e o mestre Carlos Wagner também foram fundamentais — lembrou o repórter.
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