O clássico ferve
A derrota do Avaí para o Atlético-GO esquentou a partida de domingo. Disputa que a distância na tabela tinha esfriado, mas que a rivalidade histórica jamais vai deixar passar em branco em um encontro entre os dois times da Capital. Acontece que o Avaí abriu a chance para que o Figueirense realmente atrapalhe a campanha. Se o Avaí tivesse vencido ou até empatado a partida de terça- feira, o Figueirense não atrapalharia em nada, mesmo vencendo. O Avaí segue lutando pelo acesso e o Figueirense agora luta pelo clássico, para dar uma satisfação ao torcedor dificultando a vida do rival. A rivalidade está em alta, como sempre nos dias que antecedem um jogo entre a os dois times de Florianópolis.
O árbitro
Elmo Alves Resende Cunha não é de primeira linha nacional como é Héber Roberto Lopes, que apitou o clássico do turno, mas o goiano não carrega nenhum histórico que o atrapalhe para a condução desta partida. Precisará fazer o mesmo que qualquer árbitro em um jogo de tamanha rivalidade: apitar próximo, apitar tudo, e se impor disciplinarmente sobre os atletas.
Héracles x Aelson
São dois bons laterais e de características totalmente diferentes. Héracles é daqueles laterais que viram atleta de meio de campo quando ficam mais velhos. Já Aelson é um lateral de velocidade e força. Héracles defende muito bem e sabe fazer corretamente a linha defensiva. É um lateral habilidoso. Aelson, quando está em ritmo, vai bem até roubando bolas e chegando o tempo todo na linha de fundo, mas não é um lateral tático, deixa espaços. Oferece a passagem rápida para a jogada de linha de fundo, que Héracles não tem. Assim, sem Héracles, o time precisa se adaptar à forma de jogar de Aelson, explorando o que de melhor ele tem. E ele precisa entrar em ritmo o mais rápido possível para não deixar buracos no esquema tático.
Armas alvinegras
Apesar das lesões, o Figueirense tem suas armas para o jogo de domingo. A primeira delas é Rafael Costa, que é um dos sobreviventes da má campanha. Certamente vai preocupar a defesa avaiana. Se quiser velocidade e contra-ataque, terá Éverton Santos e Ricardinho. Wellington Saci pode ajudar porque apoia bem, apesar de deixar uma avenida nas costas. A principal arma é tentar preencher os espaços na Ressacada, para pegar o Avaí no contra- golpe.
Armas avaianas
Acredito que clássico seja jogo para Marquinhos, Eduardo Costa e Cleber Santa. São os comandantes azurras na disputa.
Eles sabem disso e costumam crescer nesses jogos. O Avaí terá que tentar empurrar o Figueirense para a defesa, ainda mais apoiado pela torcida na Ressacada.