O repórter e colunista de Segurança de ZH Humberto Trezzi e o fotojornalista Fernando Gomes completam nesta terça-feira uma semana de trabalho no Rio. A dupla, experiente na área, seguiu viagem quando o governo federal anunciou o uso do Exército para ocupar o Complexo da Maré, conjunto de 16 favelas situado em área estratégica, próximo ao Aeroporto Internacional Tom Jobim e às três vias mais importantes da Cidade Maravilhosa.
“Acompanhamos patrulhas da PM e da Polícia Civil nas favelas da Maré, diariamente. Usamos coletes à prova de bala. Pode parecer exagero, mas não é. Dois colegas da Band foram atingidos por tiros de fuzil no Rio, fazendo cobertura desse tipo. Um morreu, a outra se afastou das ruas, traumatizada.
No domingo, publicamos uma reportagem especial sobre a situação atual das UPPs. Para tanto, percorremos as três principais UPPs, inclusive à noite. Constatamos que o tráfico continua, só que sem armas à mostra. E vimos também que há pesados investimentos sociais junto às UPPs. Para acompanhar os policiais, foram úteis noções recebidas em cursos de deslocamento em área de risco, que eu fiz. E o conhecimento que o Fernando Gomes tem do Rio, cidade onde ele residiu nos Anos 80.
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Trezzi complementa:
— Da Maré saíram muitos dos bandidos que realizaram sete ataques este ano às UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), postos comunitários da PM que representam o resgate da função policial original, defender os moradores e entrosar-se com eles. Os bandidos detestam as UPPs porque elas atrapalham o negócio do tráfico.
Veja alguns vídeos da cobertura: