Faraco

René Simões
Na entrevista que concedeu ao repórter Fabiano Linhares, da CBN Diário, o técnico René Simões deixou claro o convite recebido do Avaí e as funções que iria exercer. O Leão está tentando trazer um profissional pra ser uma espécie de organizador da casa. Além de técnico, René seria um coordenador de tudo relacionado ao futebol. É uma ótima escolha! Se ele vier, o Avaí vai ter em 2013 um profissional com uma experiência fantástica e com um respeito enorme no mundo do futebol. Se der certo, valeu o atraso.

Choque ético
Mas há um problema nisso tudo. O Avaí não está sendo correto com dois profissionais que ainda têm vínculo com o clube: o gerente Marcelinho Paulista e o técnico Argel. Os dois apostam as fichas que seguem para o ano que vem e já ouviram isso internamente. Se René acertar, os dois estão fora.
Não é correto deixar profissionais “na manga”. Se não quer mais contar com eles e está no mercado, que sejam liberados e tenham as rescisões encaminhadas. Mas, como a tão esperada entrevista do presidente com as definições tem sido sistematicamente adiada, tudo ainda pode acontecer. Vai que Zunino diz na semana que vem que estamos todos errados e não é nada disso!

Leandro Niehues
Parece que começa hoje o trabalho de Leandro Niehues no Figueirense. Não é que não estivesse trabalhando _ muito pelo contrário, está trabalhando por ele e assumindo broncas que não são dele _, mas acredito que hoje ele começa a imprimir a sua marca dentro do Figueirense. É de se esperar que deixe clara, na entrevista que concederá, a linha de conduta nesta remontagem de grupo de jogadores.
Acredito que o Figueirense trouxe dois grandes profissionais. Um deles é Adilson Batista e o outro é Niehues. Mas até agora o que o coordenador fez foi apagar incêndios, e até se expor um pouco em situações que não eram suas, como a conversa sobre o rebaixamento consumado depois do jogo contra o Sport.

A nota de cobrança
O Avaí foi pro tudo ou nada ao publicar e espalhar a nota oficial contra o Flamengo e a falta de pagamento pelas negociações com Renato Santos e Cleber Santana. Ganhou uma parte do que queria, que era a exposição e um posicionamento público do próprio Rubro-Negro. Mas o principal ainda está distante, que é o dinheiro em conta. O clube carioca disse que a dívida existe e que não tem como pagar agora. E agora? Bom, é esperar mais ainda. A nota não resolveu o problema e ainda expôs o clube com seus problemas administrativo-financeiros.

A renovação de Comelli
Quanto mais o tempo passa, mais fico na dúvida com relação à permanência do técnico do Criciúma. Já publiquei aqui esta semana que a renovação estava encaminhada para ser acertada na quarta-feira, o que não se efetivou.

Crise política nos bastidores

Conversei esta semana com uma fonte nacional que tem muito trânsito na CBF e tive um relato de uma crise interna política que não era só da política do futebol. Há, neste momento, uma influência forte da política nacional nos caminhos do futebol brasileiro e isto está também determinando rumos dentro da Confederação.

Uma discussão que envolveu o que estava estabelecido anteriormente e que toma respingos da gestão do governo federal para a organização da Copa do Mundo no Brasil. É só lembrar que em pouco tempo houve troca do ministro dos esportes, do presidente da CBF e agora do diretor de Seleções e do próprio treinador do time nacional. O caminho está mudando e as trocas estão sendo feitas por completo.

Explicação sobre Botti

Recebi uma explicação sobre as declarações dadas a Fernandes sobre Botti estar a frente dele na lista de escolhas para o ano que vem. Como informei aqui ontem, Botti também foi chamado para rescindir contrato. A explicação que recebi veio de dentro do Figueirense e garante que Fernandes entendeu errado. Segundo a fonte que me explicou, Botti estava na lista de jogadores a serem observados nestes jogos finais.

A direção de futebol do Figueirense queria observar Botti, Deretti, Bruno Nazário e até Talhetti. O que não queria dizer que fosse ficar para o ano que vem. Feito o registro!

Bruno

Júlio Rondinelli, o homem que nunca aparece no Avaí, mas que trabalha muito nos bastidores, foi o responsável por contornar a situação, salvar o dinheiro do Avaí e do próprio atleta. Rondinelli convenceu o atleta que o melhor caminho era acertar um novo contrato em que todas as partes ganhariam com uma possível saída e o próprio atleta não se “queimaria” no mercado.

O detalhe da informação é que o jogador estava com tudo muito bem encaminhado para uma sentença favorável na Justiça do Trabalho e uma rescisão unilateral.

Wilson e Fernandes

Os dois atletas confirmaram na entrevista muitas questões que têm sido discutidas de forma habitual por diversos setores da imprensa, e que muitas vezes são desmentidas nas declarações oficiais que vêm do clube. Questões de vestiário, financeiras e a forma como os dois foram tratados neste desligamento.

O que mais pegou, e que foi alvo de críticas, foi a forma como a saída da dupla foi conduzida. O Figueirense tem todo o direito de escolher com quais atletas vai contar ou deixar de contar. Permanecer ou não com Wilson e Fernandes é questão de avaliação e opinião, e, neste caso, cada um tem a sua. Eu permaneceria com os dois; a direção escolheu liberá-los. Mas deveria ter feito de uma forma muito mais elegante e correta, pois não são dois atletas que tiveram qualquer história aventureira no Figueirense. Wilson e Fernandes são ídolos da torcida, são diferentes dos outros. E os diferentes você trata de forma diferente também.

Botti chamado pra rescindir

O meia Botti, citado como argumento na conversa com Fernandes na semana passada como uma das preferências para a posição, foi chamado ontem para rescindir contrato. O atleta tem mais um ano ainda no clube, mas foi passada a ele uma proposta de rescisão. Ainda não houve acordo, mas a justificativa dada a Fernandes na semana passada já ficou pra trás.

Pra quem pegou o bonde andando, na semana passada, na conversa final com Fernandes, os dirigentes do Figueirense disseram que Botti, Nazário e Deretti estavam na frente dele para ocupar a posição. E antes que desmintam, quem me disse isso foi o próprio Fernandes.

Mika e os gêmeos

O Avaí liberou a primeira leva e mais está por vir. Dentre os 11 que saíram agora, somente quatro poderiam ter outra avaliação: os dois goleiros _ Diego, que foi peça fundamental no título catarinense, e Moretto, que estava muito bem neste final de Série B _ e os zagueiros Cássio e Rafael, que têm uma história no clube e todo o carinho do torcedor. Aliás, Cássio, Rafael e Mika estão na Itália. Os dois irmãos foram buscar o passaporte italiano. Mika, que já tem o passaporte, foi servir de guia para os dois. Os três estão de olho naquele mercado.

Silas no mercado

A informação que recebi é de que o técnico Silas, ex-Avaí, foi demitido ontem do Al Gharafa, do Catar. Isso esquentou ainda mais a expectativa pelas definições no Avaí. Silas, pelo excelente trabalho feito em 2008 e pela semifinal da Copa do Brasil de 2011, é sempre um nome especulado no clube.

Dia D para Comelli

Hoje deve sair ou não a renovação de contrato do técnico Paulo Comelli, do Criciúma. A informação que tenho é a de que a questão está muito bem encaminhada para a permanência do treinador que comandou o retorno do Criciúma à elite. Comelli teria contra ele a questão do comando dos jogadores no vestiário, algo que ficou bem complicado na reta final da Série B, com os atos de indisciplina de alguns jogadores, como Giovanni Augusto, que já foi dispensado.

Mas a favor dele contam todos os outros argumentos de uma temporada extremamente positiva para o clube. O negócio está praticamente fechado e posso dizer que Comelli tem 90% de chances de permanência.

Indicativos no Avaí

Nada definitivo ainda e enquanto não falar o homem que manda, e este é o presidente Zunino. Mas as coisas vão ficando mais claras e apontam para a saída de Argel _ por mais que ele acredite que vai ficar e já tenha ouvido isso em algum momento da direção _ e para uma discussão em torno do nome de Marcelinho Paulista. Sobre o gerente, a informação é que já teve mais conceito junto ao presidente. Vamos aguardar! E que espera demorada.

Indicativos no Figueirense

O técnico Adílson Batista tomou definitivamente a linha de frente nas negociações e está a todo vapor. Tem feito contatos com atletas que trabalharam com ele em outras equipes e que buscam uma afirmação. Um exemplo? Diego Renan, lateral no Cruzeiro. A ideia é fazer com que eles estejam seduzidos a vir trabalhar com o novo técnico alvinegro e que pensem numa projeção futura. Afinal, Adilson vai voltar a ter trânsito na primeira linha do futebol nacional e costuma ser fiel com quem tem qualidade e é fiel a ele. Em tempo: não quis dizer que Diego Renan está vindo pro Figueirense. A informação é que foi sondado neste sentido e pelo próprio treinador.

Homenagem aos ídolos

Muito legal a iniciativa dos torcedores do Figueirense de homenagear os ídolos Fernandes e Wilson, que estão de saída. Vai funcionar como uma grande demonstração de carinho. E eles merecem mesmo. Um pouquinho de retribuição não pelos jogos, pelos gols ou pelas defesas, e sim pelo carinho que tiveram com o clube e a torcida. Fernandes e Wilson em algum momento certamente poderiam ter seguido a vida, como acontece com tantos jogadores de aluguel de hoje em dia. Mas compraram a ideia do Figueirense, da sua história e da torcida. Vai ser um encontro especial na quinta-feira no Kretzer. Parabéns ao pessoal do site Meu Figueira _ os organizadores.

Coletiva

E muito aguardada a coletiva de hoje dos dois _ Wilson e Fernandes. Não acredito em nenhuma bomba. Acredito em alto nível das declarações dos atletas, como sempre fizeram. Ah, sobre Wilson, o que sei é que o empresário dele está alinhavando uma negociação pra fora do país.

Revelação de Evando

O agora ex-atacante do Avaí esteve no Bate Bola, da TVCOM, no último domingo e fez uma revelação bem interessante. Segundo Evando, o outro atacante William não veio para o Avaí este ano por causa do empresário dele, Adriano Spadoto, que não quis e preferiu que o atleta fosse para Salvador pra jogar no Vitória. Evando ainda disse que as propostas eram iguais e William queria vir para Florianópolis. Outra ponderação interessante de Evando foi o fato de concordar com o que todo mundo soube ver no Avaí em 2012 _ faltou um artilheiro, um atacante decisivo, pra equipe subir.

Arini em Floripa
O homem do futebol do Red Bull, equipe que vai disputar a série A2 do Paulistão estará em Florianópolis amanhã. Mas a notícia não está aí. A notícia é que ele está vindo pra fechar o acerto com Fernandes, para que o Fernan10 do Figueirense se torne o camisa 10 da equipe da equipe paulista a partir de janeiro. O acordo está praticamente fechado, mas faltam os finalmentes. E com Arini é assim, olho no olho. Foi assim que conseguiu arrastar Cleber Santana para a Ressacada no início do ano. Por telefone, gerente nenhum emplaca grande contratação.

Pra depois
Por mais ansiosa que esteja a torcida do Avaí pra saber os planos do clube para a próxima temporada, ainda não vai ser nesta segunda-feira. Foi o que deixou claro o presidente Zunino no sábado. Ele só fala na quarta ou na quinta e Marcelinho não vai falar nada hoje. Então, segue o mistério. Por mais que se tenha algum indicativo de bastidores, a cautela me manda esperar pela palavra pública do presidente. Até o meio de semana, qualquer aposta é mesmo uma aposta.

O adeus de Evando
Até na entrevista final se queria um pouco mais. Evando deu um show na Ressacada no último sábado. Por muito pouco não fez gol e o Avaí jogou de igual pra igual com o vice-campeão da Série B, o Criciúma. Mas o que valeu mesmo veio depois. A emoção da despedida, a saudação e o aplauso do torcedor, e as palavras finais na coletiva. Um legítimo ídolo avaiano que deixa os gramados. Com um gostinho de quero mais, principalmente numa temporada em que o torcedor não viu ninguém aparecer e se destacar no ataque do time.

Os sete erros de Mano
1 Não formou uma base para a Seleção Brasileira em dois anos.
2 Não definiu um
3 Insistiu em fazer testes com jogadores que não têm a menor condição de jogar no time nacional, como Fernandinho, na Copa América.
4 Jogou a Olimpíada de uma forma, pra na hora de decidir, jogar de outra forma.
5 A implicância com o atacante Lucas, também nos Jogos Olímpicos.
6 A falta de convicção com alguns medalhões, como Ronaldinho, Luis Fabiano e Kaká.
7 Acreditou que ficaria no comando técnico até a Copa, com Marin na presidência da CBF.

Futsal x Fifa

Tive o prazer de entrevistar esta semana no TVCom Esportes, o técnico campeão do mundo de futsal Marcos Sorato, o pipoca. Pipoca estava bem descontraído fora do ar, mas quando a conversa começou o assunto foi sério. Há um visível descontentamento com a forma como a Fifa trata e conduz o futsal. A começar pela birra de não reconhecer que o futsal já existia antes da Fifa abraçar a causa e se tornar “dona do esporte”. Houve uma briga forte de bastidores antes do Mundial da Tailândia por causa das estrelas da camisa da seleção brasileira. O Brasil tem sete conquistas agora, tinha seis antes do mundial, e a Fifa só deixou usar quatro estrelas, que representam os campeonatos organizados por ela.

Outras questões

Mas Sorato não reclamou somente disto. Falou de questões mais importantes, como a organização de um calendário que permita aos clubes e às Seleções se organizarem. Ainda há a interminável discussão sobre o futsal ser ou não ser um esporte olímpico e a falta de empenho da Fifa para que isso aconteça de fato. Como se pode ver, o futsal continua bonito pra Fifa pra aparecer em mundiais, nas Copas do Mundo, mas segue como o patinho feio, atrás até do futebol de areia, quando o assunto é os anseios de quem pratica e leva este esporte adiante.

Renovação e sequência

Quanto à seleção, Pipoca segue junto com Vander para mais um ciclo. Só que agora há uma renovação forte em curso e jogadores que vão ficando pelo caminho, como Falcão e Vinicius, que foram grandes líderes neste último mundial e na conquista fantástica contra a eterna rival, Espanha.

Seleção Brasileira

A semana terminou sob o impacto da demissão do técnico da Seleção Brasileira. Mano Menezes teve dois anos e meio praticamente para montar uma nova base no time nacional. E demorou muito pra ter uma base. Esta base foi aparecer agora, neste final de ano, nos últimos jogos antes da partida contra a Argentina. O que mano mais mostrou foi insegurança. É só fazer uma comparação entre o que foi o time da Copa América da Argentina e o time de agora.

A Copa é logo ali

Falta pouco tempo para a Copa do Mundo. O treinador que for assumir em 2013 vai precisar estabelecer de cara uma base de time. Este último time montado por Mano Menezes tinha muitas opções interessantes. Paulinho, Ramires, Daniel Alves, Thiago Silva, Neymar são unanimidades do momento. Oscar, Kaká parecem se firmar nesta base. Mas pelo pouco tempo que vai ter o novo técnico tem que ter bagagem e experiência, além de respaldo popular. Não dá pra ser uma aposta, como foi Dunga logo depois da Copa de 2006. Por isso Felipão parece despontar como a mais provável escolha.

Vai deixar saudades

O atacante Evando joga hoje com a camisa titular do Avaí e tarja de capitão no braço. Uma justa homenagem que o clube está fazendo a um dos nomes mais marcantes da última década na Ressacada. Evando tem seu jeito meio marrento, tem até suas manias, mas o que importa mesmo foi o que fez com a camisa do Leão. Uma campanha inesquecível na série B de 2004, e daquele ano me recordo de uma partida na fase semifinal, contra o Marília, fora de casa, que ele foi o nome do jogo. Uma passagem ruim em 2007, mas naquela temporada a equipe era muito ruim. Mas o grande momento veio a seguir. Em 2008, Evando chegou no meio do caminho do acesso e fez de tudo e um pouco mais para que o Avaí alcançasse a série A. Teve gol de bicicleta, teve passe de letra que ganhou nome – toma lá dá cá – e o histórico gol do acesso. 2009 ainda teve o título estadual. O retorno agora foi com um tom de esperança e sempre que entrou em campo recebeu uma saudação especial do torcedor.

O tratamento devido

Evando pouco jogou nesta temporada por problemas físicos. O pouco que jogou ainda fez mais que muitos que tentaram se efetivar no ataque avaiano. Mas ele teve o carinho que mereceu, que fez por merecer. Até mesmo o carinho da diretoria do Avaí. Só para se ter uma ideia, o presidente Zunino não queria que ele parasse agora. Pediu para Evando continuar para o Catarinense 2013. O que não seria uma má ideia. Mas Evando decidiu e vai mesmo parar. O importante é que teve o reconhecimento devido, vai terminar de bem com o clube e com a torcida. E, se quisesse continuar, o Avaí estaria de portas abertas.

O acesso e o título

O Criciúma pode hoje fazer festa completa na Ressacada. É bem difícil, mas imaginem se acontecer! Seria o coroamento do improvável campeonato perfeito para a equipe do Heriberto Hülse. Improvável por quê? Porque se formos voltar bastante no tempo, lembraremos que o Criciúma era o menos cotado entre os catarinenses para uma das vagas na série A do ano que vem. Fez um campeonato catarinense desastroso com a 7ª colocação e refez tudo para começar o Brasileiro. Só que o time foi abençoado pelos ares da competência de quem teve inteligência suficiente para montar uma equipe aproveitando bases de outras equipes. O resultado até aqui é ótimo, e pode ser ainda excelente. E, se for, palmas e parabéns ao Tigre!

Diferenças pra 2013

Enquanto o Criciúma já teve a saída do diretor Waldeci Rampinelli, a permanência do gerente Rodrigo Pastana, e a dispensa de oito atletas, o Avaí segue esperando. Há sete rodadas joga a série B por jogar e não fez nenhuma mudança para encarar 2013 o mais rápido possível. O Criciúma termina 2012 com a vida ganha e já está praticando 2013. O Avaí termina 2012 deixando a desejar, e 2013 ainda está distante.

Mais 4 fora

Os nomes de Canuto, Coutinho, Doriva e Almir não causam impacto algum no torcedor alvinegro. Ninguém vai chorar a saída deles. São atletas que simplesmente não emplacaram no time de 2012. Coutinho tem serviços prestados, mas nunca foi querido pela torcida. Esta é a diferença básica entre os estes e os outros quatro liberados.

Pastana fica
Depois das saídas de Domingos Cesca, de Waldeci Rampinelli, e da liberação de seis atletas do Criciúma, uma notícia pode animar o torcedor. É a permanência do Gerente de futebol, ainda não confirmada oficialmente, mas que posso adiantar aqui, porque tenho esta confirmação. Rodrigo Pastana foi um dos grandes responsáveis pela formação deste grupo que agora levou o Criciúma de volta à série A. E o Criciúma não pode desfazer ou deixar se desmanchar toda a estrutura que teve sucesso neste ano. O pedido de Antenor para Pastana? Simples: que o Criciúma permaneça na série A para 2014.

O destino de Fernandes
O agora ex-camisa 10 do Figueirense deve mesmo seguir para São Paulo. Fernandes está muito inclinado a aceitar a proposta feita a ele logo depois do anúncio de sua saída do Figueirense. A proposta é do amigo de anos, Carlos Arini. O ex-gerente do Avaí já havia feito uma tentativa forte no início deste ano para levar Fernandes para a Ressacada, mas o ídolo alvinegro descartou pela prioridade ao Figueirense e pela identificação com o clube e a torcida. Carlos Arini está montando o projeto do Red Bull, clube paulista que vai disputar a Série A2 do Paulistão 2013. Já está por lá o técnico Hemerson Maria, que também é muito amigo de Fernandes.

Ponte para algo
O projeto de Fernandes no Red Bull seria somente para o período dos estaduais. A ideia é terminar maio em alta para seguir para algum clube nas séries A ou B do Brasileiro. Fernandes já recebeu em outras oportunidades inúmeros convites de Sport e Náutico. É um atleta que tem mercado no futebol brasileiro pela bola que joga e pela conduta sempre muito correta. O pensamento de Arini, inclusive, é levar Fernandes pela liderança positiva que pode exercer no grupo de jogadores do Red Bull, além da reconhecida qualidade que pode acrescentar ao time.

Nomes
Começam a pipocar nomes para a composição do novo grupo do Figueirense 2013. Cheguei a dois nomes que o Figueirense está tratando com o empresário Jorge Machado, do Rio Grande do Sul. São eles o lateral esquerdo Gerley, ex-Palmeiras, que está no Bahia, e o meia Maylson, revelado pelo Grêmio e que este ano joga na Portuguesa. Os dois são jovens e ainda não se firmaram no cenário nacional.

Permanências na Ressacada
A afirmativa do gerente de futebol, Marcelinho Paulista, na tarde de ontem na Ressacada de que está tudo mantido no Avaí e o planejamento permanece pra 2013, com ele na gerência e Argel no comando técnico. Sábado passado informei aqui que os dois já tinham ouvido da direção do clube garantias de permanência. A questão é que Marcelinho não foi muito convincente ainda no discurso, sem deixar em aberto que se houver algo diferente. Está faltando ainda a palavra de quem manda. E quem manda no Avaí é o presidente, que, por enquanto, está na muda.

Renovação
Em um time que foi rebaixado, a renovação é algo natural. Vai acontecer no Palmeiras tanto quanto vai acontecer no Figueirense. E o Figueirense está certo em trocar o grupo de jogadores. A questão é que quem renova, geralmente começa esse trabalho tirando aquilo que foi ruim e não deu certo. E existem vários jogadores que vieram nesta temporada e não deram certo no clube. Fernandes, Túlio, Julio Cesar e Wilson não chegaram neste ano e têm histórias de vitórias e vitórias no clube. A renovação deve ser feita, mas deveria começar por Loco Abreu, Botti, Toró, Almir, Fabiano Silva, Saldivar, Pablo, Niell…

Pronunciamento
Isso é coisa de ministro, de chefe de estado, de reis e rainhas. O coordenador de Futebol do Figueirense chegou ontem aí e já dá pronunciamento? Sem direito a perguntas? E o pior: Leandro Niehues fez um pronunciamento pra explicar pra torcida as saídas de Túlio e Fernandes _ que tanto ainda repercutem. Deveria se colocar à disposição para perguntas e para esclarecer as dúvidas que surgiram. Tá começando muito mal um profissional do qual ouvi tantos elogios.

A saída de Chico Lins
Mesmo com todo o discurso do presidente, de que foi ele que trouxe o Chico, de que o Chico iria fazer o que quisesse, que ele decidiria se iria ficar ou não, a realidade foi aquela mesmo que tenho publicado aqui há muito tempo. Chico Lins não ficou, como não ficaria mesmo e de jeito nenhum. Não há como juntar num plano de trabalho os homens de confiança do presidente e o agora ex-gerente de futebol do Figueirense. Chico Lins mesmo disse isso com todas as palavras na entrevista ao repórter Janniter De Cordes, na CBN Diário. O que está faltando no Scarpelli é um discurso mais claro e transparente com o torcedor. O que parece é que não há coragem de assumir a responsabilidade pelas decisões, mesmo as decisões que são mais antipáticas e menos populares.

Rampinelli fora
Ele tomou a dianteira e saiu! O diretor Waldeci Rampinelli deixou o Criciúma e considera sua missão cumprida. E você pode falar o que quiser de Rampinelli, menos que não tenha tido sucesso no que fez no clube. O profissional acumulou o segundo acesso do tigre _ 2002 e 2012 – e tem um carinho enorme junto ao torcedor. É uma pena, porque é uma parte do grupo vencedor deste ano que se vai. Rampinelli fez diversos elogios ao gerente Rodrigo Pastana e um apelo pra que continue. Seria importante mesmo! Com a saída de Cesca, anteriormente, e de Rampinelli agora, já são dois que ficam no caminho. Tomara que esse não seja o mesmo destino de Pastana – para o bem do Criciúma.

A última rodada
A lógica é o Criciúma vencer o Avaí e o Goiás vencer o Joinville. Mas o futebol não vive de lógicas. O futebol tem alguns caminhos que não têm explicação. O Avaí tratou de criar uma atmosfera diferente pra partida de sábado na Ressacada. Tem despedida de Evando e convocação ao torcedor. E Evando revelou no Debate Diário, da CBN Diário, que já pediu uma vitória aos companheiros porque não quer terminar a carreira com derrota. Como se percebe, mesmo com as coisas definidas na tabela, vai ter jogo!

As saídas de Túlio e Fernandes
Já tinha adiantado aqui na semana passada que o volante Túlio e o meia Fernandes não estavam nos planos do Figueirense. E posso garantir que é uma decisão de diretoria do Figueirense, assim como as saídas de Julio Cesar e Wilson. As quatro situações já estavam muito bem definidas antes mesmo do técnico Adílson Batista ser contratado. É a linha que o clube vai seguir. Uma linha de que não existe história e identificação com torcida. Uma linha que um cara que fez o maior número de gols da história do clube tem que ser tratado com a mesma praticidade que qualquer um outro. Uma linha de reformar praticamente todo o grupo de jogadores e a liberação dos pilares de experiência e identificação com a torcida dá bem a mostra disso.

Na conta dele
De quem? Como as liberações são decisão de diretoria e estavam alinhavadas antes mesmo da contratação de Adílson Batista, é a diretoria que tem que bancar, junto ao torcedor, que está fazendo estas liberações. Esse negócio de colocar nas escolhas do novo técnico a responsabilidade pela saída dos ídolos não está correto e não é a realidade. O presidente e diretor(?) Marcos Moura Teixeira que assumam publicamente estas decisões, que têm muito impacto e repercussão na torcida.

Nova tentativa do Cruzeiro
O telefone toca na manhã desta terça em Curitiba. Adílson Batista atende e do outro lado da linha está o vice-presidente e vice de futebol do Cruzeiro. José Maria Fialho pergunta ao técnico do Figueirense se ele não teria como rever sua posição de vir treinar o clube catarinense. Zé Maria ponderou que Marcelo Oliveira, que era o nome certo para assumir o Cruzeiro no ano que vem, está com uma rejeição de 80% e que Adílson seria o preferido da torcida. A resposta do técnico foi bem reta. Disse que não havia como porque ele já havia empenhado a palavra ao presidente Wilfredo e nada iria mudar isso. Disse ainda que quem sabe no futuro pudesse voltar a treinar o Cruzeiro.

Mika
Sobre a possibilidade de saída do meia Mika do Avaí, tratada aqui na coluna e pela reportagem do DC na edição desta terça-feira, apurei mais alguns detalhes. O Avaí, por contrato, tinha o direito de exercer a preferência para a renovação. Pra isso precisava depositar um valor por 50% dos direitos do jogador. O que não foi feito. Com isso a possibilidade de saída ficou escancarada. Mika, como tratou a reportagem do DC, fez passaporte italiano e o destino pode ser mesmo a Europa.

Trabalhando juntos
Rivais históricos dentro de campo, rivais ano que vem no catarinense, na Copa do Brasil e no brasileiro da série B, Avaí e Figueirense estão se unindo por uma causa conjunta dos dois _ é a questão é financeira. Os dois clubes, através de seus dois presidentes, João Nilson Zunino e Wilfredo Brillinger, estão unidos para a busca de parceiros econômicos para 2013. Os dois vão perder o patrocínio da Eletrosul na próxima temporada e o Figueirense está próximo de perder seu patrocinador máster. Então, o negócio é correr junto, porque cada um por si e um contra o outro fica muito mais complicado.